12/05/2010: Cruzeiro 0x2 São Paulo

quarta-feira, 12 de maio de 2010




Cruzeiro 0x2 São Paulo
Motivo jogo de ida das quartas de final da Copa Santander Libertadores
Data: 12/05/2010 (quarta-feira)
Local: Mineirão, em Belo Horizonte-MG
Árbitro: Oscar Ruiz (COL)
Público: 48.602 pagantes
Renda: R$ 1.422.892,04
Gols: Dagoberto, aos 23 min. do 1º tempo; Hernanes, aos 20 min. do 2º tempo
Cruzeiro: FábioJonathanGilThiago Heleno e Diego Renan (Guerrón); Fabrício (Fábio Santos), Marquinhos ParanáHenrique e Gilberto (Roger); Thiago Ribeiro e Kleber
Técnico: Adilson Batista
São Paulo: Rogério Ceni; Cicinho (Jean), Alex Silva, Xandão e Júnior César (Jorge Wagner); Rodrigo Souto, Richarlyson, Hernanes e Marlos; Dagoberto e Fernandão (Washington)
Técnico: Ricardo Gomes
Cartões amarelos: Xandão, Richarlyson, Hernanes, Alex Silva e Dagoberto (São Paulo); Jonathan e Roger (Cruzeiro)
Fonte: Site Oficial do Cruzeiro.


Do Globoesporte.com
O nervosismo mandou no início de jogo. Por parte do Cruzeiro, muitas faltas, enquanto os são-paulinos exageravam nos passes errados. Os visitantes levaram o primeiro susto em cobrança de escanteio, aos nove minutos do primeiro tempo. Henrique subiu mais que Richarlyson e cabeceou forte para o gol. Rogério Ceni fez bela defesa, em cima da linha, mas a arbitragem interrompeu a partida porque Kleber, em posição irregular, participou do lance, atrapalhando a visão do goleiro e tentando desviar a bola.

Os cruzeirenses mantiveram a pressão. Aos 13, Diego Renan fez o passe para Kleber, que invadiu a área pela esquerda, driblou dois zagueiros e chutou rasteiro com força, mas Ceni defendeu mais uma.
Os tricolores investiam tudo nos contra-ataques, sempre buscando Fernandão. Aos 21, Marlos fez o passe para o novo camisa 15 do Morumbi, na entrada da área cruzeirense. De costas para a meta, Fernandão passou de primeira para Dagoberto, que foi à linha de fundo, pela esquerda, e tentou o cruzamento rasteiro, mas Thiago Heleno se antecipou e afastou o perigo.

Foi como um ensaio para o que estava por vir. Aos 24, Marlos tabelou com Fernandão, que fez belo passe pelo alto e devolveu para o meia nas costas da zaga. No cruzamento, Dagoberto ganhou a disputa com os defensores e desviou para as redes.

O gol não chegou a calar a torcida celeste, que compareceu em bom número ao Mineirão. Mas ficou evidente o abalo. Em campo, os jogadores da Raposa também sentiram e tiveram trabalho para se reorganizar.

Aos 31, Kleber recebeu belo passe de Fabrício, dentro da área, se livrou de dois marcadores e tentou um toque sutil para o gol, mas Rogério Ceni apareceu e cortou com um soco. Os anfitriões voltaram a levar perigo aos 40, quando Thiago Ribeiro subiu mais que a zaga paulista, em cruzamento de Jonathan, mas cabeceou para fora.


Calcanhar de Fernandão é decisivo

As equipes voltaram dos vestiários sem alterações, mas enquanto o Cruzeiro demonstrava disposição renovada para correr atrás do prejuízo, o São Paulo cresceu em confiança com o gol, e buscou seu espaço em campo. Mas, assim como na etapa inicial, a Raposa teve a primeira boa chance. Aos quatro, Thiago Ribeiro recebeu na área, pela esquerda, ajeitou e chutou no canto direito de Rogério Ceni, que fez mais uma participação importante e espalmou para escanteio.

Com os são-paulinos se aventurando mais na tentativa de criar jogadas de ataque, o técnico Adilson Batista decidiu explorar a maior exposição dos rivais e trocou o lateral-esquerdo Diego Renan pelo atacante Guerrón, aos 10 – deslocando o convocado Gilberto, até então praticamente nulo como meia, para a ala. O goleiro Fábio foi obrigado a mostrar serviço aos 14, quando se antecipou a Marlos, que invadia a área em velocidade pelo meio, e ficou com a bola. Em seguida, aos 18, Adilson fez mais uma alteração, que rendeu protestos de parte da torcida celeste: Fábio Santos no lugar de Fabrício.

Mas o sistema defensivo mineiro não conseguia lidar com a troca de passes veloz dos são-paulinos. Aos 20, Fernandão recebeu na entrada da área, pela direita, e, com um passe de calcanhar, tirou dois marcadores e deixou Hernanes sozinho, de frente para o gol. O camisa 10 escolheu o canto esquerdo de Fábio para fazer o segundo dos visitantes. O golpe desta vez se mostrou fatal, e a torcida mineira se calou. Aos 24, Rogério Ceni deu mais um motivo para aumentar a apreensão dos celestes ao defender chute colocado de Kleber.

A seguir, dois equívocos da arbitragem. Aos 26, Fernandão, em posição regular, recebeu passe entre os zagueiros cruzeirenses, invadiu a área e foi ao chão, na disputa de bola com o goleiro Fábio. Mas a arbitragem falhou e paralisou o lance, indicando impedimento inexistente. Depois o erro foi contra a Raposa, aos 30. Thiago Ribeiro recebeu na meia-lua e chutou forte para o fundo das redes, mas o assistente levantou a bandeira e o árbitro anulou o que seria o primeiro gol celeste.

Com o São Paulo visivelmente cansado, os cruzeirenses apostaram em Roger, na vaga de Gilberto, que deixou o campo vaiado pela própria torcida. Ricardo Gomes respondeu substituindo Júnior César por Jorge Wagner e Fernandão por Washington. Aos 38, foi a sorte quem reforçou a zaga tricolor, no chute de Roger que bateu nas duas traves antes de ser afastada pela defesa.

Foi a senha para a festa da pequena torcida tricolor no Mineirão, que no ano passado amargou uma eliminação na mesma fase da Libertadores no mesmo estádio e para o mesmo rival. Primeiro, foram os gritos de 'o campeão voltou', substituídos pelos de 'o Mineirão calou' após o apito final.