07/11/2009: Sport 2x3 Cruzeiro

sábado, 7 de novembro de 2009



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Compacto do jogo
Reportagem do jogo

Ficha Técnica
Sport 2x3 Cruzeiro
Motivo: 34ª rodada do Campeonato Brasileiro
Data: 07/11/2009 (sábado)
Local: Ilha do Retiro, em Recife-PE
Árbitro: Paulo Henrique Godoy Bezerra (SC)
Público: 11.458 pagantes
Renda: R$ 27.230
Gols: Wilson, aos 12 min e aos 16 min, Thiago Ribeiro aos 20 min do 1º tempo; Leonardo Silva, aos 7 min, e Guerrón aos 20 min do 2º tempo
Sport: Magrão; Moacir, César, Durval e Fininho; Hamilton, Andrade, Fabiano (Zé Antônio) e Adriano Pimenta (Izael); Arce (Ciro) e Wilson.
Técnico:Péricles Chamusca
Cruzeiro: FábioJonathanGilLeonardo Silva Diego Renan (Guerrón); Fabrício (Fabinho), Marquinhos ParanáHenrique GilbertoThiago Ribeiro e Wellington Paulista (Athirson).
Técnico:Adilson Batista
Cartões amarelos: Wellington Paulista, Fabinho e Gil (Cruzeiro); Fininho e Fabiano (Sport)
Cartões vermelhos: Andrade e Hamilton (Sport)
Fonte: Site Oficial do Cruzeiro


Do Globoesporte.com
O Cruzeiro saiu de campo da Ilha do Retiro não só com uma vitória. A Raposa mostrou que é séria candidata a uma vaga para disputar a Taça Libertadores e seguir até na briga pelo título brasileiro. Numa virada sensacional, após estar perdendo por 2 a 0, derrotou o Sport por 3 a 2 neste sábado. Os gols de Thiago Ribeiro, Leonardo Silva e Guerrón - Wilson marcou os do Leão - deixaram a equipe num quarto lugar provisório na tabela do Campeonato Brasileiro e praticamente selaram o rebaixamento para a Série B do time pernambucano, que se mantém na lanterna, com 30 pontos ganhos - o que provocou a demissão, após a partida, do técnico Péricles Chamusca.

Para seguir no G-4, o time celeste, com 54 pontos ganhos e 16 vitórias, terá de torcer, curiosamente, pela vitória do seu maior rival, o Atlético-MG, sobre o Flamengo, no Mineirão, e para um tropeço do Internacional diante do Barueri, em São Paulo.

O Cruzeiro e a equipe carioca têm o mesmo número de pontos ganhos, mas a Raposa leva vantagem no primeiro critério de desempate - número de vitórias. O Inter tem 52 pontos e ultrapassará o time mineiro se triunfar.

Ao Sport, resta torcer por um milagre, que nem os torcedores parecem acreditar - alguns choravam e rasgavam os ingressos na Ilha do Retiro, que teve uma cena lamentável: os refletores foram apagados antes de a partida terminar.

Na próxima rodada, a 35ª, o Sport vai quarta-feira ao Palestra Itália encarar o Palmeiras. O Cruzeiro receberá no sábado o Grêmio, no Mineirão.

Confira aqui a classificação do Campeonato Brasileiro

Três gols em 19 minutos


A vitória do Cruzeiro foi justíssima pelo poder de reação da equipe no segundo tempo. Mas o time mostrou problemas no sistema defensivo na primeira etapa. E o torcedor que foi à Ilha do Retiro não pôde reclamar de monotonia no início. Principalmente nos 19 primeiros minutos, quando assistiu a três gols num jogo que começou em velocidade máxima. Se a Raposa - em campo com o terceiro uniforme, que estreou no meio da semana, na despedida do argentino Sorín - buscava logo de cara a vitória para seguir na briga pelo G-4 e até o título do Brasileirão, o Sport se apegava às últimas esperanças para sair da lanterna e brigar contra o rebaixamento à Série B.

Com os dois times partindo para a vitória, a marcação afrouxou dos dois lados. Com isso, a partida ganhou em emoção e lances claros de gol. O primeiro chute foi logo aos dois minutos, com Diego Renan arriscando de longe para Marcão mandar a escanteio. Seja pela direita ou pela esquerda, o Cruzeiro partia em velocidade. Numa jogada com Jonathan, aos cinco minutos, Fabrício centrou para Wellington Paulista, que, de cabeça, obrigou o goleiro do Leão a trabalhar novamente. O atacante cruzeirense desperdiçou a melhor chance de marcar seis minutos depois, dessa vez após cruzamento de Diego Renan.

