Atlético-MG 1x1 Cruzeiro
Motivo: 5ª rodada do Campeonato Mineiro
Data: 5/2/2006
Local: Mineirão
Público: 49.300 pagantes
Renda: R$ 431.069, 50
Árbitro: Álvaro Azeredo Quelhas
Gols: Edu Dracena, aos 7 min e Ramon, aos 10 min do segundo tempo
Atlético-MG: Bruno; Thiago Júnio (Marcos), Leandro Castan e Lima; Zé Antônio (Everton) Rafael Miranda, Márcio Araújo, Ramon e Vicente; Marques (Jales) e Rafael Gaúcho
Técnico: Lori Sandri
Cruzeiro Fábio; Jonathan, Edu Dracena, Moisés e Anderson; Diogo, Jonílson e Wagner (Francismar); Gil, Alecsandro (Diego) e Araújo(Élber)
Técnico: Paulo César Gusmão
Cartões amarelos: Thiago Júnio e Lima (Atlético)
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Atlético-MG se supera e empata clássico com o Cruzeiro
Do Pelé.Net
Em Belo Horizonte
Em Belo Horizonte
Poucas vezes na história do clássico mineiro, Cruzeiro e Atlético-MG entraram em situações e perspectivas tão diferentes, como neste domingo, no Mineirão, quando se enfrentaram pela quarta rodada do Estadual. Enquanto a Raposa jogava para confirmar a liderança e o favoritismo, o Galo entrou com um time muito defensivo. Mas com a bola rolando, houve equilíbrio, refletido no empate em 1 x 1.
Invicto na competição, após duas vitórias e um empate, o Cruzeiro poderia chegar à liderança em caso de vitória. Por isso, o técnico Paulo César Gusmão manteve a formação ofensiva com o trio formado por Gil, Araújo e Alecsandro. O Atlético-MG, por sua vez, reconheceu na prática a sua inferioridade momentânea e entrou em campo primeiro para marcar, buscando contra-atacar quando tivesse essa possibilidade.
Lori Sandri, que havia anunciado a manutenção da mesma escalação usada no jogo com o Ipatinga, o que significaria começar com Jales no ataque, surpreendeu ao optar pelo meia Rafael Gaúcho como companheiro de Marques, deixando o experiente atacante como único especialista na frente. Antes do clássico, Galo havia vencido uma vez, perdido uma partida e empatado outra, uma campanha fraca para um candidato ao título.
Os elevados investimentos cruzeirenses na montagem da equipe, aliados à melhor campanha no início e ao abalo pelo rebaixamento do Atlético à Série B, além do time modesto montado e da crise estrutural do clube. Tudo isso tornava o Cruzeiro favorito. Tanto que a torcida celeste compareceu ao Mineirão em número bem maior.
Isso gerou até um tumulto entre a Polícia Militar e a torcida atleticana, quando os policiais tentaram ampliar o espaço para os cruzeirenses nas cadeiras superiores. Houve reação dos torcedores alvinegros e um confronto, com o uso da polícia até de balas de borracha. "Estão sendo utilizados os meios necessários e as técnicas adequadas para fazer o ajuste. Não tem como pedir por favor", afirmou o major Bethônico, ao tentar justificar a ação policial.
Em campo, o jogo foi morno no primeiro tempo, contrastando com o calor no Mineirão, em domingo de muito sol. Na segunda etapa, quando saíram os gols, o panorama foi diferente. Enquanto o Cruzeiro tentava impor a melhor técnica de seus jogadores, o Atlético buscava na garra de seus atletas a compensação e o jogo ganhou em emoção e lances de gols.
Uma partida intensamente disputada, mas sem violência. A prova é que com 75 minutos de bola rolando, nenhum cartão havia sido distribuído pelo árbitro Álvaro Azeredo Quelhas. O amarelo surgiu aos 30min da etapa final, para p zagueiro atleticano Thiago Junio, que foi advertido pela terceira vez na competição e desfalca o time contra o Democrata-GV.
