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14/05/2025: Cruzeiro 2x1 Palestino
Motivo: Quinta rodada do Grupo E da Copa Sul-Americana
Local: Mineirão, em Belo Horizonte
Gols: Ariel Martínez, aos 6′ do 1ºT (CRU); Bolasie, aos 24′ do 2ºT (CRU); Gabi, aos 45′ do 2ºT (CRU)
Data e horário: Quarta-feira, 14 de maio de 2025, às 21h30
Árbitro: Kevin Ortega (PER)
Assistentes: Jesus Sanchez (PER) e Stephen Atoche (PER)
VAR: Diego Haro (PER)
Público: 9.698 torcedores
Renda: R$ 191.490,00
Cruzeiro: Léo Aragão; William, Jonathan Jesus, Villalba (Gamarra, no intervalo), Kauã Prates; Murilo Rhikman, Lucas Romero (Rodriguinho, no intervalo), Christian (Walace, no intervalo); Kaique Kenji (Dinenno, aos 25′ do 2ºT), Gabi e Lautaro Díaz (Bolasie, aos 13′ do 2ºT).
Técnico: Leonardo Jardim.
Palestino: Sebastián Pérez; Ariel Espinoza, Cristián Suárez, Fernando Meza, Dilan Zúñiga; Ariel Martínez, Julián Fernández, Joe Abrigo (Árias, aos 21′ do 2ºT); Byan Carrasco (Facundo Castro, aos 30′ do 2ºT), Jonathan Benítez (Parra, aos 29′ do 2ºT) e Junior Marabel.
Técnico: Lucas Bovaglio.
Cartões amarelos: William, aos 42′ do 1ºT (CRU); Abrigo, aos 3′ do 2ºT (PAL); Kaique Kenji, aos 6′ do 2ºT (CRU); Zúñiga, aos 13′ do 2ºT (PAL); Gabi, aos 28′ do 2ºT (CRU);
Fonte: No Ataque
O Cruzeiro enfim desencantou na Copa Sul-Americana. Não fez a melhor atuação, mas, na base da persistência, descolou gol salvador aos 44 minutos da segunda etapa e venceu o Palestino-CHI de virada, por 2 a 1, nesta quarta-feira (14/5), no Mineirão, pela quinta rodada do Grupo E. Esportivamente, o resultado pouco importa para os celestes, que já estão eliminados da competição. Em relação à sequência da temporada, dá confiança. Sem a possibilidade de avançar no torneio, o técnico Leonardo Jardim havia estabelecido um objetivo para o confronto: “melhorar a imagem” do clube na Sul-Americana. Mandou a campo equipe alternativa – estratégia para poupar os titulares de olho na sequência da temporada e dar rodagem a atletas pouco acionados. Até o fim do segundo tempo, o comandante passava longe de alcançar a meta. Foi quando apareceu a estrela de Gabigol. Como esperado pelo cenário do confronto, apenas 9.698 torcedores visitaram o Mineirão, público bem abaixo da média do Cruzeiro no ano (30.623 fãs até antes do duelo desta quarta-feira). Sem o calor humano, a sensação térmica estava bem abaixo dos 16 graus apontados pela previsão do tempo. O clima se tornou ainda mais frio quando Ariel Martínez, de cabeça, abriu o placar para os visitantes, logo aos seis minutos do primeiro tempo, após falha defensiva coletiva. Àquela altura, eram os mandantes quem detinham o controle da partida e a posse de bola, no entanto, viram os adversários serem mais eficazes. Novamente, problema característico do Cruzeiro na Sul-Americana veio à tona: a equipe espera sofrer para reagir. Até o fim da primeira etapa, a Raposa fez atuação superior em relação ao rival, mas pecou nas finalizações e no baixo repertório.
Leonardo Jardim promoveu algumas mudanças no segundo tempo para dar mais fôlego. A equipe encontrou ainda mais dificuldades e mal criou oportunidades grandiosas. Aos 24 minutos, deu fim ao marasmo e conseguiu furar o sistema defensivo do Palestino com cabeceio de Bolasie. Os celestes, então, passaram a martelar. E quando tudo parecia se repetir, Gabi apareceu no apagar das luzes. Aos 44 minutos, o camisa 9 arriscou de fora da área, balançou a rede e deu a vitória ao Cruzeiro.
