21/06/2009: Cruzeiro 2x4 Grêmio Barueri

domingo, 21 de junho de 2009





Ficha Técnica
Cruzeiro 2x4 Grêmio Barueri
Motivo: 7ª rodada do Campeonato Brasileiro
Data: 21/06/2009 (domingo)
Local: estádio Mineirão, em Belo Horizonte-MG
Árbitro: Leonardo Gaciba da Silva (Fifa/RS)
Público: 6.117 pagantes
Renda: R$ 96.762,24
Gols: Jonathan, aos 2 min, Thiago Humberto, aos 10 min, Pedrão, aos 26 min, e Wellington Paulista, aos 44 min do primeiro tempo; Márcio Careca, aos 2min, e Pedrão aos 29 min do segundo tempo
Cruzeiro: FábioJancarlosLéo FortunatoAnderson e Vinícius (Bernardo); Marquinhos ParanáJonathanFabinho e WagnerWellington Paulista e (Zé CarlosWanderley (Kléber)
Técnico: Adilson Batista
Barueri: Renê; André Luís, Leandro Castan e Xandão; Éder (Marcos Pimentel), Ralf, Everton, Thiago Humberto (Val Baiano) e Márcio Careca; Pedrão (JoãoVítor) e Fernandinho
Técnico: Estevam Soares
Cartões amarelos: Kléber, Bernardo, Wellington Paulista e Léo Fortunato (Cruzeiro); Xandão, João Vítor e Val Baiano (Barueri)
Cartão vermelho: Fabinho (Cruzeiro)
Fonte: Site Oficial do Cruzeiro


