Paraná 1x0 Cruzeiro
Motivo: 13ª rodada do Campeonato Brasileiro
Data: 22/07/2006
Local: Pinheirão, em Curitiba-PR
Árbitro: Carlos Eugênio Simon (RS)
Público: não informado
Renda: não informada
Gols: Maicossuel, aos 26 min do segundo tempo
Paraná Clube: Flávio; Gustavo, Edmílson e Emerson; Ângelo, Goiano (Serginho), Batista, Beto, e Edinho; Cristiano (Jefferson) e Maicossuel (Gerson)
Técnico: Caio Júnior
Cruzeiro: Fábio; Jonathan, Edu Dracena, Thiago Heleno e Júlio César (Sandro); Jonilson, Martinez, Leandro Bomfim (Carlinhos Bala) e Wagner (Francismar); Gil e Alecsandro
Técnico: Paulo César Gusmão
Cartões amarelos: Júlio César e Thiago Heleno (Cruzeiro); Emerson, Cristiano e Flávio (Paraná)
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Paraná vence a 6ª seguida e impede liderança do Cruzeiro
Do Pelé.Net
Em Belo Horizonte
No confronto entre o Paraná, com o ataque mais positivo do Brasileiro e o Cruzeiro, que tem a defesa mais eficiente, prevaleceu a força ofensiva do time da casa, que venceu por 1 a 0, neste sábado, em um jogo fraco tecnicamente, prejudicado também pelo péssimo estado do gramado do Pinheirão. Com a vitória, o time paranista consegue sua sexta vitória seguida e chega entre os quatro primeiros colocados, enquanto a Raposa desperdiçou a chance de voltar a ser líder.
Os bons números de Cruzeiro e Paraná davam a esperança de uma partida bem disputada e com muitos gols. Afinal, o time paranaense entrou em campo com o ataque mais positivo, com 24 gols, enquanto a Raposa não ficava muito atrás, sendo a segunda equipe mais ofensiva, com 22 gols, juntamente com o Internacional. Além disso, o clube celeste estava invicto há 11 jogos e os paranistas há sete, sendo que vinha de cinco vitórias consecutivas.
Com a bola rolando, os dados estatísticos acabaram ficando em segundo plano. Paraná e Cruzeiro apresentaram um jogo feio, excessivamente defensivo, especialmente no primeiro tempo. Na etapa final, a partida teve ligeira melhora, e o Paraná, que jogou um pouco melhor, conseguiu o seu gol e a vitória.
O Paraná chegou aos 24 pontos, um a menos que o Cruzeiro, que se mantece na vice-liderança, com 25, atrás do São Paulo, que tem 26. Para se manter nessa posição, a equipe treinada por Caio Júnior terá de torcer por derrotas de internacional e Fluminense, que enfrentam São Caetano e Botafogo. A Raposa também pode perder a sua posição em caso de triunfo do Colorado e do Tricolor.
Se no primeiro tempo, os dois times entraram mais preocupados em defender do que em atacar, na etapa final a situação mudou. O time paranista esteve mais determinado em busca do gol, enquanto o Cruzeiro, na maior parte do tempo, limitou-se a defender, raramente chegando ao ataque. Quando o fazia, erros de passe ou cruzamento, impediam a finalização.
Com a derrota, o Cruzeiro continua sem vencer o Paraná - a última vez que isso aconteceu foi em 2003, na campanha do título brasileiro - e perdeu as cinco últimas partidas consecutivas. A Raposa perdeu ainda a sua invencibilidade, já que não era derrotada desde a estréia, quando perdeu para o São Caetano, por 2 x 1. O Paraná completou sua oitava partida sem perder e a Sexta vitória seguida.
Os dois times terão compromissos na próxima rodada, como visitantes. O Paraná pega o Palmeiras, sábado, no Parque Antarctica, em São Paulo, e o Cruzeiro enfrenta o Vasco, do domingo, em São Januário, no Rio, quando tentará a sua terceira vitória como visitante nessa competição.
O jogo
O gramado ruim, duro e irregular, garantiu a desculpa para o mau futebol apresentado por Paraná e Cruzeiro no início do jogo. Antes da partida, o técnico do time da casa, Caio Júnior, previa que o campo poderia prejudicar o rendimento das duas equipes. Bastou a bola começar a rolar para ver que ele tinha razão. Na verdade, a bola mal rolava, já que ela ficava muito mais no alto, em função dos chutões de ambos os lados.