A vitória foi perseguida pelos dois times, por motivos diferentes. O Cruzeiro buscava a liderança e o Atlético queria se aproximar dos primeiros colocados e evitar uma crise, em caso de derrota. O empate, no entanto, não alterou significativamente as posições dos dois times. O Cruzeiro chegou aos oito pontos em 12 disputados (aproveitamento de 66,66%), caindo para a terceira posição, atrás de América e do líder Ituiutaba.
O Atlético, por sua vez, passou a cinco pontos, em quatro jogos (rendimento de 41,11%), caindo para o nono lugar no Mineiro. Na quarta-feira, os dois rivais voltam a jogar em Belo Horizonte. O Cruzeiro terá outra chance de buscar a liderança recebendo o Villa Nova, no Independência, enquanto o Galo tentará sua segunda vitória diante do Democrata-GV, lanterna do certame, no Mineirão.
O jogo
O clássico começou da forma como os torcedores de Cruzeiro e Atlético imaginavam. A Raposa atacando e o Galo, que optou por uma escalação excessivamente defensiva, limitava-se a evitar o gol do adversário. Os primeiros 10 minutos foram no melhor estilo ataque contra defesa. Aos 6min, Araújo chutou e Bruno fez uma defesa parcial, mas Alecsandro não aproveitou o rebote, chutando alto, por cima do travessão.
Na primeira vez que o Galo conseguiu chegar à área celeste, a bola entrou nas redes defendidas por Fábio, mas o gol não valeu. Foi em um contra-ataque, após erro de cruzamento do lateral-esquerdo Anderson, quando a bola chegou na cabeça de Marques, que fez o gol, só que ele foi anulado pelo árbitro Álvaro Azeredo Quelhas, sob a alegação de impedimento.
Depois do sufoco no início, o Atlético conseguiu equilibrar um pouco as ações, beneficiando-se de alguns erros apresentados pelo rival, especialmente, a lentidão e a insistência apenas nas jogadas pelo lado esquerdo do seu ataque. O alvinegro, apesar de muito atrás, começava a tocar melhor a bola.
Com mais jogadores no meio-campo, já que Lori Sandri escalou o time no 3-6-1, o Atlético conseguia marcar as principais jogadas do Cruzeiro, que não conseguia criar muitas chances. Jogando no 4-3-3, a equipe celeste se ressentia de um jogador mais criativo para fazer a bola chegar com mais qualidade para Gil, Araújo e Alecsandro.
Já o Galo marcava forte, mas carecia de maior poder ofensivo, o que deixava o jogo morno, abaixo da expectativa criada e da tradição desse clássico, marcado por grande rivalidade. Quando um time conseguia criar, a finalização deixava a desejar, como aos 42min, quando Gil fez boa jogada e bateu cruzado, para fora.
Aos 47min, foi Rafael Gaúcho, que não conseguiu finalizar bem. A conseqüência disso é que os goleiros Bruno e, especialmente Fábio, tiveram pouco trabalho. "O jogo está tranqüilo, o que não podemos é Ter a oportunidade de matar o jogo e não o fazer", lamentou o zagueiro Edu Dracena, ao fim do primeiro tempo. "Nosso time está chegando e não pode perder a oportunidade de matar", destacou o atleticano Zé Antônio.
O Atlético voltou sem o ala Zé Antônio, que não fez boa partida, substituído pelo volante Éverton. Dessa forma, o também volante Márcio Araújo passou a jogar pela lateral direita, numa tentativa do técnico Lori Sandri de melhorar a chegada ao ataque por aquele setor. Já o Cruzeiro voltou sem modificações, com os mesmos 11 jogadores.
E o time celeste saiu na frente, aos 7min, com um gol marcado pelo zagueiro Edu Dracena, de cabeça. Ele aproveitou um bom cruzamento do lateral-esquerdo Anderson, em cobrança de falta. A torcida celeste, em maioria no Mineirão, comemorou intensamente a vantagem no placar. A alegria durou pouco, quatro minutos exatamente. Marques cruzou da esquerda e Ramon empatou o jogo, aos 11min.
