Compacto Sportv
CRUZEIRO 0 X 4 SANTOS-SP
Motivo: 34ª rodada do Campeonato Brasileiro
Data: 03/11/2012 (sábado)
Local: Independência, em Belo Horizonte (MG)
Árbitro: Grazianni Maciel Rocha (RJ)
Gols: Neymar, aos 11min e aos 35min do primeiro tempo; Felipe Anderson, aos 8min, Neymar, aos 36min do segundo tempo
Cruzeiro: Fábio; Ceará, Rafael Donato (Willian Magrão), Mateus e Everton; Leandro Guerreiro, Sandro Silva (Fabinho), Charles e Montillo; Martinuccio (Wellington Paulista) e Anselmo Ramon
Técnico: Celso Roth
Santos: Rafael Cabral; Rafael Galhardo, Bruno Rodrigo, Durval e Juan (Gerson Magrão); Adriano, Henrique, Arouca e Felipe Anderson; Neymar e André (Miralles)
Técnico: Muricy Ramalho
Cartões amarelos: Rafael Donato, Ceará, Charles, Willian Magrão, Montillo (Cruzeiro); André, Juan, Miralles (Santos)
Fonte: Site do Cruzeiro
Crônica do jogo
Neymar foi o dono da noite na volta do Cruzeiro a Belo Horizonte. O craque comandou a vitória do Santos por 4 a 0 sobre a Raposa, no estádio Independência, marcando três gols e dando o passe para o outro, pela 34ª rodada do Brasileirão. A torcida mineira fez sua parte, comparecendo em bom número, após quatro jogos em Varginha, devido à punição pelos incidentes no clássico contra o Atlético-MG, em agosto, mas viu seu time ser completamente envolvido. A reação natural ao que viu em campo foram aplausos como reconhecimento à ótima atuação do craque rival e vaias para o próprio time.
O resultado inverte a posição dos times na classificação. O Santos sobe do 11º para o nono lugar, agora com 46 pontos e, segundo os matemáticos, livre de qualquer ameaça de rebaixamento. Com 43, a dez do Sport, primeiro colocado da zona da degola, o Cruzeiro faz o caminho contrário e cai da nona para a 13ª posição.
Os dois times voltam a campo no próximo fim de semana. Sábado, o Santos vai ao Serra Dourada, em Goiânia, onde enfrenta o Atlético-GO, às 19h30m (de Brasília). O Cruzeiro joga domingo, no mesmo horário. Mais uma vez no Independência, recebe o ameaçado Bahia.
Neymar, sempre ele
Mesmo com cara de amistoso, já que os dois times não têm grandes preocupações ou ambições ainda no Brasileiro, Cruzeiro e Santos começaram o jogo animados, correndo muito e buscando as jogadas, respeitando os torcedores no estádio Independência.
Mesmo com cara de amistoso, já que os dois times não têm grandes preocupações ou ambições ainda no Brasileiro, Cruzeiro e Santos começaram o jogo animados, correndo muito e buscando as jogadas, respeitando os torcedores no estádio Independência.
A iniciativa do jogo foi da equipe mineira. Com a dupla argentina Montillo e Martinuccio, a boa presença ofensiva de Anselmo Ramon e o apoio dos laterais Ceará e Everton, o Cruzeiro começou em cima, valendo-se das reduzidas dimensões do gramado do Independência e pressionando o Santos em seu campo de defesa. O problema da Raposa na partida foi o que demonstrou em todo o Brasileirão: o baixíssimo número de finalizações.
Acontece que o Santos tem Neymar e, na primeira chance que teve, o craque abriu o placar. O gol do Peixe, porém, teve origem em um erro da arbitragem. A bola saiu de campo, após bater nitidamente em Arouca, mas o lateral foi dado ao Santos. Na sequência, o mesmo volante alvinegro cruzou para Neymar bater rasteiro. A bola passou por baixo das pernas de Rafael Donato, e Fábio nada pôde fazer.
A vantagem do Santos não mudou o perfil tático do Cruzeiro, que continuou buscando o gol. O time praiano, no entanto, passou a ter a arma do contra-ataque com mais frequência e, por duas vezes, não marcou por pouco, com Neymar e Arouca.
Após os 30 minutos, o Cruzeiro se perdeu em campo, e o Santos passou a dominar amplamente as ações. Tanto que, aos 35, Neymar fez mais um. Após falha bisonha de Mateus, que deixou a bola passar por baixo do seu pé numa cobrança de lateral defensiva, André aproveitou dentro da área e rolou para o meio. O craque santista recebeu sozinho, ajeitou e de novo acertou a conclusão entre as pernas de um marcador, desta vez de Leandro Guerreiro. De novo, Fábio nada pôde fazer: 2 a 0.
Com isso, os cruzeirenses presentes no Independência, que até então apoiavam o time, passaram a vaiar vários jogadores, a diretoria e, principalmente, o técnico Celso Roth. O placar não foi alterado até o intervalo, e o apito final do árbitro parece ter sido um alívio para os jogadores do Cruzeiro.
Cruzeiro batido
Atrás no placar e vindo de um fim de primeiro tempo terrível, Celso Roth não tinha outra opção a não ser mexer no time. O treinador colocou Fabinho no lugar de Sandro Silva, que pouco conseguiu fazer na marcação de Neymar. A mudança, porém, não surtiu o feito esperado, já que o Cruzeiro não acertava três passes em sequência e continuava inoperante no bloqueio ao craque santista.
Para piorar a situação do Cruzeiro, o melhor jogador brasileiro da atualidade estava em noite inspirada. Mais uma vez, Neymar passou como quis pelos zagueiros cruzeirenses e tocou para Felipe Anderson, aos sete minutos, ampliar a diferença para 3 a 0.
Celso Roth ganhou de vez a ira da torcida quando tirou Martinuccio e colocou Wellington Paulista em campo. Uma série de vaias e pedidos para a saída do treinador surgiram das cadeiras do Independência.
O Santos diminuiu drasticamente o ritmo de jogo, já satisfeito com a enorme vantagem construída. A equipe mineira passou a atacar mais e até construiu boas chances, principalmente com Anselmo Ramon, que chegou a fazer um gol, não validado pela arbitragem que não viu o corte de Galhardo depois que a bola cruzou a linha.
O Peixe ainda deu o toque o final ao show. Miralles fez excelente jogada pela direita e serviu Neymar, livre de marcação dentro da área. O craque fez o terceiro dele no jogo, 41º na temporada, 122º pelo Santos e 152º na carreira. Números que impressionam tanto quanto o talento do craque.
0 comments
Postar um comentário