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Ficha técnica
Cruzeiro 1x1 Grêmio
Motivo: 35ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro
Local: Mineirão, Belo Horizonte
Data: 27/11/2024
Horário: 21h
Público: 21.009 torcedores
Renda: R$ 717.892,50
Árbitro: Raphael Claus (SP).
Assistentes: Marcelo Carvalho Van Gasse (SP) e Miguel Caetano Ribeiro da Costa (SP)
VAR: Paulo Renato Moreira da Silva Coelho (RJ)
Gols: Braithwaite (18′ do 1ºT), Matheus Pereira (41′ do 1º T)
Cruzeiro: Cássio; William, Villalba, João Marcelo, Marlon; Lucas Romero, Lucas Silva (Mateus Vital), Matheus Pereira, Barreal (Japa); Lautaro Díaz (Tevis) e Gabriel Verón (Kaiki Kenji).
Técnico: Fernando Diniz.
Grêmio: Marchesín; João Pedro, Rodrigo Caio, Jemerson, Reinaldo; Villasanti, Dodi (Pepê), Cristaldo (Monsalve); Soteldo (Pavón), Aravena (Edenilson) e Braithwaite (Diego Costa).
Técnico: Renato Gaúcho.
Cartões amarelos: William (33′ do 1ºT), Jemerson (19′ do 2ºT), Lucas Romero (49′ do 1ºT)
Fonte: No Ataque
Ainda digerindo a derrota para o Racing na final da Copa Sul-Americana, o Cruzeiro entrou em campo diante do Grêmio, nesta quarta-feira (27/11), no Mineirão, em Belo Horizonte, com postura completamente diferente. No duelo pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro, apostou na ofensividade, manteve a posse de bola por período considerável, mas foi ineficaz. Desta forma, apenas empatou por 1 a 1 e agora vê posição no G7 da Série A ameaçada.
O Cruzeiro fez primeiro tempo animador. Valorizou a posse de bola, construiu jogadas e levou perigo. Entretanto, falhou na eficiência. Desatento na defesa, viu o Grêmio aproveitar contra-ataque e converter a segunda chance em gol, aos 18 minutos. Os comandados pelo técnico Fernando Diniz se recuperaram do baque rapidamente e mantiveram a intensidade. A insistência resultou em gol de Matheus Pereira, aos 41. O volume de jogo tirou aplausos dos pouco mais de 21 mil torcedores no Gigante da Pampulha.
Na volta, a Raposa diminuiu o ritmo, mas seguiu dominante. Novamente, trocou passes, fez lançamentos, cruzamentos, mas esbarrou no mesmo problema da etapa anterior: a ineficiência. No fim do jogo, as manifestações de apoio se transformaram em protesto. Houve vaias, gritos de ‘time pipoqueiro’ e xingamentos a Diniz. O empate não foi bom para o Cruzeiro. Ainda em sétimo lugar, o time chegou aos 48 pontos, apenas um a mais que Bahia e Corinthians, em oitavo e nono, respectivamente. A depender dos resultados da próxima rodada, a Raposa pode perder a vaga no G7. Mesmo assim, só depende de si para conquistar uma vaga na Libertadores, principal objetivo da temporada.
O Grêmio, agora com 41 pontos, subiu para a 14ª posição. Nos dias que estão por vir, o clube do Rio Grande do Sul só pode ser ultrapassado por Fluminense e Athletico-PR, mas não entrar no Z4.
Próximos jogos de Cruzeiro e Grêmio
O Cruzeiro volta a campo no domingo (1º/12), quando visita o Bragantino, que luta contra o rebaixamento, no Nabizão, em Bragança Paulista. O duelo pela 36ª rodada do Brasileiro está marcado para 18h30. O Grêmio tem compromisso no mesmo dia. Um pouco mais cedo, às 16h, recebe o São Paulo, na Arena do Grêmio, em Porto Alegre.
