15/02/2009: Cruzeiro 2 x 1 Atlético

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009



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Ficha Técnica
Cruzeiro 2x1 Atlético - MG
Motivo: quinta rodada do Campeonato Mineiro
Data: 15/02/2009 (domingo)
Local: estádio Mineirão, em Belo Horizonte-MG
Árbitro: Alício Pena Júnior (MG)
Gols: Ramires aos 18 min e Soares aos 43 min do primeiro tempo; Diego Tardelli aos 31 min do segundo tempo
Público: 47.803 pagantes
Renda: R$ 972.856,50
Cruzeiro: FábioJancarlos (Jonathan), Léo FortunatoThiago Heleno e FernandinhoMarquinhos ParanáHenriqueRamires e Gerson Magrão (Wagner); Soares (Wellington Paulista) e Thiago Ribeiro
Técnico: Adilson Batista
Atlético-MGJuninho; Marcos Rocha (Werley), Welton Felipe, Leandro Almeida e Júnior; Renan (Thiago Feltri), Carlos Alberto, Márcio Araújo e Yuri (Marcos); Éder Luís e Diego Tardelli
Técnico: Emerson Leão
Cartões amarelos: Júnior e Leandro Almeida (Atlético-MG); Gerson Magrão, Fábio, Jancarlos, Andrey, Henrique e Soares (Cruzeiro)
Cartões vermelhos: Welton Felipe (Atlético-MG); Thiago Ribeiro (Cruzeiro)
Fonte: Site Oficial do Cruzeiro




Cruzeiro vence e amplia série contra o Galo (15/02)
Vicente Ribeiro - Portal Uai

Triunfo por 2 a 1 aumentou sequência invicta no clássico para 10 jogos
Não faltou emoção, lances bonitos, polêmica e gols no primeiro clássico do ano no Mineirão. O Cruzeiro levou a melhor, venceu o Atlético por 2 a 1, neste domingo, manteve os 100% de aproveitamento e garantiu vaga para as quartas-de-final do Campeonato Mineiro. Ramires e Soares marcaram os gols dos celestes, enquanto Diego Tardelli, em cobrança de pênalti, descontou.

O Cruzeiro chegou a 15 pontos, em cinco partidas, se isolando na liderança e confirmando classificação à próxima fase. O Atlético ficou nos oito pontos, em igual número de partidas, e mais longe da ponta. Foi o segundo triunfo dos celestes sobre os alvinegros em 2009, depois dos 4 a 2 no Torneio de Verão, no Uruguai, em Montevidéu, em janeiro.

Com o resultado, o Cruzeiro ampliou a sequência invicta no clássico diante do Atlético. O time celeste não perde para o arquirrival há dez partidas, com nove vitórias e um empate. O Galo amargou mais uma partida de jejum, não ganha desde os 4 a 0 na primeira decisão do Estadual de 2007, quando levantou a taça.

O jogo

O técnico Adílson Batista surpreendeu na escalação do Cruzeiro. Principalmente do meio para frente, com Gérson Magrão no lugar de Wagner e Soares no de Wellington Paulista. Desde o começo da partida, ficou claro que a ordem no time celeste era atacar pela direita, explorando o lado esquerdo da defesa alvinegra. Especialmente com os avanços de Júnior.

No Galo, ficou visível a falta de um armador para coordenar as jogadas. A tarefa de carregar a bola para o setor ofensivo coube a Éder Luís, o que deixou Diego Tardelli isolado entre os zagueiros do Cruzeiro. Logo aos 6min, veio o primeiro lance polêmico. Carlos Alberto foi lançado em velocidade e caiu na área em disputa com Leo Fortunato. A arbitragem nada marcou, mas os atleticanos - em especial o técnico Emerson Leão - reclamaram muito.

Logo no primeiro lance de perigo, o Cruzeiro percebeu que o caminho estava aberto pelo lado direito do ataque. Dali saiu o cruzamento para Ramires dominar na área e acertar a trave de Juninho. O aviso foi dado, mas o Galo não ligou. Assustou com Éder Luís, que chutou rasteiro e Fábio defendeu. Os celestes insistiram no lado esquerdo da zaga atleticana, e abriu o placar aos 18min. Jancarlos recebeu livre, teve tempo para cruzar na medida. A bola passou por Juninho e Ramires marcou de cabeça: 1 a 0.

Além da desvantagem no placar, o Atlético tinha outro problema. Em 20min de jogo, os zagueiros Leandro Almeida e Welton Felipe já estavam ‘amarelados’. Ainda assim o alvinegro foi valente e partiu para cima, mesmo com o risco dos contragolpes do Cruzeiro. Aí começou o show de chances perdidas do Galo. Diego Tardelli, Carlos Alberto e Leandro Almeida - que acertou a trave - por pouco não balançaram as redes.

Aos 36, veio lance que definiu o placar favorável ao Cruzeiro. Welton Felipe fez falta em Soares, recebeu o segundo cartão amarelo e, consequentemente, o vermelho. Com um a mais, o time celeste encontrou todo o espaço de que precisava. Leão recompôs a zaga com Marcos na vaga de Yuri. Com muito campo para subir, os azuis aproveitaram a velocidade para ampliar. Aos 43, Soares recebeu de Thiago Ribeiro, deu um corte em Renan e chutou rasteiro. A bola passou por baixo de Juninho e morreu nas redes: 2 a 0.

Facilidade e displicência

Para não perder força ofensiva, Leão trocou Renan por Thiago Feltri. Assim, Júnior começou o segundo tempo no meio, como armador. Mas só dava Cruzeiro, que estava à vontade para atacar o rival. Os volantes alvinegros não conseguiam se antecipar, e as oportunidades foram aparecendo. Aos 9min, Fernandinho entrou na área e chutou forte, para boa defesa de Juninho. Em seguida, Ramires surgiu na cara do gol, mas o goleiro salvou.

O Cruzeiro abusou de perder gols, como aos 13, quando Soares, livre de marcação, errou o alvo. O clássico se transformou em jogo de um time só. O Atlético, mais na base da luta, buscava em vão o ataque. Os celestes tocavam a bola em velocidade, chegando à frente com extrema facilidade. Leão não teve outra alternativa senão fechar a porta para o adversário. Ele sacou Marcos Rocha para escalar mais um zagueiro, o ex-júnior Werley, deixando mais um defensor fixo. Do outro lado, Wagner foi a campo na vaga de Gérson Magrão.

O Cruzeiro chegou até a demonstrar displicência em alguns lances. E foi punido com o pênalti de Fábio em Carlos Alberto, aos 31min. Na cobrança, Diego Tardelli, com paradinha e tudo, bateu no canto direito e diminuiu. O suficiente para a torcida do Galo voltar a cantar e o time correr mais em busca do empate. Do lado celeste, certa apreensão, principalmente do técnico Adílson Batista. Mas o terceiro quase saiu, com Thiago Ribeiro. Sozinho, ele driblou Juninho e tocou. Leandro Almeida desviou para escanteio.

O jogo ficou emocionante, pois qualquer um dos times poderia fazer o gol. Os atleticanos lamentaram a chance do empate em cabeçada de Werley, que Fábio defendeu sem problema. Aos 41, mais um lance que aumentou a esperança do Galo. Thiago Ribeiro fez falta em Éder Luís e foi expulso. Aos 43, Márcio Araújo entrou na área e concluiu à esquerda do gol, em mais outra grande oportunidade. No fim, Éder Luís cruzou e Fábio novamente salvou a equipe celeste.