Do Globoesporte.com
Com a cabeça na Taça Libertadores, o Cruzeiro se apresentou abaixo do esperado na noite deste domingo, foi dominado e goleado por 4 a 2 pelo Barueri, no Mineirão, pela sétima rada do Brasileiro. A equipe mista escalada pelo técnico Adilson Batista mostrou completa falta de entrosamento e não suportou o ímpeto do adversário. Com o resultado, cai uma invencibilidade de nove meses da Raposa no Gigante da Pampulha. A equipe não perdia no estádio desde 14 de setembro do ano passado (1 a 0 para o Palmeiras, pelo Nacional). Os paulistas conseguem a segunda vitória na competição, chegam a dez pontos e assumem o sétimo lugar. A equipe celeste continua com sete, em 15º.
Os times voltam a campo pelo Nacional no sábado da semana que vem. Ambos vão jogar em casa. O Cruzeiro recebe o Avaí, às 18h30m, enquanto o Barueri pega o Atlético-MG, às 16h10m. Antes, porém, os comandados de Adilson Batista terão um compromisso importantíssimo pela competição continental. Na próxima quarta-feira, a Raposa encara o Grêmio, no primeiro jogo da semifinal, em Belo Horizonte, às 21h50m.
Início promissor, queda e empate
Parecia que seria um baile. Mesmo sem usar força máxima, o time de Adilson Batista começou o jogo com disposição. Alguns titulares foram poupados para a disputa da semifinal da Libertadores. Com isso, foi preciso improvisar. O lateral-direito Jonathan, por exemplo, entrou na partida como volante. O zagueiro Vinícius, jogador da base, fez o papel de lateral-esquerdo. O primeiro gol saiu muito rápido. Aos dois minutos, Jonathan recebeu na entrada da área e, antes que a marcação chegasse, bateu cruzado com a perna esquerda. A abertura do placar teve efeito negativo sobre o grupo celeste. Sonolento, passou a trocar passes no meio-campo e deixou o adversário crescer.
As investidas pelas laterais eram as melhores opções dos paulistas. Por várias vezes o goleiro Fábio foi obrigado a corrigir o posicionamento da defesa na tentativa de evitar surpresas. Esforço inútil. Aos dez minutos, Fernandinho avançou pela esquerda com velocidade, se livrou da marcação de Anderson sem pedir passagem e rolou para o meio da área. Thiago Humberto, com liberdade, deu um tapa na bola, de primeira, para empatar: 1 a 1.
Ao contrário do que os cruzeirenses esperavam, o gol não acordou o semifinalista da Libertadores. Os visitantes partiram para o abafa, mas falhavam no último passe. Se no toque de bola não adiantava, o jeito foi investir na jogada aérea. Aos 24, após escanteio, o zagueiro Andre Luis, ex-Santos, Cruzeiro e Botafogo, subiu muito e cabeceou no ângulo. Fábio, em excelente forma, evitou o pior e mandou pela linha de fundo. No entanto, um minuto depois, na segunda cobrança, houve desvio na primeira trave, e a bola sobrou limpa para Pedrão, de cabeça, fazer o segundo. Ela ainda tocou no poste esquerdo antes de entrar.
Só depois de sofrer a virada e ouvir muitos gritos de Adilson Batista o Cruzeiro despertou, mas ainda sem muita vibração. A falta de entrosamento da formação escolhida pelo treinador se comprovava com os erros de passe na ligação entre meio-campo e ataque. Foram quase vinte minutos para encaixar uma jogada e chegar à igualdade. Aos 43, Wagner recebeu na esquerda, fez o levantamento para a segunda trave, e Wellington Paulista cabeceou no contrapé do goleiro Renê. Tudo igual no Mineirão: 2 a 2.
Cruzeiro irreconhecível, e Barueri inspirado
Sem substituições, os dois time voltaram para o segundo tempo, e a emoção não demorou a acontecer. Primeiro, Léo Fortunanto atravessou uma bola no meio-campo e por pouco não entregou o jogo. A tarefa ficou com Anderson. No lance seguinte, o zagueiro tentou sair com a bola, mas acabou desarmado por Márcio Careca que, em velocidade, avançou até a entrada da área e tocou com tranquilidade na saída de Fábio. O erro custou caro para o defensor celeste. A cada toque na bola, Anderson era "homenageado" pela torcida.
Irritado e insatisfeito, Adilson recorreu ao banco de reservas. Kléber, que estava sendo poupado, e Bernardo substituíram Wanderley e Vinícius. Com a mudança, Wagner passou a fazer a função de lateral-esquerdo, equanto Bernardo assumiu a armação das jogadas. As mudanças não surtiram efeito imediato, e o Barueri continuou melhor e mais perigoso.
Perto do quarto gol, o time paulista se lançou ao ataque com velocidade e conseguiu tirar um jogador celeste de campo. Aos 17 minutos, o estreante Fabinho, ex-Corithians, segurou Thiago Humberto pela camisa e evitou que o meia ficasse cara a cara com Fábio. Cartão vermelho para ele. Na cobrança da falta, o camisa 10 do Barueri buscou o canto esquerdo, mas o goleirão evitou o quarto gol dos visitantes.
A primeira e única chance de Kléber só apareceu aos 25 minutos. Ele recebeu passe de Jonathan, ganhou do zagueiro na corrida e bateu forte. A bola subiu demais. O lance até animou ao time que, três minutos depois, teve duas chances em uma só jogada, com Wagner e Wellington Palista. Ambas foram desperdiçadas.
Em vantagem numérica e no placar, além de jogar melhor, o Barueri explorava contra-ataques e levava perigo aos mineiros. Aos 30, Fernandinho tentou repetir a jogada que deu certo no primeiro gol do time. Só que desta vez ele foi parado com falta de Léo Fortunato dentro da área. Na cobrança de pênalti, Pedrão não deu chances para Fábio: 4 a 2. Sexto gol do novo artilheiro do campeonato. Por muito pouco o Barueri não chegou ao quinto gol. Aos 39, mais uma falha da defesa vulnerável do Cruzeiro, a bola sobrou para Fernandinho na marca do pênalti, mas o atacante chutou para fora. A Raposa não vence há quatro jogos no Nacional.