12/04/2006: Vitória 2x1 Cruzeiro

quarta-feira, 12 de abril de 2006




Primeiro Tempo

Ficha Técnica
Vitória 2x1 Cruzeiro
Motivo: jogo de ida das oitavas-de-final da Copa do Brasil
Data: 12/4/2006
Local: estádio Barradão, em Salvador
Público: 9.137 pagantes
Renda: R$ 17.115, 00
Árbitro: Jorge Luiz da Silva (AL)
Gols: Azevedo, aos 17 min do primeiro tempo, Fábio, aos 10 min e Edu Dracena aos 40 min do segundo tempo
Cruzeiro: FábioLuizinho (Jonathan), Edu DracenaMoisés e Júlio CésarDiogoFábio SantosLeandro Bomfim (Diego) e Wagner (Francismar); Gil Alecsandro
Técnico: Paulo César Gusmão
Vitória: Rafael Córdova, David Luiz, Alemão e Cláudio Luiz; Apodi, Azevedo, Garrinchinha, Carlos Magno (Paulo Mattos) e Alysson; Fábio (Davi) e Bida (Advaldo)
Técnico: Arturzinho
Cartões amarelos: Edu Dracena, Moisés e Alecsandro (Cruzeiro); David Luiz, Alysson e Garrinchinha (Vitória)
Fonte: Site do Cruzeiro



Cruzeiro perde do Vitória, mas gol no final alivia situação
Da Redação do Uol
Em Belo Horizonte

