16/04/2008: Real Potosi x Cruzeiro

quarta-feira, 16 de abril de 2008




Real Potosi 5x1 Cruzeiro
Motivo: sexta rodada da fase de grupos da Copa Santander Libertadores
Data: 16/04/2008 (quarta-feira)
Local: estádio Victor Agustín Ugarte, em Potosi-BOL
Árbitro: Alfredo Intriago-ECU (Fifa)
Gols: Loayza, aos 3 min., Pintos, aos 12 min., e Marcelo Moreno, aos 29 min. do 1º tempo; Pintos, aos 6 min., Isidro Candia, aos 21 min., e Luis Gatty Ribeiro, aos 41 min. do 2º tempo
Real Potosi: Hugo Suárez; Nicolás Suárez, Edhemir Rodríguez, Marcos Paz (Ortiz) e R. Eguino; Luis Gatty Ribeiro, Ronald Gallegos (Galindo), Miguel Loayza (Yecerotte) e Isidro Candia; Luis Hernán Sillero e Alvaro Pintos
Técnico:Tito Montaño
Cruzeiro: FábioLéo FortunatoThiago Martinelli e EspinozaJonathan (Jadilson), HenriqueCharles (Guilherme), Ramires Marquinhos ParanáWagner (Marcinho) e Marcelo Moreno
Técnico:Adilson Batista
Cartões amarelos: Ronald Gallegos, Edhemir Rodríguez, Loayza (Real Potosi); Charles (Cruzeiro)
Cartão vermelho: Tito Montaño (Real Potosi)


Do Globoesporte.com
Mesmo chegando com apenas duas horas de antecedência ao local do jogo, o Cruzeiro não resistiu aos 3.967 metros de altitude e sofreu a primeira derrota da Taça Libertadores 2008. A Raposa perdeu para o Real Potosí por 5 a 1, na noite desta quarta-feira, no Estádio Victor Agustín Ugarte, no pior resultado do time em dez disputas da competição sul-americana.

E, ainda por cima, desperdiçou a chance de garantir a melhor campanha da fase de grupos. Mesmo assim, o time mineiro, com 11 pontos, saldo positivo de quatro, e oito gols marcados, permanece em primeiro na colocação geral e espera a conclusão dos demais grupos. O segundo lugar do Grupo 1 ficou com o San Lorenzo, da Argentina, que derrotou o venezuelano Caracas por 3 a 0.

Agora a Raposa desce a Cordilheira dos Andes e volta as atenções para a segunda partida das semifinais do Campeonato Mineiro, neste domingo, quando volta a enfrentar o Ituiutaba, no Mineirão.

 Terror nas alturas
O técnico Adilson Batista escalou três zagueiros, Charles e Henrique juntos como volantes e apenas Marcelo Moreno no ataque. Mas não resolveu o problema da defesa. Logo aos três minutos de jogo, Espinoza falhou na saída de bola, e Loaiza não perdoou. Viu o goleiro Fábio adiantado e mandou um petardo de fora da área no ângulo direito: Potosí 1 a 0. Aos 12, Gallegos cruzou da meia direita para Pintos, livre, dominar, tocar na saída de Fábio e marcar o segundo.

Assustada, a Raposa perdeu uma chance incrível de diminuir logo depois. O goleiro Hugo Suárez tentou fazer uma ligação rápida, mas chutou em cima do colega Eguino. A bola voltou em direção ao gol, mas quicou no gramado desnivelado e foi para fora (assista ao video ao lado). Mas, aos 28, Marcelo Moreno recebeu na área uma bola de Marquinho Paraná e foi derrubado na hora de concluir: pênalti marcado. O próprio boliviano bateu e marcou o seu oitavo gol na competição, aumentando a vantagem na artilharia.

Após o gol cruzeirense, a partida ficou ficou mais equilibrada. Aos 31 e aos 38, o goleiro Fábio teve que fazer duas ótimas defesas em chutes de Candia e Pintos, evitando que a vantagem aumentasse. Moreno respondeu com uma cabeçada que arrancou tinta do travessão do Potosí. Aos 41, o goleiro Hugo Suárez teve que sair do gol de carrinho para evitar que a bola chegasse ao atacante celeste.

 Sem oxigênio ou inspiração?
Ao fim da etapa inicial, os jogadores do Cruzeiro mal conseguiam falar, tamanho era o cansaço. Depois de se oxigenarem nos vestiários, Jadílson entrou na vaga de Jonathas na lateral esquerda do time celeste. Mas, antes mesmo de o Cruzeiro começar a testar a alteração, o Potosí marcou o terceiro. Candia bateu cruzado da esquerda, e o goleiro Fábio escorregou antes de defender. Pintos pegou o rebote e bateu para o fundo das redes.

O terceiro gol fez com que o time celeste se perdesse de vez em seu esquema tático. Wagner arriscou de longe aos 18, mas a bola subiu muito. Aos 21, em cobrança de falta, Candia mandou uma bomba rasteira no canto esquerdo de Fábio, marcando o quarto do jogo. Quando parecia que mais nada acontecer, o capitão Gatty Ribeiro marcou o quinto, acertando o cantinho direito de Fábio. Na história do time mineiro, fica a marca como a pior do Cruzeiro na história da Libertadores (assista ao vídeo ao lado com os gols).