Ficha Técnica
CRB 0x2 Cruzeiro
Motivo: segunda fase da Copa do Brasil
Data: 22/3/2006
Local: Estádio Rei Pelé, em Maceió
Público: 6.551 pagantes
Renda: R$ 62.293,00
Árbitro: Manoel Nunes Lopo Garrido (BA)
Gols: Francismar, aos 11 min do primeiro tempo; Diego, aos 41 min do segundo tempo
CRB: Pantera; Gino, Ben Hur e Everton; Tiago (Saulo), Dino, Rodrigo Santos, Adriano (Lenílson) e Renatinho; Cristiano e Wellington (Tico Mineiro)
Técnico: Ferdinando Teixeira
Cruzeiro: Fábio; Jonathan, Moisés, Edu Dracena e Júlio César (Anderson); Diogo, Fábio Santos, Leandro Bomfim (Wagner) e Francismar; Diego e Élber (Alecsandro)
Técnico: Paulo César Gusmão
Cartões amarelos: Tiago, Adriano e Tico Mineiro (CRB); Diego (Cruzeiro)
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Cruzeiro joga mal, mas faz 2 a 0 e elimina CRB em um jogo
Da Redação do UOL
Em Belo Horizonte
Numa partida em que demonstrou pouca vontade e abusou da lentidão, o Cruzeiro venceu o CRB, por 2 x 0, nesta quarta-feira, no Estádio Rei Pelé, resultado suficiente para evitar o jogo de volta, no Mineirão. Muito superior tecnicamente ao adversário, o clube celeste foi dominado em grande parte do jogo e só conseguiu o gol da classificação, no final da partida, por intermédio de Diego.
Os jogadores celestes imaginavam retornar a Belo Horizonte com a vaga garantida às oitavas de final da Copa do Brasil, para voltarem suas atenções somente ao Campeonato Mineiro, onde mede forças com o rival Atlético, no próximo domingo, precisando de um empate para chegar à disputa do título. Com a bola rolando, os cruzeirenses não fizeram por merecer a diferença de dois gols, mas em um dos seus poucos ataques na etapa final, tirou do CRB o direito de ir ao Mineirão.
No primeiro tempo, o Cruzeiro deu a impressão que alcançaria o seu objetivo com facilidade. Fez 1 x 0, logo aos 11min, com um gol de Francismar, e quase não foi ameaçado pelo adversário. Na etapa final, no entanto, a situação mudou completamente e o CRB obrigou o goleiro Fábio a trabalhar muito para impedir o empate.
Nos 20 minutos iniciais do segundo tempo, Fábio teve de fazer quatro defesas difíceis, especialmente em chutes de longa distância disparados pelos meias Adriano e Rodrigo Santos. Em outros lances, a má pontaria dos atacantes ou a insistência nas bolas aéreas explicaram a falta do gol.
O jogo teve as atenções divididas com as notícias de que o Corinthians teria feito uma proposta para Paulo César Gusmão assumir o comando da equipe, há algum tempo sem técnico. Antes da partida, PC não negou e nem confirmou, dizendo apenas que estava com a "cabeça dentro do Cruzeiro".
O diretor de Futebol celeste, Eduardo Maluf, disse, por sua vez, que estava esperando o final do jogo para conversar com o técnico e saber se tem algum fundamento nessas informações sobre o interesse corintiano. Em campo, os jogadores cruzeirenses pareciam mais interessados no resultado dessa conversa do que na busca da diferença de dois gols, que eliminaria a partida de volta.
Os dois times voltam suas atenções agora para os respectivos campeonatos estaduais. O Cruzeiro tem um clássico decisivo com o Atlético, em que tem a vantagem do empate para chegar a mais uma decisão do título. O CRB, por sua vez, faz o primeiro dos dois jogos com o CSA, em um clássico local, quando está em desvantagem no confronto.
O jogo
De um lado um Cruzeiro preguiçoso, sem muita vontade de jogar futebol. De outro, uma equipe limitada tecnicamente, sem força para ameaçar o adversário. O resultado disso foi um primeiro tempo muito fraco, em que a partida foi truncada, com 27 passes errados, 15 cometidos pela Raposa e 12 pelo time alagoano.
Os primeiros 10 minutos foram de entusiasmo do CRB, que tomava a iniciativa, mas sem eficiência para ameaçar o gol celeste. Aos 11min, em sua primeira investida ao ataque o Cruzeiro abriu o marcador. O lateral-direito Jonathan avançou pelo seu setor, passou por vários adversários e passou ao meia Francismar. Ele chutou fraco e rasteiro, mas colocou a bola nas redes, aproveitando-se de uma falha do goleiro Pantera.
Dois minutos depois o mesmo Francismar teve ótima oportunidade para fazer o segundo gol. Ele chutou e o goleiro do CRB defendeu parcialmente, com dificuldade, mas recuperou-se antes que Diego conseguisse aproveitar o rebote. Quando se esperava que a Raposa aumentasse o ritmo para tentar fazer, ainda no primeiro tempo, a vantagem de dois gols para evitar o jogo de volta, o que se viu foi um time lento e sem entusiasmo.
O Cruzeiro tocava, de forma irritante, a bola, para os lados, sem levar perigo para o goleiro Pantera. O CRB insistia em cruzar bolas altas sobre a área celeste, facilitando a vida de Fábio e dos zagueiros cruzeirenses. A única boa chance do time da casa aconteceu aos 29min, quando o experiente meia Adriano, ex-jogador de Atlético e São Paulo, chutou de esquerda, mas a bola bateu na trave.
Somente nos descontos da etapa inicial, aos 46min, o Cruzeiro voltou a ter oportunidade de ampliar a vantagem. O capitão Edu Dracena arriscou uma subida ao ataque, cruzou da direita, rasteiro, e o atacante Élber conseguiu tocar, mas jogou a bola para fora. Dessa forma, o time celeste ficou devendo, em um primeiro tempo de poucos destaques.
Os dois times voltaram mudados para a etapa final. No Cruzeiro, o atacante Élber sentiu dores na coxa direita e foi substituído por Élber. No time da casa, Saulo ocupou a vaga do ala-direito Thiago. E os minutos iniciais do segundo tempo foram melhores para o CRB, que levou perigo ao goleiro Fábio, com em um chute de Adriano, aos 3min.
O Cruzeiro não mudou sua forma apática de atuar e a partida seguia monótona. O entusiasmo do CBR era pouco para tornar atraente o jogo, em que uma buzina da torcida alagoana podia servir também para evitar o sono dos torcedores que foram ao Rei Pelé. Aos 6min, Alecsandro arriscou um chute, que foi desviado por um zagueiro.
Ao ritmo da irritante buzina, o CRB se lançava ao ataque, mas sem muita inspiração. O Cruzeiro continuava assistindo o adversário jogar. Somente Fábio, no time mineiro, fez uma boa partida, trabalhando muito para evitar o empate. Além disso, a equipe de Paulo César Gusmão estava excessivamente recuada. O primeiro ataque celeste foi aos 26min, quando Wagner, que havia substituído a Leandro Bomfim, chutou com perigo.
Dez minutos depois, Alecsandro acertou o travessão. Aos 41min, o Cruzeiro marcou o gol que garantiu sua vaga na seqüência da Copa do Brasil, quando enfrentará o Vitória-BA. Wagner foi lançado com liberdade e cruzou na cabeça de Diego que colocou a bola nas redes.
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