02/04/2006: Ipatinga 0x1 Cruzeiro
domingo, 2 de abril de 2006
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Ficha Técnica
Ipatinga 0x1 Cruzeiro
Motivo: Final do Campeonato Mineiro
Data: 02/04/2006
Local: Estádio Ipatingão, em Ipatinga
Público: não informado
Renda: não informada
Árbitro: Álvaro Azeredo Quelhas
Gols: Wagner, aos 45 min do primeiro tempo
Ipatinga: Rodrigo Posso; Dênis, William, Teco e Marinho Donizetti; Paulinho, Leandro Salino (Jaílton) (Christian), Léo Medeiros e Walter Minhoca (André); Camanducaia e Diego Silva
Técnico: Ney Franco
Cruzeiro: Fábio; Jonathan (Luizinho), Moisés, Edu Dracena e Júlio César; Diogo, Fábio Santos, Leandro Bomfim e Wagner (Jonilson); Gil, e Élber (Alecsandro)
Técnico: Paulo César Gusmão
Cartões amarelos: William e Marinho Donizetti (Ipatinga); Luizinho, Júlio César, Gil e Edu Dracena (Cruzeiro)
Fonte: Site do Cruzeiro
Cruzeiro quebra invencibilidade do Ipatinga e é campeão
Do Pelé.Net
Em Belo Horizonte
O Cruzeiro conseguiu cumprir a sua obrigação, de acordo com o pensamento dos dirigentes do clube, os irmãos Alvimar e Zezé Perrella, e se tornou o campeão mineiro deste ano. O time celeste conseguiu reverter a vantagem do Ipatinga, que jogava pelo empate, derrotando-o no campo do adversário, por 1 a 0, neste domingo.
O triunfo cruzeirense foi obtido da mesma maneira que o do Ipatinga, no ano passado. Chegou em desvantagem à final do Campeonato, não conseguiu a vitória no jogo de ida, como mandante, mas surpreendeu o adversário, como visitante, fazendo festa para comemorar o título estadual longe de casa.
Apesar de distante de Belo Horizonte, a comemoração cruzeirense teve torcida por perto, já que um pouco mais da metade do Ipatingão foi formada por torcedores celestes. Muitos vieram de Belo Horizonte, por ônibus, em animadas caravanas, enquanto vários outros são moradores de Ipatinga e de cidades da região, como Timóteo, Coronel Fabriciano e Governador Valadares.
Foi o 33º terceiro título mineiro do Cruzeiro, que conseguiu evitar o desgaste de tropeçar duas vezes seguida, na decisão, diante do seu parceiro. Há algumas semanas, Alvimar e Zezé Perrella disseram, em seguidas entrevistas, que pelo elevando investimento na montagem do time, o clube celeste tinha a obrigação de conquistar o título. As declarações geraram polêmica com Paulo César Gusmão e alguns jogadores, que, no entanto, conseguiram dar a volta por cima e soltaram o grito de campeão.
PC GUSMÃO PODE SAIR
Logo após a conquista do título mineiro, o técnico PC Gusmão afirmou que não sabe se vai permanecer no Cruzeiro para o Campeonato Brasileiro. O treinador pediu dois dias de folga e, só depois disso, definirá seu futuro. Leia mais
O Ipatinga, por sua vez, que ostentava uma longa invencibilidade, perdeu na hora errada. O Tigre não era derrotado desde o dia 22 de outubro de 2005, quando levou de 2 x 1 do América, em Natal, pela Série C do Brasileiro. Em casa, estava invicto há mais de um ano, pois não perdia no Ipatingão, desde 9 de março, quando foi batido pelo mesmo Cruzeiro por 3 x 0, pela Copa do Brasil.
Azarão, no ano passado, e favorito este ano, o Ipatinga foi vítima, mais uma vez, do que o meia Walter Minhoca definiu como "síndrome do Ipatingão", traduzido por ele, como uma enorme dificuldade de jogar em momentos decisivos e com o estádio lotado. Ataque mais positivo da competição, com 27 gols, o setor ofensivo do Tigre não funcionou, quando a equipe mais precisou.
Já a defesa cruzeirense, a melhor do campeonato - menos vazada do Campeonato, com apenas oito gols sofridos -, deu conta do recado. Segurou a vitória, conseguida com um gol marcado por Wagner, aos 45min do primeiro tempo. O sistema defensivo da Raposa soube suportar a pressão do Ipatinga, em toda a etapa final. Contou ainda com a sorte, aos 37min, quando Diego Silva chutou a bola na trave.
O jogo
O primeiro tempo da decisão do título mineiro foi marcado pela forte marcação dos dois times, que disputaram cada lance com grande determinação. O resultado disso foi um jogo equilibrado na maior parte da etapa inicial, em que os jogadores dos dois lados se igualaram até mesmo nos erros cometidos.