No primeiro jogo oficial após a conquista do título mineiro, o Cruzeiro foi derrotado pelo Vitória, por 2 x 1, na primeira partida do confronto pelas oitavas-de-final da Copa do Brasil, nesta quarta-feira, no Barradão. Com o resultado, o Rubro-negro baiano joga pelo empate, no dia 19, no Mineirão, que garantirá a sua vaga na etapa seguinte da competição. Se vencer por 1 x 0 a Raposa assegura sua classificação.
O Cruzeiro perdia por 2 x 0 até os 41 minutos do segundo tempo, quando o zagueiro Edu Dracena marcou de cabeça. Como foi gol marcado fora de casa, tem importância ainda maior, pois evitar que a raposa tenha a obrigação de ganhar por três gols de diferença no jogo de volta, em Belo Horizonte.
Para o Vitória, o triunfo sobre o Cruzeiro teve também o sabor de uma volta por cima, já que a jovem e reformulada equipe, havia perdido o título do primeiro turno do campeonato baiano para o Colo Colo.
Foi uma vitória justa do time de Salvador, que teve o domínio da partida na maior parte dos dois tempos. Tanto que o Cruzeiro teve poucas chances de gols e o goleiro Rafael Córdoba quase não trabalhou, enquanto Fábio, da Raposa, teve que se desdobrar para evitar um placar maior em favor do adversário, o que poderia complicar a situação celeste para o jogo de volta.
O Cruzeiro demonstrou falta de entrosamento e jogadores importantes decepcionaram, como o atacante Gil e o meia Wagner. Alecsandro, que entrou na vaga de Élber, vetado por causa de uma forte gripe, também não esteve bem. A defesa celeste também falhou seguidas vezes, permitindo aos atacantes baianos boas oportunidades de gols.
Para seguir na Copa do Brasil, competição que já venceu quatro vezes, o Cruzeiro terá de vencer por 1 x 0 e não poderá sofrer gols do adversário. Caso o Vitória faça um gol, a Raposa terá de fazer 3 x 1. Se o clube mineiro devolver a vitória pelo mesmo placar, a decisão irá para os pênaltis. O ganhador desse confronto enfrentará o vencedor de Fluminense e Vila Nova de Goiás.
O jogo
O primeiro tempo foi marcado pela péssima atuação do Cruzeiro, que não se encontrou em campo, em nenhum momento dos 45 minutos iniciais. Já o Vitória, que também não fez uma grande partida, na etapa inicial, foi mais perigoso nos contra-ataques, especialmente com o rápido lateral-direito Apodi e com o atacante Fábio, que deu muito trabalho aos zagueiros celestes Moisés e Edu Dracena.
O Cruzeiro até deu a impressão de que faria um bom primeiro tempo. Com apenas dois minutos já tinha chegado duas vezes ao ataque e cobrado dois escanteios. Em cinco minutos, o time mineiro havia cruzado cinco bolas altas sobre a área do Vitória, errando todas elas.
Já o Vitória deixava o Cruzeiro tomar a iniciativa do jogo, mas entrou preparado para explorar os contra-ataques. Dessa forma, o Leão foi muito mais efetivo, tanto que finalizou nove vezes contra apenas quatro da Raposa. O primeiro chute a gol, foi da equipe baiana, aos 6min, com Fábio batendo de longe para ótima defesa do seu xará cruzeirense.
Dois minutos depois, o mesmo atacante Fábio desperdiçou outra oportunidade, ao bater, de esquerda, para fora. Aos 8min, o Cruzeiro teve a sua única real chance de gol nos 45 minutos iniciais. Wagner desceu bem pela esquerda e cruzou na medida para Alecsandro, livre, chutar fraco e torto para fora.
Aos 15min, saiu o único gol da etapa inicial. E teve a participação da arbitragem. Apodi desceu bem pela direita e sofreu falta de Edu Dracena, fora da área, mas o árbitro alagoano Jorge Luiz da Silva marcou pênalti, inexistente. Apesar da intensa reclamação cruzeirense, dois minutos depois, Alessandro Azevedo converteu a cobrança.
"Foi fora da área, mas ele marcou pênalti. Fazer o quê?", indagou Edu Dracena, revoltado com a arbitragem. Depois desse gol, o Cruzeiro tentou o empate, mas não teve força ofensiva. Alecsandro, que substituiu o gripado Élber, e Gil nada fizeram. Além disso, os erros de passe prejudicavam a chegada ao ataque. O camisa 10 Leandro Bomfim foi o recordista neste quesito.
O Vitória, por sua vez, exercia uma forte marcação no meio-campo, e explorava os avanços dos alas Apodi e Alysson, que sempre levavam perigo. Aos 35min, Carlos Magno bateu forte, obrigando o goleiro Fábio a fazer boa defesa. O atacante Fábio disse que o Cruzeiro esteve bem posicionado atrás, o que impediu o Leão de ampliar o placar. "Vamos voltar mais concentrados para furar esse bloqueio", afirmou.
Os dois times voltaram com as mesmas formações e também com posicionamentos idênticos. A Raposa atacando e o Vitória se defendendo, sem deixar, no entanto, de contra-atacar. Foi assim, aos 6min, quando Fábio teve de sair nos pés do seu xará para salvar o time mineiro. No minuto seguinte, Apodi fez linda jogada, com direito a gaúcha sobre Moisés, mas cruzou mal e Fábio cortou.
O Vitória continuava ameaçando o gol adversário. Aos 8min, Charles Magno chutou forte e a bola foi para fora, com perigo. No minuto seguinte, Fábio fez grande defesa evitando o segundo gol, que, entretanto, saiu logo aos 11min, marcado pelo atacante Fábio, que se livrou de seu marcador, com grande facilidade, antes de bater de perna esquerda.
Quando sofreu o segundo gol, o técnico Paulo César Gusmão havia acabado de fazer uma substituição, com a entrada de Diego no lugar de Leandro Bomfim. Logo depois, tirou Wagner para a entrada de Francismar. Os jogadores do Cruzeiro, enquanto um jogador do Vitória era atendido no gramado, se reuniam para fazer um pacto pela reação. E Edu Dracena, de cabeça, aos 41min, marcou o gol que alivia a situação para o jogo de volta.