16/09/2012: Cruzeiro 1x1 Vasco

segunda-feira, 17 de setembro de 2012



Cruzeiro 1 X 1 Vasco
Motivo: 25ª rodada do Campeonato Brasileiro
Data: 16/09/2012 (domingo)
Local: estádio Dilzon Melo, em Varginha-MG
Árbitro: Andre Luiz de Freitas Castro (GO)
Gols: Renato Silva, contra, aos 3 min., e Nilton, aos 27 min. do 1º tempo
CRUZEIRO
Fábio; Ceará (Lucas Silva), Thiago Carvalho, Mateus e Everton; Leandro Guerreiro, Charles (Souza), Tinga e Montillo; Wallyson (Elber) e Wellington Paulista
Técnico: Celso Roth
VASCO Fernando Prass; Jonas, Dedé, Renato Silva e William Matheus; Nilton, Wendel, Carlos Alberto (John Cley) e Juninho Pernambucano; Tenorio (Romário) e Eder Luís
Técnico: Marcelo Oliveira
Cartões amarelos: Wellington Paulista, Leandro Guerreiro e Everton (Cruzeiro); Renato Silva e Nilton (Vasco)



Crônica do O Globo

VARGINHA (MG) - Na estreia do técnico Marcelo Oliveira, o Vasco mostrou disposição na casa do adversário, dominou o jogo e buscou o ataque, mas não conseguiu a vitória que o deixaria mais perto de Fluminense, Atlético-MG e Grêmio, os três primeiros colocados do Campeonato Brasileiro. O empate em 1 a 1 com o Cruzeiro, em Varginha (MG), deixou uma sensação de que o resultado poderia ter sido melhor. O time de São Januário se manteve em quarto lugar e chegou aos 43 pontos, dez a menos do que o Fluminense, líder. Os gols do jogo foram de Renato Silva (contra) e de Nilton. Tenório ainda marcou no segundo tempo, em lance confuso, mas o árbitro André Luiz de Freitas Castro marcou impedimento, acertadamente.

O primeiro jogo d estreia de Marcelo Oliveira mal tinha começado e o zagueiro Renato Silva, que ficara 75 dias sem poder jogar, devido a uma verdadeira novela para acertar sua transferência do Shandong Luneng, da China, complicou o início de jogo do Vasco. Após cruzamento de Éverton da esquerda, aos 3 minutos, Renato tentou cortar pelo alto e cabeceou para trás, contra o próprio gol: Cruzeiro 1 a 0.

O Vasco demonstrou não se abalar e tentou assumir o controle da partida. Mas esbarrava muitas vezes nos erros de passe do seu meio-campo. E gerava contra-ataques para o Cruzeiro. Num deles, aos 9 minutos, Wallyson cabeceou na pequena área e Fernando Prass fez uma defesa muito difícil, salvando o time de São Januário.

O Cruzeiro, campeão de faltas no Brasileirão, abusava do recurso, como sempre. Num desses lances, Juninho Pernambucano aproveitou. Ele cobrou com veneno e levantou a bola na área. Fábio saiu para dar o soco mas errou, e o volante Nilton pegou o rebote dentro da área: 1 a 1, aos 27 minutos.

Tenório, que jogou na posição de origem, a que prefere, já que Alecsandro, suspenso, desfalcou o Vasco, quase marcou o gol da virada aos 40. Nilton cruzou e colocou a bola na cabeça do equatoriano. Fábio fez uma defesa sensacional e se redimiu da falha no lance anterior.

No segundo tempo o domínio do meio de campo se ampliou para o Vasco. O Cruzeiro ficou acuado. E levou um grande susto logo aos dois minutos, quando Tenório entrou livre na área, driblou o goleiro Fábio, mas chutou muito mal na hora de concluir a gol, e mandou para fora. Aos 8, de novo Tenório: ele marcou o gol para o Vasco, mas o árbitro assinalou impendimento. O equatoriano aproveitou bola tocada para trás pelo volante cruzeirense Tinga. Apesar de a bola ter vindo do adversário, de fato estava em posição irregular. Não seria impedimento se Tinga tivesse intenção de recuar para o goleiro.


Tenório saiu aos 13, para ser poupado, já que recentemente teve problemas musculares. No lugar dele Marcelo Oliveira colocou o garoto Romário, de 20 anos, atacante da base. Em seguida, aos 15, Prass fez uma defesa sensacional com os pés em cabeçada à queima-roupa de Wellington Paulista. A bola ia entrar embaixo das pernas do goleiro, mas ele fechou na hora H e evitou o gol.


Aos 35, Dedé quase desempatou. Juninho cobrou escanteio e o zagueirão vascaíno subiu muito alto, totalmente livre, e cabeceou com estilo. O goleiro Fábio ficou parado e a bola saiu raspnado a trave direita dele.

O Vasco ainda tentou pressionar e chegar ao gol no fim do jogo, mas o Cruzeiro se safou. E assustou aos 44, numa cabeçada de Wellington Paulista que explodiu no peito do zagueiro Dedé dentro da área. Daria mesmo para ter sido melhor para o time carioca. Mas a atuação não deixa de ser um bom sinal para o início de trabalho de Marcelo Oliveira.

- Eu diria que foi um placar justo, foi uma pena a gente poderia ter encostado mais nos times da frente. Mas agora é contra a Ponte, vamos tentar chegar lá em Campinas - comentou o volante Wendel.