26/07/2008: Fluminense 1x3 Cruzeiro

sábado, 26 de julho de 2008



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Melhores Momentos
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Ficha Técnica
Fluminense 1x3 Cruzeiro
Motivo: 15ª rodada do Campeonato Brasileiro
Data: 26/07/2008 (sábado)
Local: estádio Maracanã, no Rio de Janeiro-RJ
Árbitro: Wilson Luiz Seneme-SP (Asp. Fifa)
Público: 13.808 pagantes
Renda: R$ 195.494
Gols: Washington, aos 10 min., Guilherme, aos 36 min., e Fabrício, aos 39 min. do 1º tempo; Wagner, aos 40 min. do 2º tempo
Fluminense: Ricardo Berna; Sandro (Somália), Roger e Luiz Alberto; Arouca, Fabinho, Ygor (Felipe), Tartá e Júnior César; Dodô (Alan) e Washington
Técnico:Renato Gaúcho
Cruzeiro: FábioMarquinhos ParanáThiago HelenoThiago Martinelli Carlinhos (Camilo); FabrícioCharlesHenrique e WagnerGerson Magrão (Léo Fortunato) e Guilherme (Weldon)
Técnico:Adilson Batista
Cartões amarelos: Thiago Martinelli, Gerson Magrão, Léo Fortunato e Fábio (Cruzeiro); Sandro e Júnior César (Fluminense)
Cartão vermelho: Luiz Alberto (Fluminense)
Fonte: Site do Cruzeiro


Do Globoesporte.com
Noite de redenção para o Cruzeiro no Maracanã. Após duas rodadas, o time mineiro reencontrou a vitória neste sábado, contra o Fluminense, e ainda colocou um ponto final ao jejum contra o Tricolor no estádio, que já durava 36 anos: 3 a 1, gols de Guilherme, Fabrício e Wágner, pela 15ª rodada do Brasileirão. Washington descontou.

Com o resultado, a Raposa passa a noite de sábado na terceira posição, e torce contra Vitória e Palmeiras nos jogos de domingo. Na outra ponta da tabela, o Flu segue em situação delicadíssima. Décimo-oitavo colocado, com 13 pontos, os cariocas agora têm a mesma pontuação do Ipatinga, que venceu o Internacional, e podem ser superados pelo Santos, que joga contra o Vasco, na Vila Belmiro.

Na próxima rodada, o Tricolor carioca vai ao Canindé, em São Paulo, para encarar a Portuguesa, quarta-feira, às 20h30m, enquanto a Raposa, no mesmo dia, recebe o Náutico, às 19h30m, no Mineirão.

Flu sai na frente, mas dá espaços e sofre a virada

Sem contar com seus dois meias de armação, Conca, suspenso, e Thiago Neves, na seleção olímpica, o Fluminense apostou na velocidade para superar o Cruzeiro. Com Tartá e Junior Cesar com bastante liberdade, o Tricolor se mandou para o ataque, e logo aos 8 minutos conseguiu em pênalti. Washignton recebeu cruzamento dentro da área, girou em cima de Thiago Martinelli e foi derrubado. O próprio atacante cobrou no canto direito de Fábio e espantou de vez o fantasma da Libertadores. Foi a segunda penalidade convertida pelo jogador após a derrota para a LDU.

O gol despertou o Cruzeiro, que mostrava um bom volume de jogo, mas atacava de forma desordenada. No entanto, o time mineiro encontrou o caminho para o sucesso no lado direito da defesa tricolor. Com o criticado Rafael poupado por Renato Gaúcho, o Flu apresentou um trio de zaga desentrosado, formado por Sandro, Luiz Alberto e Roger, e expôs Arouca, improvisado na ala direita. Pelo setor, Gerson Magrão e Carlinhos encontravam espaços e levavam perigo.

Aos 22, o lateral-esquerdo limpou a jogada na entrada da área e chutou rasteiro. Ricardo Berna caiu no canto esquerdo e salvou o Flu. Cinco minutos depois, mais uma vez o ex-santista assustou. Ele avançou com liberdade e cruzou no segundo pau. Roger, dentro da pequena área, evitou a conclusão de Guilherme.

De tanto insistir, a Raposa chegou ao empate com a jogada que já estava ficando manjada. Carlinhos recebeu de Marquinhos Paraná na esquerda, deixou Arouca para trás e rolou para Guilherme, que só escorou para o gol vazio e marcou seu sétimo gol no Brasileirão. Três minutos depois, Charles sofreu falta de Junior Cesar na entrada da área. Fabrício cobrou no pé da trave esquerda de Berna, que demorou para saltar e não alcançou a bola. Vira-vira celeste e 2 a 1 no placar.

Paciência x Desespero

O Fluminense voltou para a segunda etapa com o jovem meia Felipe na vaga de Ygor, vaiado durante todo o primeiro tempo, e se mandou para o ataque. A estratégia ao menos manteve o Tricolor no campo de ataque. Diante de um Cruzeiro precavido, os cariocas tocavam a bola de um lado para o outro, mas careciam de criatividade.

Mesmo sem demonstrar muita preocupação em atacar, a Raposa tinha maior poder de conclusão. Wágner em duas oportunidades, aos 14 e aos 16, arriscou da intermediária, mas errou o alvo. Sem muita opção, Renato Gaúcho, que a esta altura já ouvia o coro de 'burro' das arquibancadas, arriscou tudo. Tirou o zagueiro Sandro e colocou Somália.

A substituição, entretanto, por pouco não teve efeito reverso e imediato. Aberto na defesa, o Flu dava espaço para os contra-ataques. Aos 21, Felipe perdeu a bola para Charles, que avançou pelo meio e tocou parar Wagner. O meia descolou excelente passe para Marquinhos Paraná invadir a área livre, pela direita, e chutar forte para fora.

Sem opção, o Fluminense partiu para o abafa. Principalmente com Junior Cesar, o time apelava para bolas aéreas, e um desses cruzamentos encontrou Somália, na marca do pênalti, aos 33 minutos. O atacante dominou de costas para o gol, fez o papel de pivô, mas preferiu arriscar a jogada individual e não rolou para Washington. Leo Fortunato, esperto, fez o corte.

O Cruzeiro seguiu mais perigoso nos contra-golpes. Aos 33, um lance inusitado: Charles cobrou falta sem direção, a bola explodiu em um desatento Weldon e tirou tinta da trave esquerda de Ricardo Berna. A duelo voltaria a acontecer dois minutos depois. O atacante gingou pra cima de Luiz Alberto, limpou a jogada e chutou com estilo na entrada da área. Berna voou no ângulo esquerdo e fez linda defesa.

Diante da inoperância tricolor, o Cruzeiro passou a tocar a bola de um lado para o outro. Um desses passes encontrou Camilo, pela direita, aos 41. O jovem chamou Junior Cesar para dançar e rolou com açúcar para Wágner emendar de primeira da entrada da área e acabar com um jejum que já durava desde 1972. Antes do apito final, Luiz Alberto ainda acertou Wágner, fora do lance de bola, e recebeu o cartão vermelho.