07/05/2008: Cruzeiro 1x2 Boca Juniors
quinta-feira, 8 de maio de 2008
Cruzeiro 1x2 Boca Juniors
Motivo: jogo de volta das oitavas-de-final da Copa Santander Libertadores
Data: 07/05/2008 (quarta-feira)
Local: estádio Mineirão, em Belo Horizonte-MG
Árbitro: Carlos Chandia-CHI (Fifa)
Público: 61.759 pagantes
Renda: R$ 922.502,00
Gols: Palácio, aos 36 min., e Palermo, aos 43 min. do 1º tempo; Wagner, aos 11 min. do 2º tempo
Cruzeiro: Fábio; Jonathan (Apodi), Espinoza, Thiago Heleno e Marquinhos Paraná; Fabrício, Ramires, Charles (Henrique) e Wagner; Guilherme (Marcinho) e Marcelo Moreno
Técnico: Adilson Batista
Boca Juniors: Caranta; Maidana, Cáceres, Morel e Monzón; Vargas (Ledesma), Battaglia, Dátolo (González) e Riquelme; Palácio e Palermo (Boselli)
Técnico: Carlos Ischia
Cartões amarelos: Ramires, Andrey e Thiago Martinelli (Cruzeiro); Maidana, Monzón, Vargas e Caranta (Boca Juniors)
Cartão vermelho: Ramires (Cruzeiro)
Fonte: Site do Cruzeiro
Do Globoesporte.com
A torcida lotou o Mineirão. O time lutou até o fim. Mas não deu. O Cruzeiro está eliminado da Taça Libertadores. A Raposa perdeu nesta quarta-feira para o Boca Juniors, da Argentina, por 2 a 1. E como foi também derrotado pelo mesmo placar na partida de ida, deu adeus ao sonho do tricampeonato da competição. O placar geral do duelo foi 4 a 2 para os argentinos.
Com este resultado, fica afastada a possibilidade de haver uma final brasileira na competição. E o Boca Juniors agora enfrenta o Atlas-MEX nas quartas-de-final. A equipe mexicana se classificou após passar pelo Lanús, da Argentina. Na fase de grupos, o Atlas foi o primeiro colocado do Grupo 3.
O Boca Juniors, atual campeão da Libertadores, segue como o carrasco dos clubes brasileiros neste século. Desde 2000, o time argentino venceu oito duelos contra times nacionais na competição. Deles, seis foram com a segunda partida no Brasil, como aconteceu com o Cruzeiro. Já a Raposa perdeu também a invencibilidade que tinha contra o Boca no Mineirão. Em seis partidas, o time celeste nunca havia perdido. Eram cinco vitórias e um empate.
Primeiro tempo
O Cruzeiro precisava vencer. E foi para cima. Logo no primeiro minuto, Guilherme já arriscou um chute. O goleiro Caranta defendeu sem problema. Mas sem Jadilson, vetado por causa de uma torção no tornozelo esquerdo, a Raposa tinha dificuldade para criar oportunidades.
Só aos 20 minutos aconteceu a primeira chance. Wagner cobrou falta e Marcelo Moreno desviou levemente de cabeça. O goleiro Caranta espalmou a bola, que iria no canto direito. Na seqüência, a arbitragem marcou impedimento de Thiago Heleno.
O caminho era pelo alto. Ramires sofreu falta na esquerda. Wagner cruzou, e Thiago Heleno cabeceou com perigo por cima do travessão. Pouco depois, Guilherme perdeu uma ótima chance. Após cruzamento para a área, o atacante dominou e chutou cruzado. Mas a bola saiu fraca, e Caranta espalmou para escanteio.
O Boca só chegou aos 34 minutos. E a sorte ajudou o Cruzeiro. Riquelme dominou e deu um toque espetacular para Palácio. O atacante argentino entrou livre pelo meio, e, na frente do goleiro Fábio, chutou rasteiro para fora. Que susto!
