06/07/2013: Portuguesa 1x1 Cruzeiro

domingo, 7 de julho de 2013


PORTUGUESA-SP 1 X 1 CRUZEIRO

Motivo:
6ª rodada do Campeonato Brasileiro
Data: 06/07/2013 (sábado)
Local: Estádio Canindé, em São Paulo (SP)
Árbitro: Paulo Henrique Godoy Bezerra (SC)
Gols: Valdomiro aos 4 minutos e Bruno Rodrigo aos 17 minutos do primeiro tempo

Portuguesa-SP
Lauro; Luís Ricardo, Lima, Valdomiro e Ivan; Ferdinando, Corrêa, Souza e Cañete (Romão); Matheus e Diogo
Técnico: Edson Pimenta

Cruzeiro
Fábio; Mayke, Dedé, Bruno Rodrigo e Egídio; Nilton, Souza (Tinga), Everton Ribeiro e Diego Souza (Lucca), Luan e Vinicius Araújo (Anselmo Ramon)
Técnico: Marcelo Oliveira

Cartões Amarelos: Souza, Ferdinando e Valdomiro (Portuguesa-SP); Luan e Everton Ribeiro (Cruzeiro)

Fonte: Site do Cruzeiro

Links
Os Donos da Bola
PHD

Crônica do jogo

Parecia noite de final de campeonato no Canindé. Daquelas valendo um título dos bons, com direito a trânsito caótico em pleno sábado à noite na Marginal Tietê, ambulantes aos montes e filas quilométricas nas bilheterias. Mas, em vez da tradicional camisa rubro-verde colorindo as ruas, minissaias (bem minis), decotes generosos, cabelos alisados, cabelos arrepiados, roupas da moda...quase uma balada. E era. Enquanto Portuguesa e Cruzeiro empatavam por 1 a 1 para um pequeno público dentro do estádio, uma multidão esperava pelo cantor Belo na área social do clube.
Tão tradicional quanto o futebol da Lusa é sua festa junina, promovida desde 1925. Boa parte do dinheiro para a manutenção da parte social vem dela, autoproclamada a melhor de São Paulo. A fama tem o peso de um clássico. Não por acaso, o preço do ingresso é de R$ 50, dez a mais que o valor do bilhete de arquibancada para ver um jogo no estádio no Campeonato Brasileiro – a atração de domingo é a cantora sertaneja Paula Fernandes
Os 2.769 torcedores (renda de R$ 76.860,00) que trocaram o “pé-de-moleque”  e o “quentão” pela arquibancada viram um jogo equilibrado, de muita correria e pouca precisão ofensiva. Tanto que os zagueiros foram decisivos para construir o placar. Valdomiro colocou os paulistas em vantagem logo no início, mas Bruno Rodrigo empatou ainda no primeiro tempo. No segundo, depois de boas defesas de Lauro, Anselmo Ramon ainda perdeu um gol incrível na pequena área.
O resultado não é motivo para festa. No 500º jogo do goleiro Fábio com a camisa celeste, a Raposa chega aos nove pontos e perde a chance de entrar no G-4. Agora, recebe o Náutico, no próximo domingo, às 18h30m, no Mineirão. A Lusa acumula o quarto empate em seis jogos e sobe para sete. No sábado, visita o Santos, no mesmo horário, na Vila Belmiro.
Gols em bolas alçadas
O primeiro tempo esteve longe de ser tão agitado quanto a festa na parte social do estádio. Luta, correria e voluntariedade com a bola nos pés não faltaram. Sobrou, por sinal. Talvez, por isso, o placar tenha sido construído em jogadas de bolas paradas pelo alto. A Portuguesa começou melhor, mas o Cruzeiro, com um time mais forte, foi quem controlou boa parte da etapa inicial.
A Lusa abriu mão de tentar pressionar e fazer valer o mando de campo. Edson Pimenta, o ex-auxiliar técnico e ex-coronel efetivado como treinador, montou a equipe em função de Diogo, ídolo da torcida e maior reforço para o torneio. Bem marcado, pouco apareceu com a bola nos pés, mas abriu espaços para o primeiro gol, aos quatro minutos. Souza sofreu e cobrou a falta na cabeça de Valdomiro, que desviou em saída estranha de Fábio.
A desvantagem fez o Cruzeiro se lançar ao ataque e conseguir controlar o jogo. Mas faltava calma à Raposa. O time de Marcelo Oliveira acelerou em demasia e pecou nos passes mais importantes próximos da área. O empate veio com a mesma arma rival, aos 17. Souza bateu escanteio, e Bruno Rodrigo, ex-Lusa, fez de cabeça.
A Portuguesa ainda melhorou nos dez minutos finais, saiu da pressão, mas não conseguiu criar chances de perigo. Aos 45, ainda levou um susto quando Vinícius Araújo recebeu livre na área e chutou sem ângulo. Lauro, bem colocado, espalmou.
Chances dos dois lados
A volta para o segundo tempo foi acelerada. Parecia até que o “bicho” pela vitória seria um ingresso para ver Belo, muito popular entre os jogadores. Cañete, argentino que talvez nem conheça as músicas de amor do cantor, apareceu animado para resolver o jogo. Após vacilo de Bruno Rodrigo, ele cruzou para Diogo chutar bem perto da trave e assustar Fábio.
A queda de rendimento do Cruzeiro preocupou Marcelo Oliveira. O time parou de criar, quase parou de atacar e viu o adversário crescer. Pouco notado, Diego Souza deu lugar a Lucca. A Raposa cresceu, passou a ter mais velocidade na frente e a envolver a marcação. O mesmo Lucca quase virou o jogo em cobrança de falta rente ao travessão.
A outra substituição dos mineiros também ficou no quase. Anselmo Ramon, que ocupou o lugar de Vinícius Araújo, subiu livre de cabeça na pequena área, mas Lauro fez grande defesa. A Portuguesa também tentou, mas em vão. Edson Pimenta colocou o centroavante Romão no lugar de Cañete, fazendo a equipe perder velocidade e ganhando presença de área.
Os minutos finais foram de alternância do controle do jogo. O Cruzeiro insistiu mais, procurou a vitória e tropeçou nas próprias pernas. Aos 39, a maior chance de todas. Tinga roubou a bola na área e chutou para Lauro espalmar. No rebote, na pequena área, Anselmo Ramon (quase caindo, é verdade) fez o mais difícil e carimbou o travessão. Pouco depois, Lucca quase se igualou ao isolar uma bola na saída do goleiro. Festa mesmo, só para quem optou pela junina.