22/08/2024: Cruzeiro 2 (5) x (4) 1 Boca Juniors

sexta-feira, 23 de agosto de 2024

 

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Ficha Técnica
Cruzeiro  2 (5) x (4) 1 Boca Juniors
Motivo: Jogo de volta das oitavas de final da Copa Sul-Americana
Data: 22 de agosto de 2024
Local: Mineirão, em Belo Horizonte (MG)
Árbitro: Wilmar Roldan (COL)
Assistentes: John León (COL) e John Gallego (COL)
VAR: Juan Lara (CHI)
Público: 58.323 torcedores
Renda: R$ 3.911.669,00
Gols: Matheus Henrique, aos 8 min do 1ºT; Walace, aos 20 min do 1ºT (Cruzeiro); Milton Giménez, aos 47 min do 1ºT (Boca Juniors)
Cruzeiro: Cássio; William, Zé Ivaldo, João Marcelo e Kaiki (Marlon, aos 18 min do 2ºT); Walace (Kaio Jorge, aos 32 min do 2ºT), Lucas Romero (Álvaro Barreal, aos 10 min do 2ºT), Matheus Henrique e Matheus Pereira; Lautaro Díaz (Arthur Gomes, aos 18 min do 2ºT) e Juan Dinenno
Técnico: Fernando Seabra
Boca Juniors: Sergio Romero; Luis Advíncula, Cristián Lema, Marcos Rojo e Lautaro Blanco; Cristian Medina, Pol Fernández (Belmonte, aos 38 min do 2ºT), Augustín Martegani (Figal, aos 4 min do 1ºT) e Kevin Zenón (Gary Medel, aos 21 min do 2ºT); Miguel Merentiel e Milton Giménez (Saracchi, aos 38 min do 2ºT)
Técnico: Diego Martínez
Cartões amarelos: Zé Ivaldo, Matheus Pereira, Matheus Henrique (Cruzeiro); Lautaro Blanco, Pol Fernández, Kevin Zenón, Diego Martínez, Milton Giménez, Marcos Rojo, Gary Medel (Boca Juniors)
Cartão vermelho: Luis Advíncula, aos 50 segundos do 1ºT (Boca Juniors)
Fonte: No Ataque




