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Ficha Técnica
Palmeiras 0x1 Cruzeiro
Motivo: Jogo de ida da semifinal da Copa do Brasil
Data: 12/09/2018 (quarta-feira)
Local: Allianz Parque, em São Paulo-SP
Árbitro: Wagner Reway (FIFA/MT)
Renda: R$ 2.732.380,90
Público: 32.960
Gol: Barcos, aos 4 minutos do 1º tempo
Palmeiras: Weverton; Mayke, Antônio Carlos, Edu Dracena e Diogo Barbosa; Thiago Santos (Lucas Lima) e Bruno Henrique (Marcos Rocha); Willian, Moisés e Dudu; Borja (Artur).
Técnico: Luiz Felipe Scolari
Cruzeiro: Fábio; Edilson, Dedé, Léo e Egídio; Henrique, Lucas Silva, Robinho (Bruno Silva), Thiago Neves e De Arrascaeta (Rafinha); Barcos (Raniel).
Técnico: Mano Menezes
Cartões amarelos: Thiago Santos, Dudu (Palmeiras); Leo, Fábio, Edilson (Cruzeiro)
Cartão vermelho: Edilson (Cruzeiro)
Da Gazerta Esportiva
O Cruzeiro está um passo mais próximo da final da Copa do Brasil. Nesta quarta-feira, a Raposa visitou o Palmeiras no Allianz Parque, em confronto de ida da semifinal do torneio mata-mata, e venceu por 1 a 0 com tento anotado pelo ex-palmeirense Barcos, que desencantou após 11 jogos. No minuto final, Antônio Carlos empatou para o Verdão em lance discutível, mas a arbitragem marcou falta de Edu Dracena no goleiro Fábio antes que o palmeirense concluísse para as redes, e isso tirou a possibilidade de o VAR (Vídeo Árbitro) ser utilizado
Quando os times subiram ao gramado a torcida alviverde começou seu espetáculo. Os mais de 32 mil presentes levantaram um mosaico por todo o setor inferior da Arena com os dizeres “O Primeiro Palestra Itália”, em provocação ao rival da noite, que um dia foi homônimo. Com lugares ainda vazios, porém, o desenho ficou incompleto. Foi um indício de que o Chiqueiro não terminaria os 90 minutos em festa.
Com apenas quatro minutos, quatro palmeirenses falharam na marcação e o Cruzeiro abriu o placar com Barcos, que desencantou após jejum de 11 jogos. Dudu tentou drible no ataque e perdeu a bola, Diogo Barbosa demorou na recomposição e Edu Dracena precisou cobri-lo na esquerda. O zagueiro, junto com Thiago Santos e Bruno Henrique, foi envolvido em tabela de Thiago Neves com Robinho, que deixou Barcos na cara do gol para tocar na saída de Weverton.
Pela primeira vez com Felipão, o Palmeiras precisaria buscar uma virada. A equipe só havia saído atrás no marcador contra o Cerro Porteño-PAR, pela Copa Libertadores, mas na ocasião, o revés mínimo garantia (como de fato aconteceu) a classificação palestrina. E precisando reagir, o Verdão não mostrou repertório para vencer uma linha de quatro e outra de cinco marcadores bem posicionados por Mano Menezes.
As melhores (e únicas) oportunidades do Alviverde no restante da primeira etapa aconteceram logo após o gol sofrido. Dudu assustou Fábio com chute colocado de dentro da área, e Willian acertou o travessão em finalização prensada pelo cruzeirense Léo. Na reta final, Borja chegou a balançar as redes, mas a bomba do colombiano foi pelo lado de fora.
já desacostumada a sair atrás no marcador, a torcida mandante mostrou impaciência. A cada passe errado era uma reclamação, cada roubada de bola suscitava pedidos de pressa, mesmo sem opções para dar sequência às jogadas. Alguns atletas, como Edu Dracena e Moisés não conseguiram repetir o futebol que vinham demonstrando, enquanto outros, como Mayke, claramente sentiram a pressão das arquibancadas.
Palmeiras tem dificuldades para criar, fica com um a mais, mas perde o jogo
Para a etapa final, Felipão voltou do intervalo com a substituição padrão: sacou seu volante marcador, Thiago Santos, e colocou um meio-campista, Lucas Lima. A mudança tornou o Palmeiras ainda mais ofensivo, mas não criativo. O Verdão seguiu apostando em jogadas individuais de Dudu pelo lado direito, mas o camisa 7 não esteve inspirado como nos últimos jogos. Os erros de passe e nenhuma infiltração pelo meio da defesa celeste completaram o cenário de dificuldades alviverde.
À metade do segundo tempo, Mano Menezes, que já havia sido obrigado a sacar Arrascaeta para a entrada de Rafinha durante os 45 minutos iniciais, trocou Robinho por Bruno Silva, e Barcos por Raniel. A estratégia era clara, fechar ainda mais o time e apostar na velocidade do jovem atacante nos contra-ataques.
Scolari, por sua vez, sem ter Guerra, Gustavo Scarpa ou Deyverson no banco de reservas, precisou recorrer ao garoto Artur, que entrou no lugar de Borja. Willian passou a ser o centroavante e Dudu foi jogar pelo lado esquerdo.
O jogo ganhou contornos ainda mais dramáticos já aos 36 minutos, quando o Cruzeiro ficou com um jogador a menos. Muito pressionado pelo Cruzeiro antes de a bola rolar, Wagner Reway deu toque de mão de Edilson em finalização de Willian fora da área. O cruzeirense seguiu reclamando com a arbitragem, recebeu a segunda advertência e acabou expulso.
Com a desigualdade numérica, o jogo pegou fogo nos minutos finais dos sete acrescidos por Wagner Reway. Aos 48, Egídio quase marcou contra, mas Fábio fez milagre para evitar. O lance resultou em grito uníssonos pelo lateral esquerdo, tanto dos palmeirenses, ironicamente, quanto da torcida visitante. No minuto seguinte, Lucas Lima recebeu dentro da área, finalizou com a perna direita, mas a bola explodiu no travessão.
Polêmica no fim
E já no minuto final, Antônio Carlos balançou as redes, mas o árbitro anulou o gol e marcou falta de Edu Dracena em disputa com Fábio pelo alto. Os palestrinos pediram que o juiz consultasse o VAR, mas como Wagner Reway anotou falta antes de o palmeirense concluir a gol, a tecnologia já não podia ajudá-lo. Assim, ele teve pressa, pediu que o goleiro celeste cobrasse a infração e terminou o duelo.
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