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Lanús 0x1 Cruzeiro
Motivo: jogo de volta da semifinal da Copa Sul-Americana
Data: 30 de outubro de 2024
Estádio: Estádio Ciudad de Lanús (La Fortaleza), em Lanús (ARG)
Árbitro: Juan Gabriel Benítez (PAR)
Assistentes: Eduardo Cardozo e Milciades Saldivar (PAR)
VAR: Derlis López (PAR)
Gols: Kaio Jorge, aos 45 minutos do 1ºT (Cruzeiro)
Lanús: Nahuel Losada; Ezequiel Muñoz, Carlos Izquierdoz, Gonzalo Pérez (Jonatán Torres, aos 11 min do 2ºT) e Julio Soler; Felipe Peña Biafore (Leandro Díaz, aos 46 min do 2ºT), Luciano Boggio (Fábio Álvares, aos 24 min do 2ºT), Marcelino Moreno, Ramiro Carrera (Aquino, no intervalo) e Juan Cáceres; Walter Bou
Técnico: Ricardo Zielinski
Cruzeiro: Cássio; William, João Marcelo, Lucas Villalba e Marlon; Lucas Romero (Lucas Silva, aos 39 min do 2ºT), Walace e Matheus Henrique; Gabriel Veron (Lautaro Díaz, aos 40 min do 2ºT), Matheus Pereira (Ramiro, aos 39 min do 2ºT) e Kaio Jorge (Zé Ivaldo, aos 33 min do 2ºT)
Técnico: Fernando Diniz
Cartões amarelos: Izquierdoz e Juan Cáceres (Lanús); Cássio (Cruzeiro)
A primeira vitória do técnico Fernando Diniz no comando do Cruzeiro veio da melhor forma possível. Com mostras do estilo de jogo autoral do treinador, a Raposa deu mais um grande passo rumo ao seu objetivo na temporada: o título da Copa Sul-Americana. O time celeste venceu o Lanús por 1 a 0, em La Fortaleza, nesta quarta-feira (30/10), na Grande Buenos Aires, na Argentina, no jogo de volta da semifinal, e avançou à decisão continental.
O tento que garantiu a classificação do Cruzeiro foi marcado por Kaio Jorge aos 45 minutos do primeiro tempo. O atacante aproveitou o rebote do goleiro Nahuel Losada e tentou duas vezes antes de balançar a rede grená. O primeiro chute parou na defesa adversário, mas a segunda tentativa foi certeira. A atuação cruzeirense não passou nem perto da partida decepcionante no confronto de ida, que terminou empatado por 1 a 1, no Mineirão, em Belo Horizonte, na semana passada. De quebra, a vitória teve um significado gigante para o clube, que voltou à uma final continental após 15 anos. Para conseguir o triunfo, o Cruzeiro precisou derrubar ‘La Fortaleza’. Os argentinos lotaram o estádio e empurraram o ‘Granate’ durante todo o tempo. Contudo, quem festejou no fim foram os torcedores da Raposa, que também marcaram presença no setor visitante.
Agora, o Cruzeiro aguarda o vencedor do confronto entre Racing-ARG e Corinthians, a ser disputado a partir das 21h30 desta quinta-feira (31/10), no El Cilindro, em Avellaneda, na Grande Buenos Aires, para conhecer seu adversário na finalíssima. No jogo de ida, os times empataram por 2 a 2, na Neo Química Arena, em São Paulo. A decisão da Sul-Americana será disputada em jogo único no dia 23 de novembro (um sábado). A partida ocorrerá no Estádio La Nueva Olla, casa do Cerro Porteño em Assunção, no Paraguai.
Próximos jogos de Lanús e Cruzeiro
O Lanús agora concentra energias por uma recuperação no Campeonato Argentino. No domingo (3/11), a partir das 19h30, o Granate receberá o Boca Juniors em La Fortaleza, pela 20ª rodada da competição nacional. Já o Cruzeiro voltará a campo na quarta-feira (6/11), a partir das 21h, para enfrentar o Flamengo no Independência, em Belo Horizonte. O compromisso celeste será disputado pela 32ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro.
O jogo
Kaio Jorge abre o placar para o Cruzeiro
A estratégia do Cruzeiro no primeiro tempo foi bem definida: tocar bola na defesa para atrair a marcação do Lanús para cima e achar uma brecha no campo adversário. Para que o plano funcionasse, Fernando Diniz cobrou entrega dos jogadores a cada descumprimento da ordem imposta. No entanto, foi o Lanús quem assustou primeiro, logo aos quatro minutos de jogo. Marcelino Moreno recebeu ótimo lançamento nas costas da zaga cruzeirense e bateu por cobertura na saída do goleiro Cássio. A bola ainda pegou no travessão antes de morrer no fundo da rede. Mas o lance foi invalidado por impedimento. O meia estava quase um metro à frente no momento em que recebeu o passe.
Apesar de ter mais posse de bola, a Raposa demonstrou nervosismo em certos lances de transição da defesa para o ataque. Em um desses erros, Cássio fez um milagre para manter o placar inalterado. Boggio recebeu livre de marcação dentro da área e parou no goleiro celeste. Incomodado com a falta de ofensividade do time mineiro, Diniz orientou os atletas para atacarem pelas beiradas do campo em blocos de seis jogadores – marca característica do treinador nos trabalhos anteriores ao Cruzeiro. Mesmo com os ajustes feitos pelo Cruzeiro, o Lanús continuou assustando. Marcelino Moreno acertou uma pancada no travessão e quase marcou. A resposta da equipe estrelada também foi dada na mesma moeda: Gabriel Veron acertou a trave esquerda em chute de fora da área. O alívio cruzeirense veio aos 45 minutos. Matheus Pereira lançou Veron, que saiu cara a cara com o goleiro Nahuel Losada e tentou uma cavadinha. O arqueiro do Lanús não conseguiu agarrar firme e viu a bola sobrar nos pés de Kaio Jorge. O atacante tentou duas vezes até que estufou a rede: 1 a 0.
O Cruzeiro não sentou no resultado feito no primeiro tempo e tentou buscar mais um gol para dar tranquilidade. Walace arriscou chute de fora da área e passou muito perto de ampliar o marcador. A bola foi muito forte e tirou tinta do travessão. Aos 19′, Matheus Pereira perdeu uma chance clara, que poderia ter definido a classificação celeste. O camisa 10 recebeu livre dentro da pequena área do Lanús, mas chutou fraco e parou em Losada. O goleiro se esticou todo no canto direito para evitar o segundo tento. Com vantagem no placar, o Cruzeiro fez valer os momentos de posse de bola e se aproveitou da cera para esfriar qualquer tentativa de reação do Lanús. Cássio – que sofreu com objetos arremessados pelos torcedores adversários em sua direção durante todo o confronto – foi advertido com cartão amarelo pelo árbitro Juan Gabriel Benítez (PAR) por retardar a partida. Diniz fez várias mudanças na reta final para fechar a ‘casinha’ e segurar o resultado. Ele tirou Kaio Jorge, Matheus Pereira e Gabriel Veron para promover as entradas do zagueiro Zé Ivaldo, do volante Ramiro e do atacante Lautaro Díaz. E deu certo! Apesar da pressão externa pelo mal momento na temporada – sete jogos sem vitória (cinco empates e duas derrotas) -, o Cruzeiro chegou à final da Sul-Americana.
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