Os torcedores do Cruzeiro voltaram a viver uma noite dramática no Mineirão, nesta quinta-feira (22/8), do mesmo modo que ocorreu nas campanhas dos títulos da Copa do Brasil de 2017 e 2018. Empurrado por mais de 58 mil fanáticos nas arquibancadas, o time celeste, que teve um jogador a mais em campo desde o primeiro minuto, venceu o Boca Juniors por 2 a 1 no tempo regulamentar, pelo jogo de volta das oitavas de final da Copa Sul-Americana. O placar foi o suficiente para levar a decisão da vaga para os pênaltis. Depois de 100% de aproveitamento de ambas as equipes nas nove primeiras cobranças, o Boca desperdiçou a última, e a Raposa celebrou a classificação com 5 a 4 no placar.
No tempo regulamentar, Matheus Henrique abriu o placar para o Cruzeiro aos 8 minutos do primeiro tempo. O meia apareceu como homem surpresa na área para aproveitar rebote cedido pelo goleiro Romero. Doze minutos depois, brilhou a estrela de outro volante. Walace chutou no canto direito e ampliou a vantagem.
O Boca descontou no fim da etapa inicial em lance de desatenção da defesa da Raposa. Milton Giménez desviou a bola e conseguiu superar o goleiro Cássio. O Cruzeiro teve 100% de aproveitamento nas cobranças de pênalti. William, Matheus Henrique, Marlon, Dinenno e Barreal converteram para os celestes, assim como Rojo, Lema, Blanco e Figal para os xeneizes. Coube a Merential isolar a bola e garantir a classificação cruzeirense. Por ter conseguido passar de fase, o Cruzeiro garantiu mais US$ 700 mil (cerca de R$ 3,9 milhões na cotação atual) em premiações pagas pela Conmebol ao longo do torneio. 
Ao contrário do jogo da ida, quando abdicou da bola e entrou com postura reativa em campo, o Cruzeiro foi ofensivo desde o primeiro minuto de jogo no Gigante da Pampulha. A energia que vinha das arquibancadas foi o combustível necessário para que os jogadores conseguissem performar em busca do gol.  Antes mesmo dos ponteiros do relógio do árbitro Wilmar Roldan (COL) darem a primeira volta, o Boca Juniors conseguiu a façanha de ter um defensor expulso. Luís Advíncula chegou atrasado em uma jogada no meio-campo e pisou no tornozelo de Lucas Romero. Ele recebeu o cartão vermelho aos 50 segundos.  Com superioridade numérica, o time celeste encontrou facilidades para chegar mais vezes ao ataque. E não deu outra. Aos 8’, Matheus Henrique fez a alegria dos mais de 55 mil cruzeirenses no estádio. Lautaro Díaz recuperou a bola no meio-campo, acelerou e tocou para Matheus Pereira, que arriscou de fora da área. O goleiro Sergio Romero espalmou para o lado, e viu Matheusinho aparecer como homem surpresa para estufar a rede: 1 a 0.  O jogo coletivo do Cruzeiro cresceu ainda mais após o gol. Na única bobeada da marcação, Zé Ivaldo deu um susto no torcedor ao falhar na frente de Kevin Zenón. O atacante do Boca saiu de frente para o goleiro Cássio, mas pegou mal na bola e isolou por cima da meta.  A resposta celeste veio no lance seguinte, aos 20 minutos, após cobrança de escanteio mal afastada pela zaga do Boca. No rebote, o volante Walace acertou um bonito chute rasteiro no canto direito para colocar o Cruzeiro em vantagem no placar agregado. Romero ainda tentou se esticar para evitar o gol, mas não conseguiu: 2 a 0. 
O Cruzeiro teve uma grande chance para coroar a boa atuação no primeiro tempo em lance plástico de Lautaro Díaz. O atacante argentino aproveitou o cruzamento de William e virou um voleio, mas a bola carimbou a trave.  Nos acréscimos, o Boca Juniors descontou em uma falha do sistema defensivo cruzeirense. Livre de marcação, Milton Giménez – substituto de Edinson Cavani na partida – desviou cruzamento pelo lado esquerdo. Cássio caiu antes e não agarrou a bola que parecia fácil: 2 a 1.
Boca amarrou o segundo tempo e levou a decisão para os pênaltis
A equipe celeste não voltou bem do intervalo. O nervosismo para conseguir aumentar a vantagem no placar agregado parece ter tomado conta dos jogadores. O Cruzeiro forçou alguns passes na transição ofensiva e ‘chamou’ o adversário para cima, dando impressão de igualdade numérica novamente. Com a atitude apática, Seabra fez três mudanças para renovar as energias do time. O treinador tirou Lucas Romero, Kaiki e Lautaro Díaz e colocou Álvaro Barreal, Marlon e Arthur Gomes em campo. Contudo, as mexidas não surtiram o efeito imediato esperado. A tensão tomou conta do jogo. Enquanto isso, o Boca Juniors pareceu satisfeito com o placar e começou a esfriar o jogo com a famosa ‘catimba argentina’. Aos 37′, Matheus Pereira arrancou um grito da torcida do Cruzeiro. Mas foi de quase gol. O camisa 10 mandou por cobertura em cima de Romero, que só olhou a bola tocar na trave e rolar em cima da linha. A defesa do Boca estava atenta no lance e conseguiu afastar o perigo. No fim, Arthur Gomes teve a grande chance da Raposa de marcar o terceiro e evitar os pênaltis. O atacante mergulhou de cabeça, mas parou em Romero. No rebote, a zaga argentina voltou a espanar a bola para longe. O Boca também perdeu uma chance incrível. Em falha da defesa do Cruzeiro, Cássio deixou o gol para tentar cortar a bola, ficou vendido no lance e viu João Marcelo tirar em cima da linha.
Pênaltis
William cobrou no canto direito e abriu o placar para o Cruzeiro: 1 a 0. Marcos Rojo chutou no alto e empatou para o Boca: 1 a 1. Matheus Henrique bateu rasteiro no canto esquerdo e recolocou a Raposa em vantagem: 2 a 1. Lema acertou a rede no canto esquerdo e empatou para os xeneizes: 2 a 2. Marlon mandou forte no canto direito e ampliou para os celestes: 3 a 2. Blanco cobrou alto no meio do gol para empatar: 3 a 3.  Dinenno chutou rasteiro no canto esquerdo: 4 a 3. Figal mandou forte no meio do gol: 4 a 4.  Barreal mandou forte no canto direito: 5 a 4. Merentiel isolou por cima do gol e deu a classificação ao Cruzeiro.