29/08/2012: ATLÉTICO-GO 0 X 2 CRUZEIRO

quarta-feira, 29 de agosto de 2012



 ATLÉTICO-GO 0 X 2 CRUZEIRO
Motivo: 20ª rodada do Campeonato Brasileiro
Data: 29/08/2012 (quarta-feira)
Local: Serra Dourada, em Goiânia (GO)
Árbitro: Márcio Chagas da Silva (RS)
Gols: Borges, aos 26min do primeiro tempo. Wellington Paulista, aos 25min do segundo tempo
Atlético-GO Márcio; Diogo Campos (Felipe), Gustavo, Reniê (Diego Giaretta) e Eron; Dodó, Marino (Joílson) e Ernandes; Wesley; Ricardo Bueno e Patric
Técnico: Jairo Araújo
Cruzeiro Fábio, Léo, Thiago Carvalho, Rafael Donato e Everton (Diego Renan); Sandro Silva, Charles, Tinga e Montillo (Souza); Wallyson e Borges (Wellington Paulista)
Técnico: Celso Roth
Cartões amarelos: Gustavo, Dodó (Atlético-GO); Wallyson, Thiago Carvalho (Cruzeiro)



Esperança no returno. Esse é o sentimento do torcedor do Cruzeiro que assistiu a vitória da equipe sobre o Atlético-GO, por 2 a 0, na noite desta quarta-feira (29), no Serra Dourada. Com um futebol inteligente e precavido, a Raposa superou o Dragão com gols do oportunista Borges e de Wellington Paulista, que, de pênalti, tornou-se o recordista de gols da equipe na era dos pontos corridos, com 29 tentos, superando Guilherme, que hoje veste a camisa do Atlético.
O Cruzeiro tentará confirmar a reação no Brasileiro diante do Náutico, no próximo domingo (2), no Estádio Independência. Agora com 31 pontos conquistados no Brasileiro, a Raposa fica na esperança de um empate no duelo entre São Paulo e Botafogo para se fixar na sexta colocação, ultrapassando o alvinegro carioca, e colar no Tricolor Paulista, que ficaria apenas um ponto a frente.
Oportunismo dita o primeiro tempo
O Cruzeiro entrou em campo com uma novidade no meio-campo. Buscando mais “pegada”, Celso Roth escalou Sandro Silva no lugar do jovem Lucas Silva, um dos destaques do clássico contra o Atlético, no domingo. O treinador tinha uma preocupação evidente. Buscava evitar o jogo aéreo do Atlético-GO. Mas, na verdade, na primeira etapa a Raposa não precisou usar esse artifício. Pressionado pela péssima campanha no Brasileirão, o time da casa não conseguiu ultrapassar o forte sistema defensivo estrelado.
Se a defesa era segura, o mesmo não pode se dizer do ataque. Como as dimensões do Serra Dourada são mais ampliadas que as do Independência, a Raposa se perdia no toque de bola, principalmente pela falta de apoio dos alas, mais abertos que o comum e com pouca presença ao lado dos meias, quando subiam ao ataque.
Como o toque de bola não era a melhor alternativa, o Cruzeiro caprichava nas bolas paradas. E foi justamente assim que saiu o primeiro zero do marcador. Aos 26 minutos, Montillo cobrou escanteio pela direita, Léo desviou de cabeça e Borges, com o faro de gol peculiar aos bons centroavantes, não perdoou, cutucando para as redes. 1 a 0.
A partir do tento estrelado, o que se viu foi uma grande movimentação por parte dos meias das duas equipes, porém sem precisão, o que deixou a partida fraca tecnicamente. O único lance de perigo ocorreu aos 41 minutos. Eron foi lançado na área e Wallyson, de maneira infantil, o levou ao chão. O árbitro não titubeou, apontando a marca do cal. Para sorte da Raposa, Márcio cobrou para fora, perdendo grande oportunidade de descer para o vestiário com o marcador igualado.
Gol de pênalti e recorde de Wellington Paulista
Atrás do prejuízo, o time goianiense voltou para a segunda etapa com uma proposta ofensiva. A opção por Joílson permitiu criar boas jogadas pelas alas, setor que a Raposa não oferecia grande resistência. Tanto que por ali nasceu a primeira grande jogada goianiense. Aos 13 minutos, Wesley recebeu em profundidade. O ex-jogador do Galo pensou demais e foi “abafado” por Fábio, que salvou a Raposa de tomar a igualdade.
Conforme o relógio andava, o jogo ganhou em movimentação por parte do Dragão e cautela do lado estrelado. A Raposa cadenciava o jogo e explorava os contra-ataques. E foi assim que chegou ao seu segundo tento, aos 25 minutos. Tinga recebeu bom passe na meia-lua adversária, passou por um marcador, mas não conseguiu ultrapassar Dedé, que o derrubou dentro da área. Pênalti. Wellington Paulista, em seu primeiro toque na bola, não desperdiçou a cobrança e anotou seu 29º gol em Brasileiros com a camisa celeste, se tornando o maior artilheiro do clube na era dos pontos corridos (Guilherme, hoje no Galo, tem 28). 2 a 0 Cruzeiro.
O gol deu segurança ao Cruzeiro. Com bom toque de bola, envolveu o adversário e praticamente não sofreu perigos até o apito final. Por outro lado, em duas oportunidades esteve perto do terceiro, mas Wallyson e Souza não aproveitaram. Porém, nada para se lamentar em uma noite que dá confiança para o torcedor estrelado de que essa equipe pode alçar objetivos maiores no returno.