Dona de uma vitória, um empate e três derrotas, a Raposa subiu para a terceira colocação do Grupo E ao somar quatro pontos – de 15 possíveis. O Palestino, por sua vez, segue na segunda posição, com nove pontos – três triunfos e um tropeço. Agora, não tem condições de encerrar a participação na etapa inicial em primeiro lugar, que pertence ao Mushuc Runa-EQU, ou seja, disputará os playoffs com um terceiro colocado da Copa Libertadores.
Cruzeiro x Palestino
Eficiente, Palestino abre o placar
Leonardo Jardim já havia avisado que escalaria equipe alternativa com um ou outro titular. E assim o fez. Pela primeira vez, o lateral-esquerdo Kauã Prates, o volante Murilo Rhikman e o atacante Kaique Kenji, crias da Toca da Raposa, iniciaram a mesma partida. O comandante manteve apenas o zagueiro Villalba e os volantes Christian e Lucas Romero. No frio Mineirão, pouco ocupado devido ao contexto da partida, o Cruzeiro deu o pontapé no confronto com a intenção de propor. Aos três minutos, depois de muito trabalhar a bola, criou a primeira oportunidade quando Lautaro Díaz recebeu lançamento, invadiu a área e arriscou. Travado, ganhou escanteio. Na cobrança de William, Kauã Prates subiu sozinho e arrancou suspiros.
Organizado defensivamente, o Palestino soube ser eficaz. Na primeira descida ao ataque, deixou o clima no Gigante da Pampulha ainda mais gelado. A jogada que resultou no gol dos chinelos começou aos cinco minutos, quando Abrigo roubou a bola de Villalba e descolou um escanteio. Depois de tanto insistirem nas sobras, os adversários alcançaram a meta. O mesmo Abrigo cruzou e encontrou Ariel Martínez. Livre de marcação, o meio-campista mal precisou pular para cabecear e abrir o marcador: 1 a 0 em falha coletiva celeste. A partir dali, cenário comum para o Cruzeiro na Sul-Americana voltou a se repetir. A equipe foca em remediar, não prevenir, isto é, espera ser vazada para reagir. Em todos os outros confrontos na competição, os celestes sofreram o primeiro tento. Tal questão, inclusive, já havia sido pontuada pelo zagueiro Fabrício Bruno, que, poupado, sequer esteve entre os relacionados. Até o fim do primeiro tempo, a Raposa apresentou atuação melhor. Buscou o empate algumas vezes, principalmente com Lautaro, Gabi, Kaique e Murilo, mas, nessas ocasiões, pecou nas finalizações. O baixo repertório na criação de jogadas também falou mais alto, e os mandantes, donos da posse de bola, dirigiram-se ao vestiário com a desvantagem no marcador.
Virada celeste
Leonardo Jardim promoveu algumas mudanças no segundo tempo para dar fôlego à equipe. Em campo, pouca coisa mudou. O Cruzeiro teve até mais dificuldades e mal criou jogadas perigosas. O Palestino, por sua vez, manteve a organização defensiva e apostou em contra-ataques. O jogo morno, em um ambiente gelado, não dava esperanças à torcida, que acompanhou lance a lance com expressão de aflição. Aos 24 minutos, uma esperança de mudança no cenário da partida. Bolasie, recém-acionado pelo comandante, recebeu cruzamento de William e cabeceou para empatar: 1 a 1.
O Palestino deu a rápida impressão de que voltaria a atacar, mas não teve perna. Diante do cenário favorável, o Cruzeiro passou a martelar. Pecou, é claro, na eficácia – por vezes, trocou passes sem objetivos e errou finalizações. Quando a sequência negativa parecia reinar, Gabi apareceu. Aos 44 minutos, o camisa 9 tabelou com Dinenno, arriscou de fora da área e marcou o gol da virada: 2 a 1. O tento incendiou a torcida do Cruzeiro, que, instantaneamente, passou a cantar músicas em provocação ao rival Atlético, próximo adversário.
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