FLUMINENSE 2 X 1 CRUZEIRO
Motivo: 3ª rodada do Campeonato Brasileiro
Local: estádio Engenhão, no Rio de Janeiro-RJ
Data: 04/06/2011 (sábado)
Horário: 18h30
Árbitro: André Luiz de Freitas Castro (GO)
Gols: Rafael Moura, aos 46min do primeito tempo; Anselmo Ramon, aos 22, Rafael Moura aos 26 do segundo tempo
Fluminense: Ricardo Berna; Mariano, Gum, Leandro Euzébio e Julio César; Edinho, Valência, Deco e Conca (Souza); Rodriguinho (Araújo) e Rafael Moura (Marquinho)
Técnico: Leomir de Souza
Cruzeiro: Rafael; Vitor (Pablo), Victorino, Gil e Everton (Brandão); Leandro Guerreiro, Marquinhos Paraná, Montillo e Gilberto; Thiago Ribeiro (Anselmo Ramon) e Wallyson
Técnico: Cuca.
Cartões amarelos: Mariano e Leandro Euzébio (Fluminense)
O Cruzeiro, equipe sensação do início do ano no futebol brasileiro, segue sua via-crúcis após a eliminação nas oitavas de final da Libertadores. Se o título mineiro foi importante para aliviar a ressaca, em três partidas a equipe ainda não venceu no Campeonato Brasileiro e tem somente um ponto. Na 17ª colocação, o time está surpreendentemente na zona de rebaixamento e recebe o Santos, no próximo sábado, às 18h30m, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas.
O Fluminense sem Fred. O Cruzeiro sem Fábio e Henrique – todos na Seleção. Noite chuvosa no Rio de Janeiro. E público ruim. Os fatores extracampo não colaboravam para que o duelo no Engenhão fosse um grande espetáculo. Mas estavam em campo os atuais campeão e vice do Brasileirão. Motivo suficiente para que se esperasse um bom jogo. E foi o que aconteceu em um primeiro tempo dividido em três atos.
Com Montillo e Conca abaixo do esperado, Gilberto e Deco assumiram a responsabilidade de conduzir as equipes ao ataque. Foram 45 minutos divididos em tempos de 15. Na primeira parte, o Fluminense marcou pressão, dificultou a saída de bola de um Cruzeiro que quase não passou do meio-campo e abusou das jogadas pelas laterais com Mariano e Julio Cesar. Essa, por sinal, uma orientação de Abel Braga pela voz de Leomir. O Tricolor era todo ataque, mas criava poucas chances claras de gol.
A partir dos 16, a maré virou, e a cor predominante em campo foi o azul. Inquieto, Gilberto corria de um lado para o outro e conduzia a equipe mineira. O veloz Wallyson enlouquecia os zagueiros. Porém, faltava ao Cruzeiro também poder de fogo, e as melhores oportunidades surgiram em faltas pelas laterais e chutes de longa distância. Nada capaz de tirar o sono de Berna.
Até que chegou o minuto 31, e, como se fosse combinado, o Flu voltou a tomar conta do jogo. Emplacando sua terceira boa atuação consecutiva, Deco dava bons passes, driblava e levava perigo em chutes de longe. E de tanto tentar, o luso-brasileiro fez a diferença aos 46, quando cobrou falta com maestria na cabeça de Rafael Moura. O He-Man testou firme na pequena área e decretou o placar na descida para o vestiário: 1 a 0.
Na volta para o segundo tempo, a partida perdeu suas “divisões” e passou a ser disputada em um panorama muito claro: o Cruzeiro, com Anselmo Ramon e Brandão ao lado de Wallyson no ataque, se mandava como uma avalanche em busca do empate, enquanto o Fluminense apostava nos contragolpes puxados pela dupla Conca e Deco. A tática cruzeirense surtiu mais efeito.
Tirando alguns chutes sem muito perigo de Deco e Rafael Moura, o Tricolor se mostrava mais preocupado em administrar a partida do que em atacar. E isso ficou claro no lance do gol de empate dos mineiros. Em saída para o ataque, Deco optou por segurar a bola e se escorar na marcação, em vez dos toques rápidos do primeiro tempo. Pecado mortal. Leandro Guerreiro fez o desarme, e Brandão acionou Wallyson. O camisa 9 tabelou com Anselmo Ramon e cruzou para o próprio companheiro escorar na pequena área e decretar o empate em boa trama celeste, aos 21.
O susto, porém, foi suficiente para acordar o Fluminense. Já com Araújo no lugar de Rodriguinho, a equipe trocou o marasmo pela objetividade e voltou a ficar em vantagem aos 26. Em lance digno de um apoiador, o volante Valencia descolou bom passe para Rafael Moura, livre dentro da área. O He-Man dominou, levantou a cabeça e viu um buraco gigantesco na sua frente, proporcionado pelo mau posicionamento de Rafael. Foi necessário apenas tocar no cantinho para fazer 2 a 1.
O Cruzeiro ainda assustou nos minutos finais, mas não conseguiu novo empate. Na arquibancada, gritos “o campeão voltou”. Em Abu Dhabi, felicidade e otimismo para quem, a partir de quarta, terá a missão de conduzir o barco tricolor.
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