22/09/2010: Cruzeiro 2x0 Ceará
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Cruzeiro 2x0 Ceará
Motivo: 24ª rodada do Campeonato /pasileiro
Local: estádio Arena do Jacaré, em Sete Lagoas
Data: 22/09/2010 (quarta-feira)
Árbitro: Cláudio Francisco Lima e Silva (SE)
Público: 16.914 pagantes
Renda: R$ 148.398,00
Gols: Montillo, aos 38 min., e Farías, aos 46 min. do 2º tempo
Cruzeiro: Fábio, Rômulo (Wallyson), Léo (Gil), Edcarlos e Diego Renan, Fabrício, Henrique, Roger (Everton) e Montillo, Thiago Ribeiro e Farías
Técnico: Cuca
Ceará: Michel Alves, Oziel (Misael), Anderson, Diego Sacomam e Ernandes, Michel, João Marcos, Heleno e Geraldo, Wellington Amorim (Luizinho) e Kempes (Marcelo Nicácio)
Técnico: Dimas Filgueiras
Cartões amarelos: Diego Sacomam, Geraldo, Kempes, Marcelo Nicácio e Montillo (Ceará), Henrique e Léo (Cruzeiro)
Do Globoesporte.com
Foi uma noite sofrida como uma letra de tango, mas, no fim, os argentinos garantiram a alegria do Cruzeiro. O time penou, mas venceu o Ceará em Sete Lagoas e segue firme na perseguição ao líder Corinthians, que tem 47 pontos e um jogo a menos, adiado no primeiro turno. Os argentinos Montillo, de pênalti, e Farías marcaram no fim do segundo tempo e deixaram a Raposa, por ora, na vice-liderança do Brasileirão, com 44 pontos. O Fluminense caiu para o terceiro lugar, mas ainda joga nesta quinta-feira contra o Atlético-MG, no Engenhão.
Os pontos do time mineiro foram ainda mais importantes porque a Conmebol anunciou, nesta quarta-feira, que o país cujo time tiver conquistado a Libertadores não terá mais vaga extra na competição. Como o Internacional é o atual campeão, a medida, na prática, reduziu o G-4 a G-3. Já o Ceará segue com 30 pontos, longe da briga por um lugar na Libertadores, mas também a uma distância segura do Z-4.
Além de sofrido, o triunfo celeste foi marcado por uma polêmica. Ainda que o pênalti convertido por Montillo tenha sido indiscutível, já que houve toque de mão de Oziel dentro da área, o time cearense reclamou muito da arbitragem. Tudo porque, aos 42 minutos, o juiz Cláudio Francisco Lima e Silva atendeu o aceno do bandeira e anulou um gol legal de Marcelo Nicácio.
Primeiro tempo sem gols e com boas chances para o Ceará
A torcida do Cruzeiro fazia a festa desde o início na Arena do Jacaré. Com a equipe disputando as primeiras colocações, os cruzeirenses lotaram o estádio e vibravam com qualquer jogada de seus jogadores no início da partida.
O meia argentino Montillo caiu definitivamente nas graças do torcedor celeste por conta de suas atuações. Logo em seu primeiro toque na bola, os torcedores fizeram um barulho ensurdecedor saudando o novo ídolo.
Mas quem levou perigo primeiro foi o Ceará, logos aos dez minutos, com Wellington Amorim chutando duas vezes para Fábio fazer a defesa. No minuto seguinte, Geraldo cabeceou para fora livre na grande área.
O Cruzeiro cedia espaços aos cearenses, mas aos poucos, foi impondo seu ritmo. Tanto que aos 16 minutos, o argentino Montillo deu o primeiro chute a gol da Raposa e o goleiro Michel Alves fez boa defesa.
O jogo era aberto. O Ceará preocupava em defender-se, mas encontrava espaços nos contra-ataques. O Cruzeiro buscava o ataque a todo o momento e deixava a defesa desguarnecida.
O volante João Marcos quase complicou a vida celeste ao chutar por cima, com perigo. No lance seguinte, após o Cruzeiro ir ao ataque, o Vozão desperdiçou grande chance ao perder um contragolpe com três atacantes contra dois defensores celestes.
No final do primeiro tempo, quem apareceu foi outro argentino do Cruzeiro. O atacante Ernesto Farías chutou cruzado e Michel Alves espalmou com dificuldades. No último lance, ele cabeceou livre na pequena área e o goleiro salvou.
Gols salvadores no fim e lance polêmico
O Cruzeiro voltou para a segunda etapa com o volante Everton no lugar do meia Roger. O técnico Cuca optou por proteger a defesa que ficou exposta em alguns momentos no primeiro tempo. O zagueiro Léo, amarelado, deixou o campo para a entrada de Gil.
Farías continuou tentando roubar o posto de melhor argentino da noite e quase marcou após bobeada da zaga, que deu rebote e o atacante chutou forte, por cima, logo aos oito minutos.
O Ceará se fechou e passou a subir ao ataque de maneira esporádica. O técnico Dimas Filgueiras colocou Marcelo Nicácio no lugar de Kempes. Já Cuca optou por Wallyson na vaga de Rômulo, deixando a equipe mais ofensiva.
As alterações de Cuca surtiram pouco efeito. Sem Roger, Montillo sentiu a falta de um companheiro para dividir a criação das jogadas. Michel conseguia anular as principais tentativas do argentino.
Mas aos 36 veio o alívio. O volante Henrique chutou de dentro da área e a bola bateu na mão do lateral Oziel. Pênalti marcado e cobrado por Montillo, com perfeição, que novamente comemorou o gol no estilo cowboy. Explosão na Arena do Jacaré.
O gol deveria acalmar o time da casa, mas o que se viu foi o crescimento dos visitantes. Como o resultado já era negativo, o Ceará partiu para cima e até conseguiu o empate. Aos 42 minutos, Diego Sacoman bateu de fora da área e a bola desviou em Gil. Em seguida, ela sobrou para Marcelo Nicácio após dividida entre Diego Renan e João Marcos. O jogador, que aparentemente vinha atrás da linha da bola, empurrou para as redes. Os jogadores comemoravam o empate, mas o árbitro atendeu apelo da arbitragem e assinalou irregularidade no lance, o que revoltou os cearenses.
Mas aos 46 a torcida do Cruzeiro pôde comemorar a vitória. Wallyson fez bela jogada pela direita e cruzou rasteiro no primeiro pau. Farías, com um leve toque, marcou e deu números finais ao confronto, 2 a 0 e três pontos garantidos.
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