A partida, que no primeiro tempo era morna, esquentou de vez. O Atlético, após empatar, abandonou a postura excessivamente defensiva e mesmo com jogadores pouco acostumados ao apoio, casos dos volantes Rafael Miranda e Márcio Araújo, atuando a essa altura como lateral, atacava o adversário, que também não abriu mão do ataque, resultando um jogo mais aberto.
Aos 22min, O Galo quase desempatou. Marques serviu Ramon novamente, mas o goleiro Fábio fez ótima defesa, evitando o gol. Oito minutos depois, foi a vez do Cruzeiro chegar perto do desempate. Novamente em cobrança de falta, Anderson levantou bem na área adversária e o zagueiro Moisés cabeceou no travessão.
Invicto na competição, após duas vitórias e um empate, o Cruzeiro poderia chegar à liderança em caso de vitória. Por isso, o técnico Paulo César Gusmão manteve a formação ofensiva com o trio formado por Gil, Araújo e Alecsandro. O Atlético-MG, por sua vez, reconheceu na prática a sua inferioridade momentânea e entrou em campo primeiro para marcar, buscando contra-atacar quando tivesse essa possibilidade.
Lori Sandri, que havia anunciado a manutenção da mesma escalação usada no jogo com o Ipatinga, o que significaria começar com Jales no ataque, surpreendeu ao optar pelo meia Rafael Gaúcho como companheiro de Marques, deixando o experiente atacante como único especialista na frente. Antes do clássico, Galo havia vencido uma vez, perdido uma partida e empatado outra, uma campanha fraca para um candidato ao título.
Os elevados investimentos cruzeirenses na montagem da equipe, aliados à melhor campanha no início e ao abalo pelo rebaixamento do Atlético à Série B, além do time modesto montado e da crise estrutural do clube. Tudo isso tornava o Cruzeiro favorito. Tanto que a torcida celeste compareceu ao Mineirão em número bem maior.
Isso gerou até um tumulto entre a Polícia Militar e a torcida atleticana, quando os policiais tentaram ampliar o espaço para os cruzeirenses nas cadeiras superiores. Houve reação dos torcedores alvinegros e um confronto, com o uso da polícia até de balas de borracha. "Estão sendo utilizados os meios necessários e as técnicas adequadas para fazer o ajuste. Não tem como pedir por favor", afirmou o major Bethônico, ao tentar justificar a ação policial.
Em campo, o jogo foi morno no primeiro tempo, contrastando com o calor no Mineirão, em domingo de muito sol. Na segunda etapa, quando saíram os gols, o panorama foi diferente. Enquanto o Cruzeiro tentava impor a melhor técnica de seus jogadores, o Atlético buscava na garra de seus atletas a compensação e o jogo ganhou em emoção e lances de gols.
Uma partida intensamente disputada, mas sem violência. A prova é que com 75 minutos de bola rolando, nenhum cartão havia sido distribuído pelo árbitro Álvaro Azeredo Quelhas. O amarelo surgiu aos 30min da etapa final, para p zagueiro atleticano Thiago Junio, que foi advertido pela terceira vez na competição e desfalca o time contra o Democrata-GV.
A vitória foi perseguida pelos dois times, por motivos diferentes. O Cruzeiro buscava a liderança e o Atlético queria se aproximar dos primeiros colocados e evitar uma crise, em caso de derrota. O empate, no entanto, não alterou significativamente as posições dos dois times. O Cruzeiro chegou aos oito pontos em 12 disputados (aproveitamento de 66,66%), caindo para a terceira posição, atrás de América e do líder Ituiutaba.
O Atlético, por sua vez, passou a cinco pontos, em quatro jogos (rendimento de 41,11%), caindo para o nono lugar no Mineiro. Na quarta-feira, os dois rivais voltam a jogar em Belo Horizonte. O Cruzeiro terá outra chance de buscar a liderança recebendo o Villa Nova, no Independência, enquanto o Galo tentará sua segunda vitória diante do Democrata-GV, lanterna do certame, no Mineirão.