Cruzeiro x Grêmio
Começo animador ofuscado por gol sofrido
O Cruzeiro construiu a primeira oportunidade interessante da partida. Em campo, os comandados por Diniz se postaram ofensivamente. Quando tinham a bola, a última linha, composta pelos quatro defensores, era montada no meio-campo. Evidentemente, a formação possibilitou que o Grêmio explorasse passes longos. Outra alternativa encontrada pelos visitantes foi interceptar o passe no momento da construção da jogada. Em uma dessas tentativas, Cássio trabalhou. Imediatamente depois do pequeno susto, o Cruzeiro levantou o torcedor. Aos sete minutos, William avançou pela direita e encontrou Lautaro Díaz na grande área. O argentino se jogou na bola e acertou o travessão. Iniciou-se, ali, uma espécie de blitz: troca de passes na intermediária, escanteios e chutes de fora da área.
Apesar da postura animadora, nenhuma tentativa celeste deu certo. O Grêmio, interessado em se desgrudar do Z4, fez o contrário. Aproveitou a segunda chance que teve na partida. Aos 18 minutos, Aravena recebeu na entrada da grande área, notou a movimentação de João Pedro e o acionou em profundidade. O lateral cruzou no miolo da área, e Braithwaite, de letra, estreou o placar no Mineirão: 1 a 0 para o Grêmio.
Gol de Matheus Pereira, e Cruzeiro no jogo
Jogadores e torcedores sentiram o baque. O clima na arquibancada do Mineirão esfriou. No gramado, erros de passe e recuo inéditos. Mas tudo isso por pouco tempo. A sintonia entre adeptos e atletas rapidamente foi recuperada, assim como o controle do jogo pelos celestes. Ao mesmo tempo, a falta de eficiência voltou a falar mais alto. A Raposa manteve a posse de bola e chegou na área adversária inúmeras vezes. Contudo, a partir de certo momento, pareceu não saber o que fazer com a bola para furar a defesa gremista. Em outra desatenção defensiva, quase tomou o segundo gol – contou com finalização ruim do volante Dodi. No momento, chiados começaram a ser proferidos. Um misto de apoio com impaciência. Segundos depois, a insistência, enfim, deu resultado. Aos 41 minutos, Matheus Pereira encontrou Gabriel Verón na entrada da área, infiltrou na defesa, recebeu passe por cima e, com a perna direita, finalizou cruzado, no canto do arqueiro Marchesín. Os cruzeirenses soltaram o grito de gol entalado na garganta: 1 a 1. Quando Raphael Claus apitou o fim da primeira etapa, a postura do Cruzeiro foi aplaudida.
2º tempo morno
O jogo perdeu um pouco do ritmo no segundo tempo, mas permaneceu com o mesmo desenho: Cruzeiro no campo de ataque, com a bola, e Grêmio retraído, defendendo-se. Novamente, os celestes construíram as principais oportunidades. Destaque para o cabeceio de Lautaro Díaz. Aos 15 minutos, o atacante subiu livre para cabecear, mas tirou demais. O Cruzeiro cozinhou, tocou, lançou, cruzou. No entanto, não soube converter. Enquanto isso, o Grêmio apostava em passes longos para quebrar as linhas e em cruzamentos quando chegava no ataque com número suficiente. Quando o cronômetro atingiu os 30 minutos, a preocupação passou a consumir os torcedores, que acompanhavam a bola atentamente, regidos pela tensão. Àquela altura, Diniz, agitado na beira do gramado, já havia promovido três substituições: ele acionou jovens atletas para dar fôlego à equipe. Sob os gritos de ‘Cruzeiro querido’, o time cresceu nos minutos finais. Tevis teve a chance de virar o placar, mas parou no goleiro gremista. A torcida acreditou até o último minuto, mas a Raposa não criou. Quando Claus apitou o fim do jogo, o apoio se transformou em protesto. O time foi chamado de pipoqueiro e recebeu vaias. O técnico ouviu a torcida xingá-lo: “Ei, Diniz, vai tomar no c*”.
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