26/03/2006: Cruzeiro 2x0 Atlético-MG

domingo, 26 de março de 2006




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Ficha técnica
Cruzeiro 2x0 Atlético-MG
Motivo: Semifinal do Campeonato Mineiro
Data: 26/3/2006
Local: Mineirão
Público: 49.617 pagantes
Renda: R$ 573.640,00
Árbitro: Álvaro Azeredo Quelhas
Gols: Wagner, aos 40 min do primeiro tempo; Francismar, aos 31 min do segundo tempo
Cruzeiro: FábioJonathan Moisés (André Leone), Edu Dracena e Júlio CésarDiogoFábio Santos (Augusto Recife), Francismar Wagner (Anderson); Gil, e Élber
Técnico: Paulo César Gusmão
Atlético-MG: Bruno; Marcos, Leandro Castan e Lima (Rafael Gaúcho); Zé Antônio, Alício, Márcio Araújo, Rodrigo Silva e Vicente; Ramon e Alberto (Éder Luís)
Técnico: Lori Sandri
Cartões amarelos: Marcos, Alicio, Rodrigo Silva, Márcio Araújo e Leandro Castan (Atlético); Gil, Moisés, Fábio Santos e Júlio César (Cruzeiro)
Cartões vermelhos: Alicio (Atlético) e Júlio César (Cruzeiro)
Fonte: Site do Cruzeiro

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Do site de O GLOBO
O Cruzeiro é o primeiro finalista do Campeonato Mineiro 2006. Em uma tarde de festa das torcidas no Mineirão, a Raposa, que precisava apenas de um empate, venceu o Galo por 2 a 0 e chegou a mais uma decisão do Estadual. De quebra, a vitória celeste desfez o equilíbrio absoluto que havia entre os rivais em duelos disputados no maior estádio de Minas. Agora são 70 vitórias celestes, 69 do Galo e 69 empates.

A festa cruzeirense foi construída com gols de Wagner e Francismar. Com um jogador a menos em boa parte do jogo, após a expulsão de Alicio ainda no 1º tempo, o Alvinegro aposta suas fichas agora na Copa do Brasil e no Campeonato Brasileiro da Série B para quebrar um jejum de seis anos sem títulos.

Após a partida, enquanto o meia Ramon já fala em uma provável saída do Atlético, o técnico Paulo César Gusmão, que vem sendo sondado para dirigir o Corinthians, reafirmou sua dívida com a torcida e que só sai do time celeste demitido, garantindo sua permanência para a decisão.

Mesmo precisando da vitória para chegar à final, o Galo entrou em campo com um esquema muito cauteloso, com três zagueiros e três volantes. Com a vantagem do empate para ir à decisão do estadual, o Cruzeiro veio no 4-4-2, com Wagner tendo uma nova oportunidade no meio.

A escolha tática aparentemente defensiva do Galo se refletiu no maior número de chegadas ao ataque, com perigo, da Raposa. A primeira delas aos nove minutos, em uma cobrança de falta da direita. Na bola levantada na área, Élber cabeceou firme e Bruno caiu no canto direito para fazer a defesa. Aos 19, novo cruzamento na área, dessa vez o goleiro atleticano saiu mal do gol e Gil cabeceou por cima.

Quem aparentava precisar da vitória para se classificar era o Cruzeiro, que tomava a iniciativa dos ataques. Com uma marcação confusa e sem criação no meio, o Alvinegro chegou com perigo, pela primeira vez, só aos 30. Ramon cruzou da intermediária e Alberto resvalou de cabeça, rente à trave esquerda de Fábio.

A partir daí o jogo seguiu equilibrado, com Atlético e Cruzeiro chegando alternadamente ao ataque. Aos 31, Bruno fez uma defesa espetacular após uma cabeçada de Élber. Dois minutos depois, Lima acertou um belo chute, da entrada da área, Fábio rebateu para frente e Diogo salvou.

O equilíbrio da partida se desfez aos 39, primeiro no número de jogadores, depois no placar. Alicio, que já havia levado um cartão amarelo, chegou atrasado em um lance na intermediária, acertou Francismar e acabou expulso. Na cobrança da falta, Wagner, que estava retornando ao time após um período de problemas pessoais e não aproveitamento pelo técnico PC Gusmão, bateu de perna esquerda, com categoria, e colocou a bola no ângulo esquerdo de Bruno, que se esticou e não conseguiu evitar que o meia marcasse um golaço.

Sem opção, o técnico Lori Sandri mudou o Galo no 2º tempo, deixando-o mais ofensivo com as entradas do atacante Éder Luís e do meia Rafael Gaúcho nas vagas de Alberto e do zagueiro Lima. Em vantagem dupla, a Raposa voltou com a mesma postura tática, mas agora, empurrado pela torcida, passou a explorar os toques no campo de ataque.

A primeira chance de gol da etapa final foi do Cruzeiro, com Wagner, aos seis minutos, em um chute fraco, da entrada da área, que Bruno defendeu firme. Mas Zé Antônio, apagado no jogo, arriscou de fora da área, um minuto depois, acertando a rede pelo lado de fora.

Aos 25, pelo menos um dos equilíbrios se restabeleceu. Júlio César levou dois cartões amarelos em seqüência, um por reclamação, outro por uma falta em Rafael Gaúcho, e acabou expulso, deixando os dois times com dez jogadores. A torcida atleticana se inflamou e o time também, mas o golpe de misericórdia celeste veio aos 31. Francismar recebeu passe na direita, limpou o lance em cima de dois marcadores alvinegros e chutou no canto direito de Bruno.

Com dois gols de frente e precisando apenas de um empate para chegar à decisão, a Raposa quase ampliou aos 34, com Gil, e na seqüência com Francismar, que teve a chance de marcar o segundo dele na partida, mas Bruno fez uma defesa espetacular no chute à queima-roupa. Aos gritos de olé, o Cruzeiro administrou a vantagem até o final e se garantiu na final do Campeonato Mineiro.

Além da vitória, que colocou a Raposa em vantagem nos confrontos diante do Atlético disputados no Mineirão, a partida foi a redenção do técnico Paulo César Gusmão, que está na mira do Corinthians. Ele afirma ter uma dívida com a torcida e terá a chance de quitá-la no estadual.