Wilson deslancha

O avanço intenso dos laterais do Cruzeiro e os constantes rodízios dos jogadores de meio-campo davam dinâmica ao time, é verdade, mas deixavam também buracos no sistema defensivo que o adversário podia explorar. E foi assim que o Sport chegou aos 2 a 0 com a rapidez com que um leão tenta apanhar a sua presa. O primeiro gol foi aos 12 minutos. Fabiano pegou bola livre no meio-campo e lançou o boliviano Arce , impedido, pela esquerda. Com um drible, ele tirou Gil e o goleiro Fábio da jogada e tocou para Wilson, livre pela direita, escorar para as redes.

Nem com o gol sofrido a defesa cruzeirense aprendeu. Precisou sofrer outro contra-ataque mortal pelo seu lado esquerdo - direito do ataque do Sport - para perceber o perigo iminente de derrota. Dessa vez, foi Adriano Pimenta o "garçom" para Wilson, sozinho pela direita, invadir e bater cruzado, sem defesa, à direita de Fábio: 2 a 0 Leão, aos 16 minutos.

Raposa diminui

O meio-campo rubro-negro municiava bem os atacantes, mas a defesa dormiu no ponto quando o torcedor teve a doce sensação de que a vitória estaria garantida. Três minutos depois, em lance de bola parada, o Cruzeiro conseguiu diminuir o placar e esquentar mais a partida. Fabrício cobrou falta pela direita, Henrique ganhou no alto da zaga e tocou de cabeça para Thiago Ribeiro bater de primeira, à esquerda de Magrão.

Daí em diante, a Raposa continuou acelerando, mas com mais cautela. Diego Renan e Jonathan subiam menos ao mesmo tempo. Marquinhos Paraná e Gilberto apareciam mais para fechar o meio-campo. E começou o show de Magrão. Aos 25 minutos, ele salvou o gol de empate celeste ao salvar boa cabeçada de Gilberto. Aos 39, tirou o grito de gol da garganta de Wellington Paulista, que fez tudo certo: após receber na área, girou e bateu cruzado, mas a muralha do Leão estava presente mais uma vez, garantindo a vitória parcial.

Virada celeste

O segundo tempo começou com vaias da torcida do Sport ao técnico Péricles Chamusca. Fabiano, um dos destaques da equipe no primeiro tempo, foi substituído por Zé Antônio. E a alteração ruim surtiu efeito rapidamente na partida. O contra-ataque do Leão perdeu um dos "garçons" para municiar os homens de área. O Cruzeiro, bem mais consistente, agradeceu. Aos sete minutos, em nova jogada de bola parada, pela esquerda, chegou ao empate. Dessa vez pelos pés de Gilberto. O camisa 10, mais decisivo, cobrou falta da esquerda na medida para Leonardo Silva subir mais que Durval e,de cabeça, mandar à direita de Magrão: 2 a 2

Para piorar a situação do Sport, Andrade, que já tinha cartão amarelo, segurou o impetuoso Jonathan e ganhou o cartão vermelho. Aos 18 minutos, o técnico cruzeirense, Adilson Batista, arriscou: trocou Diego Renan, que avançava bem mas falhava na marcação, por Guerrón. E mostrou que, ao contrário do treinador do Leão, tem estrela. Dois minutos depois, numa cobrança rápida de lateral pela esquerda, Wellington Paulista avançou e tocou para Guerrón, livre, só tocar para as redes, marcando o gol da virada celeste.

Na frente no placar e com um jogador a mais, o Cruzeiro, já soberano, mexeu novamente: saiu Fabrício, entrou Fabinho. O Sport também fez nova alteração: Adriano Pimenta, que também esteve bem na primeira etapa, deu lugar a Isael. A essa altura, havia menos torcedores do Leão para qualquer tipo de manifestação contrária - muitos saíram após o gol de Guerrón.

As entradas de Athirson no lugar de Wellington Paulista, no time celeste, e de Ciro no de Arce, no Rubro-Negro, ocorreram numa partida com ritmo bem menos intenso. O Cruzeiro, já com os três pontos embaixo do braço, procurava gastar o tempo com a bola no pé. Gilberto, deslocado para a lateral desde a entrada de Guerrón, dava o toque de experiência necessário a uma equipe que ainda sonha com Libertadores e até o título. Pela virada obtida na Ilha do Retiro, pode seguir nas suas ambições. O Sport, com refletores apagados e mais um expulso no fim do jogo - Hamilton - praticamente sela o seu amargo destino para 2010.