Nos 45 primeiros minutos, por exemplo, os donos da casa erraram 15 passes, contra 13 dos visitantes. O Ipatinga conseguiu retomar mais bolas: nove contra oito da Raposa. No item faltas cometidas, o Cruzeiro fez nove, uma a mais que o Tigre e nas finalizações a gols, vantagem celeste: sete contra quatro.
ÉLBER: 1º TÍTULO
Após 14 anos atuando na Europa, Élber voltou ao país para jogar no Cruzeiro e comemorou seu 1º título no Brasil.
Essa pequena disposição ofensiva a mais do Cruzeiro, que precisava da vitória para conquistar o título, foi premiada no final do primeiro tempo, quando Wagner colocou a bola nas redes. A jogada saiu mais uma vez pela esquerda, lado forte do ataque celeste, quando Júlio César cruzou e a bola bateu num zagueiro, sobrando para o meia, que marcou.
Não foi por acaso que o gol celeste saiu de jogada pela esquerda. Desde o início, o Cruzeiro demonstrou que estava manco. Não tinha jogada pelo outro lado. Tanto que aos 23min, o técnico Paulo César Gusmão colocou Luizinho no lugar de Jonathan, na lateral direita, para tentar corrigir essa deficiência. A substituição não foi suficiente para equilibrar a situação.
No geral, os dois times se respeitaram muito, no primeiro tempo, e marcaram forte. O Ipatinga, que muitas vezes demonstrou jogar com a vantagem do empate embaixo de braço, ao tocar lentamente a bola, acabou surpreendido aos 45min da etapa inicial. O time da casa teve apenas uma jogada de maior perigo, quando o lateral-esquerdo Marinho Donizetti driblou um adversário e bateu, mas Fábio fez a boa defesa.
Obrigado a vencer, o Cruzeiro tentou ser mais ofensivo, mas em boa parte do primeiro tempo não conseguiu, porque foi impedido pela forte marcação adversária. A Raposa começou dando a impressão que poderia ser ofensiva o bastante, Chegou com perigo, logo aos 3min, em tabela de Wagner e Gil, que cruzou rasteiro, mas o atacante Élber não conseguiu finalizar e, no rebote, Fábio Santos chutou por cima.
O Ipatinga respondeu com um bom cruzamento da direita, que Camanducaia não conseguiu aproveitar. Se o início do primeiro tempo foi bom para o Cruzeiro, o final foi melhor ainda. Antes de abrir o placar, a Raposa teve outras duas boas possibilidades, ambas com Élber. Aos 30min, ele obrigou Rodrigo Posso a grande defesa, após boa cabeçada, Cinco minutos depois, Élber bateu, na saída do goleiro, que evitou o gol.
Como já tinha falado. O raio não cai duas vezes no mesmo lugar. Ano passado foi uma fatalidade. Mas, esse ano a gente provou que o Cruzeiro está forte. Estou feliz com meu quinto título no Cruzeiro.
O Cruzeiro voltou com a mesma formação para o tempo final. "Estamos que voltar atentos, porque o campo está muito ruim e não dá para ficar trabalhando por dentro do campo, mas pelos lados", afirmou Paulo César Gusmão, antes do reinício da partida. Já Ney Franco, do Ipatinga, disse que não há motivo para desespero. "O jogo está muito equilibrado, temos de ganhar o meio-campo e temos condição de reverter a situação", disse.
O Ipatinga voltou com Jaílton no lugar de Leandro Salino. O domínio no reinício da partida foi do Cruzeiro, que demonstrando mais calma em campo, continuou buscando o ataque. Somente aos 7min, o Tigre conseguiu chegar com perigo ao ataque, tendo dois escanteios consecutivos, mas que não foram bem aproveitados.
O segundo tempo foi lento. O Ipatinga, cujo ponto forte é o contra-ataque, não conseguiu impor velocidade tendo que tomar a iniciativa de buscar o gol de empate, que poderia levá-lo ao bicampeonato. Por volta dos 20min, a torcida do Ipatinga cobrava "raça". Foi esse o tempo que Jaílton esteve em campo, pois foi tirado por Ney Franco, que colocou um terceiro atacante em campo: Cristian, um dos seis cruzeirenses do Tigre.
O jogo ficou dramático no final Aos 37min, Diego Silva, após passe de Dênis, chutou a bola na trave. Aos 45min, o Ipatinga chegoua colocvar a bola nas redes. Marinho Donizetti cruzou o zagueiro Teco dominou a bola e bateu, na seqüência um outro jogador marcou o gol, mas o lance foi anulado por uma marcação de Helbert Costa Andrade. Jogadores e reservas do Ipatinga partiram para cima dele, reclamando. Após reiniciada a partida, começaram invasões de campo por tocedores do Cruzeiro, tumultuando ainda mais o final do jogo.
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2 Comentários
O Jogo contra o Ipatinga não vai ser fácil, mas vamo com tudo para ganhar do time do vale do Aço.
18 de abril de 2010 às 16:59Força guerreiros
blograposaazul.blogspot.com
Saudações celeste
Foi um desastre total...
19 de abril de 2010 às 06:26Postar um comentário