07/04/2024: Cruzeiro 1x3 Atlético

terça-feira, 9 de abril de 2024

 

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Ficha Técnica
07/04/2024: Cruzeiro 1x3 Atlético
Motivo: segundo jogo da final do Campeonato Mineiro
Data: 7 de abril de 2024
Local: Mineirão, em Belo Horizonte
Gols: Mateus Vital (Cruzeiro, aos 6’/2ºT); Renzo Saravia (Atlético, aos 19’/2ºT), Hulk (aos 31 do 2T) e Scarpa (aos 47 do 2T)
Cruzeiro: Rafael Cabral; William (Wesley Gasolina aos 33 do 2T), Neris (Barreal aos 33 do 2T), Zé Ivaldo e Marlon; Lucas Silva (Cifuentes aos 33 do 2T), 
Técnico: Nicolás Larcamón
Atlético: Everson; Saravia (Igor Rabello aos 36 do 2T), Bruno Fuchs (Gustavo Scarpa aos 22 do 2T), Jemerson e Guilherme Arana; Otávio (Vargas aos 21 do 2T), Battaglia (Igor Gomes aos 21 do 2T), Alan Franco, Zaracho; Paulinho e Hulk (Mauricio Lemos aos 36 do 2T). 
Técnico: Gabriel Milito.
Cartões amarelos: Lucas Silva, Romero, William e Matheus Pereira (Cruzeiro); Arana, Jemerson e Zaracho (Atlético)
Árbitro: Flavio Rodrigues de Souza (Fifa/SP)
Assistentes: Fabrini Bevilaqua Costa (SP) e Nailton Junior de Sousa Oliveira (CE)
VAR: José Cláudio Rocha Filho (SP)




Recorde de público do novo Mineirão
E o duelo marcou um recorde celeste. Os torcedores do Cruzeiro estabeleceram nesta final o maior público da história do novo Mineirão: 61.582 pessoas. A marca engloba apenas as partidas disputadas depois de 2013, quando o estádio foi reinaugurado após reforma para a Copa do Mundo de 2014.
Cruzeiro e Atlético passam em branco no primeiro tempo
O Cruzeiro chegou para o jogo decisivo em vantagem. Afinal, a partida de ida terminou empatada por 2 a 2 na Arena MRV, no último dia 30. E a Raposa, com melhor campanha na fase classificatória, jogava por uma nova igualdade no Mineirão. Nesse cenário, a primeira grande chance foi do Atlético. Paulinho recebeu passe longo do zagueiro Bruno Fuchs e saiu cara a cara com o goleiro Rafael Cabral. Um cenário já vivido anteriormente pelo atacante, mas que mais uma vez não terminou da forma que ele esperava. O camisa 10 chutou mal e a bola passou por cima do gol. Nas arquibancadas, a cada movimento do Galo, os cruzeirenses logo reagiam. Além de vaias, ecoavam muitos gritos de “chorão” quando o time alvinegro reclamava de alguma decisão do árbitro. Apesar de não ter tantos lances de destaque, foi o Atlético que mais incomodou nos primeiros 30 minutos de jogo, com bastante bolas alçadas em direção ao campo de defesa do Cruzeiro. Do outro lado, o incômodo era pequeno. A maior parte das jogadas da Raposa terminaram antes da finalização.
Um lance em especial agitou o estádio. Aos 34′, o meia-atacante Matheus Pereira sofreu falta do zagueiro Jemerson na entrada da área do Atlético. Ali, surgia uma boa chance do Cruzeiro abrir o placar. A batida foi rasteira e passou rente à trave, mas do lado de fora. E quando os acréscimos já haviam começado, veio o lance que poderia mudar tudo. Outra oportunidade de um jogador do Atlético sair sozinho com Cabral. Outra oportunidade de Hulk marcar em um clássico. Quem impediu o lance de tomar forma do jeito que o Galo esperava foi o zagueiro Zé Ivaldo. O camisa 5 chegou por trás e tirou a bola de Hulk, que caiu no gramado. Atletas e comissão técnica do Atlético pediam de forma indignada a marcação de um pênalti. O árbitro, porém, mandou o jogo seguir, para a alegria dos torcedores presentes.
A volta dos jogadores para etapa final mostrou um Atlético sem sucesso na busca para reverter a vantagem celeste. Paulinho perdeu mais uma chance na frente de Cabral, num lance em que poderia ter dado assistência para um Hulk livre de marcadores. Depois, Jemerson deu cabeçada perigosa em jogada de escanteio. A bola foi para fora. Jogador de estatura média, sem nenhum gol pelo Cruzeiro e em uma situação pouco habitual para o estilo de jogo, Mateus Vital desafiou as probabilidades para balançar a rede na final. Após cruzamento de Matheus Pereira no lado esquerdo, o meia subiu e cabeceou cruzado. O destino da bola foi o fundo da rede de Everson, que não conseguiu impedir a Raposa de abrir o marcador aos 6 minutos: 1 a 0.
Mas o Atlético não se abateu e, com outra cabeçada, empatou o jogo. O lateral-direito Renzo Saravia deixou o placar igualado aos 19′, em jogada que contou com lançamento do volante Otávio. Em momento de desatenção da defesa celeste, o meio-campista cruzou para área e encontrou o ala em boa posição para cabecear. A bola encobriu Cabral e morreu no fundo da rede: 1 a 1. Aos 28′, o árbitro assinalou pênalti para o Galo. O volante Lucas Silva encostou a mão na bola durante uma jogada na área do Cruzeiro. Após consulta ao VAR, Flavio Rodrigues de Souza marcou a infração. Como é de costume, Hulk foi o escolhido para bater. Em meio às vaias da torcida celeste, o atacante chutou no canto esquerdo e colocou o Atlético em vantagem: 2 a 1. De virada, o Alvinegro passou a Raposa no placar e tomou para si a vantagem na final. Depois do baque da virada, o técnico Nicolás Larcamón precisou voltar a mexer no time. Aos 38 minutos, Dinenno recebeu dentro da área, dominou e finalizou para balançar as redes. Contudo, imediatamente, a arbitragem assinalou o impedimento. Nos acréscimos, o golpe fatal. O meio-campista Gustavo Scarpa decretou o título ao marcar o primeiro dele com a camisa atleticana. Paulinho puxou contra-ataque e tocou para o camisa 6. Ele driblou Rafael Cabral e balançou as redes para calar o Mineirão: 3 a 1.