PONTE PRETA 0 X 2 CRUZEIRO
Motivo: 16ª rodada do Campeonato Brasileiro
Data: 24/08/2013 (domingo)
Local: estádio Moisés Lucarelli, em Campinas-SP
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (GO)
Público: 5.974 pagantes
Renda: R$ 103.735,00
Gols: Dedé, aos 22 min. do 1º tempo; Borges, aos 27 min. do 2º tempo
Ponte Preta
Roberto; César, Betão e Diego Sacoman (Giovanni); Régis, Magal (Ramirez), Fernando Bob, Chiquinho e Uendel; Rildo e Dennis (Rafinha)
Cruzeiro
Fábio; Ceará, Dedé, Bruno Rodrigo e Everton (Egídio); Nilton, Souza (Lucas Silva), Éverton Ribeiro e Ricardo Goulart (Henrique); Willian e Borges
Técnico: Marcelo Oliveira
Cartões Amarelos: Souza, Ricardo Goulart e Nilton (Cruzeiro); Uendel e Rafinha (Ponte Preta)
24/08/13: Cruzeiro 2x0 Ponte Preta |
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Os Donos da Bola
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Crônica
Ser líder é mais do que ocupar a primeira posição. É saber a hora de avançar, o momento de acalmar. Não se intimidar com gramado, estádio e torcida adversários. E, especialmente, ser preciso quando não está em um dia tão inspirado. Se desta vez não teve golaço ou grande atuação como contra o Flamengo, o Cruzeiro foi simples. Mesmo jogando em Campinas, envolveu a Ponte desde o início, fez 2 a 0 e não levou sustos. Atuação suficiente para reassumir a ponta do Campeonato Brasileiro, ao menos por algumas horas.
A equipe de Marcelo Oliveira volta para a Toca da Raposa com 31 pontos, a segunda vitória consecutiva no Brasileirão e uma vantagem rasa para o Botafogo - que, com 29, fecha a 16ª rodada no domingo contra o Atlético-PR, em Curitiba. O título de melhor ataque segue intacto, mas, nesta noite, coube a um zagueiro garantir o resultado: Dedé, de cabeça, superou a falha no meio de semana e marcou o primeiro pela Raposa.
Enquanto mineiros festejam, paulistas se preocupam ainda mais. A Ponte Preta estaciona nos 15 pontos graças à segunda derrota consecutiva no Moisés Lucarelli, que a deixa no 17º lugar, na zona de rebaixamento. Após a partida, Carpegiani entregou o cargo e aumentou a crise em Campinas.
A missão de pontepretanos e cruzeirenses não acaba após o duelo direto desta noite. Os dois elencos ficam de olho no complemento da rodada - um para seguir na liderança, outro para escapar da degola. Caso não tenham sucesso na torcida, terão nova chance de alegrar a torcida no meio de semana, mas em outro torneio.
Terça-feira, a Ponte recebe o Criciúma e precisa de um empate simples para avançar à segunda fase da Copa Sul-Americana. Um dia depois e na mesma situação, o Cruzeiro visita o Flamengo no Maracanã para alcançar as quartas de final da Copa do Brasil. Pelo Brasileiro, os dois clubes jogam no fim de semana: a Macaca enfrenta o Grêmio, sábado, em Porto Alegre, enquanto a Raposa encara o Vasco, domingo, em Belo Horizonte.
Raposa adota postura de líder
Se quisesse recuperar a ponta, o Cruzeiro teria que agir como tal em Campinas. E assim fez, sem se incomodar com fatores externos. Desde o início, ditou o ritmo da partida, alternou passes curtos e longos e controlou a Ponte Preta, que, abalada pelo desfalque de última hora de William, não conseguiu repetir a boa atuação do meio de semana, em Criciúma.
Envolvida pelos passes cruzeirenses, a Macaca só se defendeu na primeira etapa. Roberto salvou duas vezes, em chutes de Ricardo Goulart e Souza. Só não evitou a finalização que veio do alto. Souza, ex-jogador da Ponte, cobrou escanteio aos 22 minutos e achou Dedé. Ele, que entregou um gol para o Flamengo na quarta-feira, acertou o canto direito e abriu o marcador para se reabilitar perante à torcida celeste.
Se já estava em casa com o placar empatado, o Cruzeiro ficou mais à vontade ainda no restante do primeiro tempo. A Ponte, que claramente sentiu falta de William no ataque, arriscou apenas finalizações de longe, mas Uendel e Chiquinho não acertaram o pé - Fábio foi um espectador de luxo em 45 minutos de duelo. Do outro lado, Everton Ribeiro, Willian e Ricardo Goulart tocavam a bola como se estivessem no Mineirão, sem se preocupar com quem era o dono do estádio.
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