O jogo
O clássico começou da forma como os torcedores de Cruzeiro e Atlético imaginavam. A Raposa atacando e o Galo, que optou por uma escalação excessivamente defensiva, limitava-se a evitar o gol do adversário. Os primeiros 10 minutos foram no melhor estilo ataque contra defesa. Aos 6min, Araújo chutou e Bruno fez uma defesa parcial, mas Alecsandro não aproveitou o rebote, chutando alto, por cima do travessão.
Na primeira vez que o Galo conseguiu chegar à área celeste, a bola entrou nas redes defendidas por Fábio, mas o gol não valeu. Foi em um contra-ataque, após erro de cruzamento do lateral-esquerdo Anderson, quando a bola chegou na cabeça de Marques, que fez o gol, só que ele foi anulado pelo árbitro Álvaro Azeredo Quelhas, sob a alegação de impedimento.
Depois do sufoco no início, o Atlético conseguiu equilibrar um pouco as ações, beneficiando-se de alguns erros apresentados pelo rival, especialmente, a lentidão e a insistência apenas nas jogadas pelo lado esquerdo do seu ataque. O alvinegro, apesar de muito atrás, começava a tocar melhor a bola.
Com mais jogadores no meio-campo, já que Lori Sandri escalou o time no 3-6-1, o Atlético conseguia marcar as principais jogadas do Cruzeiro, que não conseguia criar muitas chances. Jogando no 4-3-3, a equipe celeste se ressentia de um jogador mais criativo para fazer a bola chegar com mais qualidade para Gil, Araújo e Alecsandro.
Já o Galo marcava forte, mas carecia de maior poder ofensivo, o que deixava o jogo morno, abaixo da expectativa criada e da tradição desse clássico, marcado por grande rivalidade. Quando um time conseguia criar, a finalização deixava a desejar, como aos 42min, quando Gil fez boa jogada e bateu cruzado, para fora.
Aos 47min, foi Rafael Gaúcho, que não conseguiu finalizar bem. A conseqüência disso é que os goleiros Bruno e, especialmente Fábio, tiveram pouco trabalho. "O jogo está tranqüilo, o que não podemos é Ter a oportunidade de matar o jogo e não o fazer", lamentou o zagueiro Edu Dracena, ao fim do primeiro tempo. "Nosso time está chegando e não pode perder a oportunidade de matar", destacou o atleticano Zé Antônio.
O Atlético voltou sem o ala Zé Antônio, que não fez boa partida, substituído pelo volante Éverton. Dessa forma, o também volante Márcio Araújo passou a jogar pela lateral direita, numa tentativa do técnico Lori Sandri de melhorar a chegada ao ataque por aquele setor. Já o Cruzeiro voltou sem modificações, com os mesmos 11 jogadores.
E o time celeste saiu na frente, aos 7min, com um gol marcado pelo zagueiro Edu Dracena, de cabeça. Ele aproveitou um bom cruzamento do lateral-esquerdo Anderson, em cobrança de falta. A torcida celeste, em maioria no Mineirão, comemorou intensamente a vantagem no placar. A alegria durou pouco, quatro minutos exatamente. Marques cruzou da esquerda e Ramon empatou o jogo, aos 11min.
A partida, que no primeiro tempo era morna, esquentou de vez. O Atlético, após empatar, abandonou a postura excessivamente defensiva e mesmo com jogadores pouco acostumados ao apoio, casos dos volantes Rafael Miranda e Márcio Araújo, atuando a essa altura como lateral, atacava o adversário, que também não abriu mão do ataque, resultando um jogo mais aberto.
Aos 22min, O Galo quase desempatou. Marques serviu Ramon novamente, mas o goleiro Fábio fez ótima defesa, evitando o gol. Oito minutos depois, foi a vez do Cruzeiro chegar perto do desempate. Novamente em cobrança de falta, Anderson levantou bem na área adversária e o zagueiro Moisés cabeceou no travessão.
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