12/09/2010: Avaí 1x2 Cruzeiro
domingo, 12 de setembro de 2010
Melhores Momentos
Programa Meio de Campo
Avaí 1x2 Cruzeiro
Motivo: 21ª rodada do Campeonato /pasileiro
Local: estádio Ressacada, em Florianópolis-SC
Data: 12/09/2010 (domingo)
Árbitro: André Luiz de Freitas Castro-GO (Asp.)
Público: 5.962 pagantes
Renda: R$ 28.960
Gols: Roger, aos 34 min. do 1º tempo, Thiago Ribeiro, aos 26 min., e Laércio, aos 34 min. do 2º tempo
Avaí: Renan, Patric, Emerson, Rafael e Eltinho (Laércio), Rudnei (Leandro Bonfim), Marcinho Guerreiro, Davi (Jefferson) e Rafael Costa, Sábio e Caio
Técnico: Antônio Lopes
Cruzeiro: Fábio, Jonathan, Edcarlos, Léo e Diego Renan, Marquinhos Paraná, Henrique, Fabrício e Roger (Pablo), Thiago Ribeiro (Wallyson) e Farías (Fabinho)
Técnico: Cuca
Cartões amarelos: Diego Renan, Fábio, Jonathan, Roger e Farias (Cruzeiro), Patric e Leandro Bonfim (Avaí)
Cartão vermelho: Marquinhos Paraná (Cruzeiro)
Do Globoesporte.com
É sempre na conta do chá, com placares magros e aplicação quase perfeita dentro de campo. Dessa forma, o Cruzeiro avança no Campeonato Brasileiro e vê os líderes cada vez mais próximos. Neste domingo, a Raposa manteve sua sequência positiva ao bater o Avaí, fora de casa, por 2 a 1, pela 21ª rodada do Brasileirão, chegando à sua quarta vitória seguida. Por outro lado, o Leão aumentou seu jejum de vitórias para sete jogos e se preocupa com a zona de rebaixamento.
O Cruzeiro apresentou futebol de muita marcação, como já vem sendo rotina no time de Cuca. O resultado manteve os celestes em quarto lugar, agora com 37 pontos. O importante é que a diferença para o líder Fluminense é de apenas 4. A Raposa está chegando.
O Avaí, ao contrário, segue em queda livre. A equipe de Antônio Lopes, que era sensação até a metade do primeiro turno, permanece com 24 pontos, próxima à zona de rebaixamento, na 14ª colocação.
Árbitro irrita os dois lados
Chateada com a má fase da equipe, a torcida não lotou a Ressacada como fez em outros jogos. E mostrou irritação com o momento negativo. Qualquer marcação do árbitro era motivo de reclamação e chiados vindos das arquibancadas. Muitos deles eram justificáveis, já que o goiano André Luiz Castro esteve perdido na maioria dos lances, invertendo faltas e segurando demais o jogo.
A insatisfação da torcida passava para dentro de campo - não só com o Avaí. O Cruzeiro, dentro de seu esquema de forte marcação, fez muitas faltas e ficou pendurado com vários cartões amarelos. Só no primeiro tempo foram quatro. Mas o sistema montado por Cuca mostrava eficiência, tanto que os meias Caio e Davi sumiram na marcação celeste.
O único que buscou jogo foi Sávio. O experiente atacante, de 36 anos, saiu de sua função no ataque para carregar a bola desde a intermediária e tentar armar a equipe, sem muito sucesso.
Pelo Cruzeiro, Roger também esteve apagado no início. Caindo mais pela esquerda, ele foi vigiado de perto por Marcinho Guerreiro e pouco fez para se livrar do adversário. Para sorte do camisa 10, o time conseguiu um pênalti no único lance de ataque perigoso na etapa inicial.
Aos 23 minutos, Renan fez grande defesa após chute de Henrique na pequena área. Na sobra, Fabrício pegou a bola no bico da área e foi derrubado por Caio. Na cobrança, Roger ajeitou com carinho e chutou com tranquilidade, no canto direito da meta. O goleiro do Avaí caiu para o outro lado.
Fora isso, a Raposa manteve a postura que deu certo nos últimos jogos: marcação ferrenha, sem deixar o Avaí respirar. No intervalo, Roger definiu bem o esquema cruzeirense, usando a expressão "dedicação tática".
Descontrole tático e emocional
A má fase enervou demais o Avaí. E o técnico Antônio Lopes, que deveria ser o responsável por acalmar os ânimos de sua equipe, acabou piorando as coisas. Após discussão áspera com o árbitro, o comandante do Leão foi expulso no intervalo e saiu revoltado, esbravejando e tendo de ser amparado pelos seus atletas (veja no vídeo ao lado). O preparador físico do clube teve de ficar à beira do campo no segundo tempo, recebendo ordens de Lopes via rádio.
Em campo, o time sofreu com a desorganização tática. Em desvantagem, o Avaí partiu para uma pressão desordenada, sempre com Sávio iniciando as jogadas. Foi a partir dele que a equipe teve o primeiro lance de perigo, por meio de Rafael Costa. O camisa 10 rolou para Caio, que encontrou o atacante no meio da defesa cruzeirense. Aí, Fábio apareceu e mostrou o porquê de ser um dos melhores goleiros do país.
A pressão aumentou com a expulsão de Marquinhos Paraná, que fez falta duríssima em Leandro Bonfim. Já era previsto que o time teria de se virar com um a menos, depois de tantos cartões aplicados por André Luiz Castro.
Mas, quando a fase é boa para um lado - e ruim para o outro -, não tem jeito. Na boa, com tranquilidade, a Raposa chegou ao segundo gol com a ajuda da sorte. Aos 26, Thiago Ribeiro puxou contra-ataque, deu corte na zaga e, da entrada da área, chutou na trave. Porém, a bola voltou nas costas de Renan e entrou. O camisa 1 não acreditou quando a viu nas redes, lamentando demais o lance.
Se com um gol de vantagem o Cruzeiro já se defendia, com dois o jogo virou ataque contra defesa. E nesse panorama o Avaí ainda conseguiu seu golzinho, justo quando teve uma jogada mais pensada. Em boa troca de passes, Jéferson encontrou Laércio livre na área, com tempo de ajeitar e bater no canto esquerdo do gol, sem chance para Fábio.
Nos acréscimos, até Renan foi para o ataque tentar o empate. De cabeça, ele quase fez história: a bola passou raspando. O apito final castigou a desorganização catarinense e premiou a aplicação mineira, que faz o time ver os líderes cada vez mais de perto.
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