CRUZEIRO 1 X 2 PONTE PRETA-SP
Motivo: 14ª rodada do Campeonato Brasileiro
Data: 05/08/2012 (domingo)
Local: estádio Independência, em Belo Horizonte
Árbitro: Edivaldo Elias da Silva (PR)
Gols: Cicinho, aos 17min, Borges, aos 47min do primeiro tempo; Marcinho, aos 2min
Cruzeiro Fábio; Ceará (Souza), Léo, Victorino e Diego Renan; Leandro Guerreiro, Charles, Tinga (Marcelo Oliveira) e Montillo; Wallyson (Wellington Paulista) e Borges
Técnico: Celso Roth
Ponte Preta Roberto; Gerônimo, Tiago Alves, Gustavo e Uendel; Baraka, Somália (Renê Júnior), Cicinho e Marcinho (Caio); Rildo (Diego Sacoman) e Roger
Técnico: Gilson Kleina
Cartões amarelos: Ceará, Léo, Leandro Guerreiro, Wellington Paulista (Cruzeiro); Tiago Alves, Rildo, Roberto, Roger (Ponte Preta)
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Atuações dos celestes
Time de fé não deu pé
Cruzeiro é derrotado pela Ponte Preta
O Cruzeiro sofreu um prejuízo grande: caiu três posições na tabela e terminou a rodada em oitavo lugar. No meio de semana, a Raposa enfrenta o Santos na Vila Belmiro, quarta-feira, às 21h50m (de Brasília). No dia seguinte, a Ponte recebe o Grêmio, às 21h, no Moisés Lucarelli.
Armado no esquema 4-4-2, com Tinga fazendo mais a função de meia, ao lado de Montillo, o Cruzeiro começou pressionando a Ponte Preta, com bom volume de jogo e apoiado pela torcida desde o primeiro minuto. Antes dos três, já havia chegado com perigo, num corta-luz de Wallyson que Diego Renan concluiu para fora.
Há quatro jogos sem vencer e vindo de intertemporada em Porto Feliz, no interior de São Paulo, o time de Gilson Kleina entrou em campo com a postura de se fechar em busca de um contragolpe. Mas o time de Campinas conseguiu segurar o ímpeto do rival e, aos 17 minutos, encaixou o primeiro lance de perigo, que foi fatal. Rildo roubou a bola no meio-campo, se livrou de dois e tocou para Marcinho. O meia recebeu e deu lindo passe em profundidade para encontrar Cicinho livre. O camisa 2 se aproveitou da condição legal dada por Victorino, que corria pelo outro lado, e bateu sem chances para Fábio.
O gol não calou a torcida da casa que, imediatamente, voltou a apoiar a equipe. Com mais força, o Cruzeiro ameaçou duas vezes em três minutos, ambas com a participação de Tinga. Na primeira, ele dividiu com o goleiro Roberto. A bola sobrou fora da área, e Montillo pegou de primeira, mandando para fora. Logo depois, Wallyson deixou com Tinga, que bateu firme, mas Roberto defendeu.Como o time não conseguiu o empate antes dos 30 minutos, os torcedores elegeram um vilão: Charles. O volante não vinha bem na partida e começou a ser vaiado a cada toque na bola. Irritado, ele gesticulou para a torcida, pedindo para que aumentassem as vaias. Do banco, Roth pedia calma ao jogador, que, do campo, mandou o recado: 'Se quiser me tirar, pode tirar' (veja o vídeo ao lado).
A Ponte teve a chance de ampliar aos 34. Roger deu passe açucarado para Marcinho, que, livre, chutou para fora, à esquerda do goleiro. Com a torcida irritada e o time refletindo o nervosismo em campo, Roth mandou Sandro Silva e Souza para o aquecimento antes dos 40 minutos. Mesmo nervoso, o Cruzeiro chegou perto do empate mais duas vezes. Wallyson fez jogada pela direita e cruzou para Borges, que desviou com estilo, mas por cima do gol. Em seguida, o camisa 11 recebeu livre pela direita da área e, mesmo sem ângulo, tentou o gol.
Quando a vitória parcial da Ponte já parecia sacramentada na primeira etapa, o Cruzeiro conseguiu o empate. Montillo caiu pela esquerda e cruzou rasteiro. Tinga bateu travado com o zagueiro e acabou dando passe excepcional para Borges, que, com o gol escancarado, estufou a rede de dentro da pequena área.
Após o gol, não houve tempo para mais nada. Com o encerramento dos primeiros 45 minutos, o volante Charles deixou o gramado chorando (veja o vídeo ao lado) sem falar com ninguém. Já a torcida, em festa, gritou o nome do jogador que vaiou durante todos os 45 minutos iniciais.
Na volta do intervalo, Charles retornou com a equipe. Antes de a bola rolar, boa parte da torcida gritou o nome do jogador, apoiando-o. A partida recomeçou, as vaias ao camisa 7 cessaram, e só se ouvia gritos de incentivo ao time da casa.
Mas com a bola rolando, a Ponte Preta demorou menos de três minutos para voltar à frente no placar. De frente para o gol, Marcinho cobrou falta, a bola passou por todo mundo e quicou na frente de Fábio, que não conseguiu a defesa. Gol de Marcinho e falha feia do goleiro do Cruzeiro. A Raposa respondeu em seguida. Borges recebeu na área e mandou uma bomba na trave. Antes dos cinco minutos, o goleirão da Macaca apareceu e evitou o empate, desta vez em cobrança de escanteio desviada por Léo.
O Cruzeiro por pouco não se complicou de vez, em novo erro de Fábio. Léo recuou para o camisa 1, que tentou rolar para Victorino. A bola saiu fraca e ficou melhor para Roger, mas o zagueiro foi bem na jogada e evitou o pior para o time da casa.
Percebendo que o time tinha perdido força no ataque, Celso Roth resolveu mexer, sacando Wallyson para a entrada de Wellington Paulista. Apesar de ter características de homem de área, Paulista entrou exercendo a mesma função de Wallyson, caindo mais pela direita do ataque. Do outro lado, Gilson kleina também mexeu. Tirou Somália para a entrada de Renê Júnior e, oito minutos depois, veio Caio para a vaga de Marcinho.
Após as mexidas, Roberto mais uma vez salvou a Ponte. Ceará cobrou falta da intermediária, a defesa parou, tentando fazer a linha de impedimento, mas, em condição legal, Borges se abaixou para desviar de cabeça. O arqueiro da Ponte salvou mais uma vez.
Como o empate não veio, Roth fez suas duas últimas alterações. Tirou Ceará, que minutos antes havia cortado a cabeça e não tinha se recuperado do choque, para a entrada de Souza. Logo depois trocou Tinga por Marcelo Oliveira. Com as mexidas, Diego Renan passou para a direita, com Oliveira na esquerda, enquanto Souza ficou responsável pela armação das jogadas ao lado de Montillo.
Apesar das mudanças, a Ponte dominava. O visitante perdeu excelente chance de ampliar a vantagem aos 36, depois que o juiz mandou seguir o jogo após falta de Léo em Caio. Cicinho ficou com o rebote, mas não conseguiu concluir. Com tantas finalizações, o árbitro acrescentou mais cinco minutos à partida, que, no entanto, acabou em 2 a 1. E, ao fim, os jogadores da Ponte se abraçaram, comemorando os três pontos fora de casa.
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