Paraná e Cruzeiro não conseguiam trocar passes. A bola quase sempre era colocada para as laterais. Se faltava técnica, sobrava vontade e o resultado era uma partida muito truncada, com pouca emoção. A melhor chance inicial de jogo foi aos 14min, quando Batista arriscou um chute cruzado da esquerda. Fábio defendeu parcialmente, mas Cristiano não conseguiu aproveitar o rebote e colocou a bola por cima do travessão.
Aos 18min, o Paraná perdeu o volante Goiano, contundido, que foi substituído por Serginho. O panorama da partida não se alterava, predominando o perde e ganha e as jogadas divididas. Marcação era a palavra-chave adotada pelos treinadores Caio Júnior, do time paranista, e Paulo César Gusmão, pela Raposa. A equipe anfitriã, esporadicamente, ameaçava o gol adversário, geralmente com o lateral-direito Ângelo. Aos 23min, ele cruzou e Beto, livre, cabeceou com perigo, mas para fora.
O jogo seguia monótono e pouco criativo. Os dois times dependiam mais das bolas paradas, que não eram raras para tentar ameaçar os goleiros Flávio e Fábio. Os batedores de ambas as equipes, no entanto, não estavam com a pontaria em dia. Além das cobranças de faltas ou escanteios, os chutes de fora da área eram boa opção. Aos 32min, Cristiano bateu de primeira e Fábio fez defesa segura. No minuto seguinte, Wagner arriscou e a bola passou perto da trave paranaense.
O Paraná teve mais tempo de posse de bola e ameaçou mais o gol adversário, mas, a partir dos 35min da etapa inicial, o Cruzeiro se soltou um pouco mais e criou suas chances. Aos 38min, Thiago Heleno cabeceou bem, após cobrança de escanteio, por Leandro Bomfim, e obrigou Flávio a boa defesa. O empate em 0 x 0, no primeiro tempo, foi o resultado justo, pelo pouco futebol dos dois lados.
O Cruzeiro errou 15 passes, contra 10 do time paranista, que finalizou um pouco mais: nove contra oito da Raposa. A falta de pontaria foi evidente, já que somente três bolas tiveram a direção do gol, duas dos donos da casa e uma dos visitantes. "O gramado, infelizmente, prejudica para os dois lados", lamentou o goleiro Fábio. "Não estamos conseguindo segurar a bola lá na frente", disse o zagueiro paranista Gustavo.
A Raposa voltou com uma mudança: o meia Sandro no lugar do lateral-esquerdo Júlio César. "O Júlio levou um cartão bobo e o Paraná está saindo muito pelo lado direito do seu ataque. Além disso, vamos aproveitar a velocidade do Sandro", justificou o treinador Paulo César Gusmão. O Paraná retornou para a etapa final com os mesmos jogadores que terminaram o primeiro tempo.
O ritmo de jogo não mudou muito. O Paraná, jogando em casa, tomava mais a iniciativa do ataque, enquanto o Cruzeiro se posicionava mais recuado, à espera do contra-ataque. Aos 2min, em cobrança de falta, o lateral Ângelo arriscou um bom chute, que passou perto do gol defendido por Fábio. As bolas paradas continuavam sendo a melhor opção para se chegar ao gol. Aos 7min, Gustavo, cabeceou com perigo, depois de uma cobrança de escanteio.
A partida seguia sem grandes destaques. Muito esforço dos jogadores de ambos os lados, mas futebol pobre. De vez em quando, uma tentativa de gol, principalmente do lado paranista. Aos 16min, por exemplo, Edinho fez boa jogada pela esquerda e cruzou para Beto que embolou com Fábio, quer fez a defesa. Dois minutos depois, o meia celeste Wagner arriscou outro chute, mas errou o alvo.
Aos 27min, o Paraná chegou ao seu gol. Ângelo avançou pela direita e serviu ao habilidoso camisa 10 , que bateu bem, vencendo o goleiro Fábio e chegando ao 25º gol. O Cruzeiro perece ter despertado com a vantagem adversária e partiu para tentar o empate. No minuto seguinte, Francismar bateu bem e o goleiro Flávio fez boa defesa. A partir daí os dois times criaram e desperdiçaram algumas chances de gols.
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