15/03/2009: América - MG 0x0 Cruzeiro

domingo, 15 de março de 2009



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Ficha Técnica
América - MG 0x0 Cruzeiro
Motivo: 9ª rodada do Campeonato Mineiro
Data: 15/03/2009 (domingo)
Local: estádio Mineirão, em Belo Horizonte-MG
Árbitro: Cleisson Veloso Pereira
Público: 13.591
Renda: R$ 190.527,50
América-MG: Flávio; Otávio, Micão, Wellington Paulo e Bruno Barros; Dudu, Irênio (Chico Marcelo), Capixaba e Tucho; Bruno Mineiro (Euller) e Luciano (Leandro Ferreira).
Técnico: Flávio Lopes
Cruzeiro: Fábio; Jancarlos (Jonathan), AndersonLeonardo Silva e Sorín (Camilo ); FabrícioMarquinhos ParanáElicarlos e Gerson Magrão (Wagner); Soares e Kléber
Técnico: Adilson Batista
Cartões amarelos: Bruno Barros, Dudu, Flávio, Luciano (América-MG); Anderson, Fabrício, Leonardo Silva, Soares, Sorín (Cruzeiro)


Do site UOL
Foi o segundo empate consecutivo sem gols do Cruzeiro pelo Campeonato Mineiro, já que, domingo passado, havia ficado também no 0 a 0 com o Tupi de Juiz de Fora. Dessa forma, o time celeste continua líder, invicto, com 21 pontos, mas viu a distância para o rival Atlético-MG, o vice-líder, com 20, diminuir para apenas um. O terceiro colocado é o Ituiutaba, que venceu pela manhã, o Social, por 2 a 0, e chegou a 19 pontos.
Depois de muito mistério dos dois treinadores, o paranaense de Curitiba Adilson Batista e o mineiro de Ervália, Flávio Lopes, promoveram surpresas em suas respectivas equipes. Pelo lado celeste, além de Ramires, principal jogador do time, que nem havia sido relacionado para o jogo, ficaram no banco Jonathan, Wagner e Wellington Paulista. No América, o meia Irênio, que seria opção no banco, começou jogando.
Sem esses titulares, a esperança do torcedor cruzeirense ficou depositada especialmente no argentino Sorín e em Kléber, que entrou em campo com uma máscara azul para proteger o nariz fraturado. Com 20 minutos, no entanto, o atacante tirou o aparelho, jogando-o ao lado do campo, preferindo o risco de um choque, que aos 38min aconteceu, em lance com o volante Dudu, mas sem maior gravidade.
Líder do Campeonato Mineiro e invicto na temporada, enfrentando um adversário que há muito tempo disputa apenas a Série C do Brasileiro e que em 2008 estava no Módulo II do Mineiro, era de se esperar um domínio do Cruzeiro. Não foi o que se viu no na partida, especialmente no primeiro tempo e também em boa parte da etapa final.
O América começou melhor, pressionando o sistema defensivo celeste, que demonstrava instabilidade, especialmente o zagueiro Anderson. Somente a partir dos 10 minutos do primeiro tempo é que o Cruzeiro conseguiu chegar ao ataque, mas, assim mesmo, em chutes de longa distância, bem defendidos pelo goleiro Flávio.
O time americano, por sua vez, se fechava bem na defesa e conseguia explorar o contra-ataque, especialmente a partir das jogadas do experiente Tucho, jogador, que por coincidência, foi autor do gol da última vitória do América sobre o Cruzeiro, em 19 de maio de 2002, pelo Supercampeonato Mineiro. Na etapa inicial, o time americano finalizou nove vezes, quatro certas, que obrigaram Fábio a trabalhar, contra seis conclusões a gol do time de Kléber, que teve Soares como seu companheiro.
A atuação celeste no primeiro tempo não agradou a seus torcedores e nem ao presidente Zezé Perrella, que em entrevista à Rádio Itatiaia, no intervalo, disse que o Cruzeiro não merecia a vitória no primeiro tempo e viu a superioridade americana. Para tentar melhorar a atuação cruzeirense, Adilson Batista recorreu ao meia Wagner, um dos poupados em função do jogo contra o Universitario de Sucre, pela Libertadores, na quarta-feira.
Wagner, que foi revelado pelo América e que antes do jogo foi homenageado pela diretoria do Cruzeiro, por ter completado recentemente 200 jogos com a camisa celeste, substituiu a Gérson Magrão. Os primeiros 10 minutos, no entanto, foram todos do América, que voltou com os mesmos atletas. O time americano desperdiçou duas oportunidades de gols, ambas por meio de Luciano.
O Cruzeiro "acordou" em campo, a partir dos 13 minutos, quando Sorín deu belo chute de esquerda, defendido com a ponta dos dedos pelo goleiro Flávio. Apesar da melhora celeste, a partida continuou equilibrada e indefinida. Prova disso, é que Adilson Batista colocou outro titular em campo: Jonathan na vaga de Jancarlos, na lateral direita. Aos 23min, Sorín foi substituído por Camilo, encerrando mais um capítulo de sua volta gradual ao futebol, depois de quase um ano que ficou sem atuar.
O Cruzeiro criava mais chances à essa altura da partida, que ficou truncada também. Aos 28min, Kléber reclamou de agressão em seu nariz, do goleiro Flávio. Depois de consultar o assistente Guilherme Dias Camilo, o árbitro Cleisson Veloso Pereira nada marcou e não puniu ninguém.
No final, o Cruzeiro pressionou."Tentamos furar o bloqueio do América de todo jeito, tivemos bola na trave, bola raspando e o América no contra-ataque só. Aí fica difícil vencer até por meio a zero", reclamou o lateral-direito Jonathan.
Apesar de atacar mais no segundo tempo, o América, em contra-ataque desperdiçou também chances para chegar ao gol, o que acabou não acontecendo. "Se o Chico Marcelo tivesse mais tranquilidade eu poderia ter feito o gol no final", comentou Euller, referindo-se a lance aos 45min, em favor do América, quando o companheiro chutou em vez de lhe passar a bola.