Mas Palácio não perdeu a segunda chance. Contra-ataque rápido argentino. Riquelme tocou para Palácio na esquerda. Ele cortou para o meio e soltou a bomba de fora da área. A bola entrou no ângulo esquerdo do goleiro Fábio, que pulou mas nada poderia fazer. Boca 1 a 0! Foi quarto gol do atacante na Taça Libertadores.
O empate do Cruzeiro quase veio três minutos depois. Wagner arrancou pela esquerda e cruzou para Marcelo Moreno. O artilheiro chutou de primeira. A bola foi para fora com o goleiro Caranta apenas olhando e torcendo. Faltou muito pouco. Mas o gol argentino levou o Cruzeiro ao desespero, que passou a atacar sem organização. Fabrício, que marcava Riquelme de perto, passou a dar espaços para o craque argentino. E ele passou a prender a bola e controlar o ritmo da partida.
Porém, o pior ainda estava por vir. Aos 44 minutos, Riquelme achou Monzón livre pela esquerda, que cruzou para a área. Palermo subiu entre os zagueiros para cabecear no ângulo direito e marcar o segundo gol do Boca Juniors. E o primeiro tempo terminava com algumas vaias da torcida. Antes de descer para o vestiário, os jogadores do Boca já comemoravam a classificação.
Segundo tempo
Riquelme se livra da marcação do Cruzeiro
O Cruzeiro voltou para o segundo tempo precisando de um milagre. Só quatro gols garantiriam a classificação. O time estava nervoso. E jogava um futebol burocrático. Mas não desistia, lutava. E assim chegou ao primeiro gol. Aos 11 minutos, cruzamento para área do Boca Juniors. A defesa do Boca Juniors se enrolou e Wagner aproveitou a sobra. De voleio, o camisa 10 mandou a bola para o fundo da rede. Era o primeiro gol do Cruzeiro, que voltava a ter esperança.
O gol acordou a torcida, que voltou a empurrar o time. Adilson Batista colocou Apodi para deixar o time mais ofensivo. Aos 19 minutos, Wagner chutou cruzado e a bola foi para fora. Foi quando aconteceu um lance curioso. Andrei, reserva do Cruzeiro que aquecia atrás do gol do Boca Juniors, pegou a bola e devolveu rapidamente para o jogo recomeçar. Mas recebeu o cartão amarelo do árbitro chileno Carlos Chandia, que fez gestos mostrando que ele não poderia fazer o papel do gandula.
O Cruzeiro continuava pressionando. Ramires, por duas vezes, arriscou o chute. O goleiro Caranta defendeu o primeiro, e o segundo foi por cima do travessão. Aos 24 minutos, o artilheiro Marcelo Moreno cabeceou e a bola bateu na trave. Faltava sorte ao artilheiro da Libertadores.
Aos 27 minutos, falta na entrada da área para o Cruzeiro. Ótima chance, mas a bola bateu na barreira. O tempo passava, e o jogo ficava nervoso. O técnico Adilson Batista tirou Charles e colocou Henrique. A torcida começou a gritar "burro". Thiago Martinelli, que também estava aquecendo atrás do gol do Boca Juniors, foi outro a levar cartão amarelo por ter reclamado da demora da reposição de bola do goleiro Caranta. E o time argentino ganhava tempo...
Apodi, que entrou muito bem no time, tentou um chute de fora da área. A bola subiu e foi para fora. Aos 35 minutos, a torcida começou a deixar o Mineirão. E a missão ficou praticamente impossível com a expulsão de Ramires dois minutos depois.
Aos 41 minutos, Marcinho ainda teve a chance de empatar. Ele recebeu sem marcação na área. Mas chutou mal, e o goleiro Caranta defendeu. Restou aos torcedores aplaudirem a luta dos jogadores em campo no fim da partida. Vida que segue para o Cruzeiro, que estréia no sábado no Campeonato Brasileiro contra o Vitória, fora de casa.
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